sábado, 30 de novembro de 2013

PALAVRA INVARIÁVEL

Advérbio – é um tipo de palavra que exerce basicamente o papel de modificador do verbo.
Ex.: a) Velhos barcos cruzam o enorme rio.
b) Velhos barcos cruzam vagarosamente o enorme rio.
Em b, a palavra vagarosamente relaciona-se ao verbo cruzam e acrescenta à frase uma informação: o modo como ocorre o fato verbal. Vagarosamente é, por isso, um advérbio de modo.
Ex.: a) O governo divulgou novos dados sobre o crescimento do país.
b) Ontem, o governo divulgou novos dados sobre o crescimento do país.
A palavra destacada na frase b relaciona-se ao verbo divulgar, acrescentando a ele uma idéia de tempo. A palavra ontem é um exemplo de advérbio de tempo.
Podemos, então, conceituar assim essa classe gramatical:
Advérbio é uma palavra invariável que se relaciona ao verbo para indicar as circunstâncias (de tempo, de lugar, de modo, etc.) em que ocorre o fato verbal.

Locução Adverbial

Às vezes, a circunstância em que ocorre o fato verbal é expressa não por uma palavra só, e sim por um conjunto de palavras denominado locução adverbial.
Ex.: Velhos barcos cruzam sem nenhuma pressa o enorme rio. (Locução adverbial que exprime circunstância de modo)
Classificação do advérbio:
Os advérbios e as locuções adverbiais sempre exprimem uma circunstância (ideia complementar) em relação ao verbo a que se referem, e são classificados de acordo com o sentido que têm na frase.


Classificação
Principais
Exemplo
Afirmação
Sim, certamente, realmente.
Nós vimos, sim, o filme.
Dúvida
Talvez, eventualmente, acaso.
Talvez viajemos juntos.
Intensidade
Pouco, bastante, muito, tão, demais.
Ela trabalha muito.
Lugar
Aqui, lá, perto, longe, por dentro.
O hotel fica na praia.
Modo
Mal, assim, devagar, às pressas.
O frio ia chegando devagar.
Negação
Não, de modo algum.
Eles não querem nos apoiar.
Tempo
Agora, sempre, nunca, brevemente, à noite, de vez em quando.
Você nunca viaja à noite?

Distinção entre advérbio e adjetivo

Adjetivo
Advérbio
       Relaciona-se ao substantivo.
       É variável (pode ter masculino/feminino; singular/plural).
       Relaciona-se ao verbo.
       É invariável (não admite masculino/feminino; singular/plural).

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

FORMAS DE FAZER DESPEDIDA/SAUDAÇÃO FINAL E ASSINATURA/CARGO NA CARTA

EM CIMA DO PARÁGRAFO:

(...)
Vemos, com isso, que os jovens visam ao bem do país e o seu processo de conscientização não se deu de uma hora para outra. Assim, dizer que a juventude é motivada pelo espírito da época, visando ao hedonismo é errôneo. Nossos jovens, senhor E.B.M., são reflexos da liberdade existente no país e a sua evolução político-ideológica.

Sem mais, despeço-me.

K.C.M. de M.

***

CENTRALIZADAS:

(...)
Vemos, com isso, que os jovens visam ao bem do país e o seu processo de conscientização não se deu de uma hora para outra. Assim, dizer que a juventude é motivada pelo espírito da época, visando ao hedonismo é errôneo. Nossos jovens, senhor E.B.M., são reflexos da liberdade existente no país e a sua evolução político-ideológica.

Atenciosamente,

K.C.M. de M.

***

ENCOSTADAS NA MARGEM DIREITA:

(...)
Vemos, com isso, que os jovens visam ao bem do país e o seu processo de conscientização não se deu de uma hora para outra. Assim, dizer que a juventude é motivada pelo espírito da época, visando ao hedonismo é errôneo. Nossos jovens, senhor E.B.M., são reflexos da liberdade existente no país e a sua evolução político-ideológica.

Com cordiais saudações,

K.C.M. de M.


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

É BOM SER RECONHECIDO...

Professores do melhor colégio no Enem ganham em média R$ 15 mil

  • Com mensalidade de R$ 1,3 mil, Colégio Bernoulli, de Belo Horizonte, ficou em primeiro lugar no ranking do exame de 2012
  • No Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa, melhor colocado da rede pública, salários vão de R$ 2 mil a R$ 6 mil

Tópicos da matéria:
EZEQUIEL FAGUNDES (EMAIL·TWITTER)
Publicado:
Atualizado:
Sala de aula no Colégio Bernoulli, em Belo Horizonte Foto: LUIZ COSTA/ JORNAL HOJE EM DIA / Agência O Globo
Sala de aula no Colégio Bernoulli, em Belo Horizonte LUIZ COSTA/ JORNAL HOJE EM DIA / Agência O Globo
Belo Horizonte — Em Minas Gerais estão o melhor colégio particular e a melhor escola pública do país do Enem 2012. Localizado no bairro de Lourdes, na zona sul da capital, uma das mais caras da cidade, o Colégio Bernoulli alcançou o topo com a média de 722,15 pontos. No ano passado seus 234 alunos do 3º ano fizeram a prova. Ligado à Universidade Federal de Viçosa (UFV), o Colégio de Aplicação, mais conhecido como Coluni, está no quarto lugar no ranking geral e na primeira colocação entre as escolas públicas com a pontuação de 706,22.
O atual primeiro colocado foi o terceiro no ano passado e, pelo sétimo ano consecutivo, aparece entre as dez melhores posições do Enem. Para estudar no Bernoulli, o aluno precisa desembolsar R$ 1.300 de mensalidade. O valor inclui material didático e direito a monitoria, simulados de avaliações e aulas extras específicas por área. Também em curva ascendente no ranking do Enem, o colégio da cidade de Viçosa, na Zona da Mata mineira, já havia sido o primeiro entre os públicos e oitavo geral no último levantamento. Para conseguir uma vaga em uma das duas, é necessário superar rigoroso processo de seleção com provas e avaliação de currículo escolar.
No colégio particular da capital, os alunos estudam com apostilas personalizadas, produzidas por editora própria, a partir de ideias da equipe de professores da instituição, formada por 24 professores para os alunos do terceiro ano. Como forma de expansão dos negócios, a maior parte do material didático elaborado é vendido para aproximadamente 100 escolas do país. Na instituição de Viçosa, 30 professores efetivos e seis substitutos trabalham em dedicação exclusiva para ensinar e tirar dúvidas de 160 alunos, divididos em quatro turmas. Os livros são fornecidos pelo governo federal, dentro do Programa Nacional o Livro Didático.
O salário dos professores das duas redes é discrepante. Enquanto o Coluni paga de R$ 2 mil a R$ 6 mil mensais, nível de professor do magistério superior, o Bernoulli desembolsa, em média, R$ 15 mil. Nem todos docentes têm o mesmo contracheque, que depende da carga horária. Alguns profissionais podem ganhar mais.
Na luta por uma vaga no curso de medicina em Belo Horizonte, São Paulo e Rio, Lyvia Telles, de 17 anos, conta que estuda mais de dez horas por dia. Atualmente, a jovem frequenta um curso pós-Enem, no Bernoulli, voltado para quem vai fazer a segunda etapa em outras instituições de ensino.
— De manhã, estudo no colégio e, à tarde, com ajuda de apostilas e provas antigas, em casa — conta Lyvia.
Para Renata Pena Rodrigues, coordenadora da área de língua portuguesa da escola Coluni, a participação dos alunos é primordial para o sucesso.
— O nosso perfil aqui é de aluno dedicado, comprometido e empenhado com o aprendizado. O Enem é consequência do nosso trabalho como um todo, que envolve competência e disciplina. Nossos professores têm dedicação exclusiva, realizam projetos de pesquisa e, a partir daí, vão refletindo sobre o melhor método de ensino. O grau de comprometimento é tamanho que nem cobramos assiduidade em todas as aulas, mas eles vão assim mesmo — diz a professora.
O diretor de ensino e um dos sócios do Colégio Bernoulli, Rommel Fernandes Domingos, tem a mesma opinião.
— São jovens muito interessados. É comum ver um aluno chamando o outro para estudar. Ser dedicado aqui é normal — diz o diretor, salientando que material didático exclusivo e bem feito, junto com professores qualificados e bem remunerados é o diferencial do colégio.
Para o professor Francisco Soares, do Grupo de Medidas Educacionais da Faculdade de Educação da UFMG, o resultado do ranking confirma o bom momento da educação em Minas. Ele, no entanto, alerta que está na hora de evoluir mais.
— A educação em Minas de fato está na liderança nacional. Já que estamos bem, precisamos mudar de patamar de conhecimento em comparação com o nível europeu — sugere Soares.
O especialista vê com ressalva a metodologia do ranking. Para Soares, a capacidade dos alunos é sub-valorizada, enquanto a escola é exaltada demais:
— Vejo limitações no ranking. É uma visão da realidade, mas não de toda. A boa pontuação é resultado do esforço do aluno ou da escola. Para estudar nessas escolas é exigido um processo de depuração muito grande, todos passam por processos de seleção.








Leia mais sobre esse assunto (Disponível em http://oglobo.globo.com/educacao/professores-do-melhor-colegio-no-enem-ganham-em-media-15-mil-10892475#ixzz2lrDqYRRh 
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terça-feira, 26 de novembro de 2013

COTAS NOS CONCURSOS, MINHA GENTE???


Cotas nos concursos
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Por William Douglas

  • Arquivo pessoal
Após declaração do Governo Federal de que os concursos passarão a contar com o sistema de cotas raciais a discussão nas redes sociais tornou-se tão inevitável quanto me posicionar sobre o assunto.
Quem acompanha minha trajetória sabe que me tornei favorável às cotas raciais (em universidades, estágios e demais oportunidades de aprendizado) chegando a defendê-las em audiências públicas no Senado Federal, por duas vezes.
Escrevi inúmeros artigos em sua defesa, e publiquei, como editor, livros sobre ações afirmativas, tais quais elas. E é como defensor das cotas que me posiciono negativamente à extensão das mesmas para os concursos públicos.
Vale anotar que sou favorável às cotas econômicas (ou sociais), mas acredito que sua implementação não é imediata e, por isso, acredito e apoio as raciais, mas uma coisa é dar condições para competir (estudo), outra é criar, na competição pelas vagas, uma distinção não baseada no mérito.
Isso significa a redução do critério do mérito o que, finalmente, leva à acomodação do governo, que, fatalmente, deixará de resolver os problemas reais da estrutura. Ao invés de criar políticas que tornem os segmentos capazes de competir, o governo, ao que parece, prefere fraudar a competição.
As cotas nas escolas, nas universidades, nos estágios favorecem a preparação universal para a vida e para o mercado de trabalho (público e privado). Essas cotas devem ser mantidas, aperfeiçoadas e, com o passar do tempo, obtido seu bom efeito, suprimidas ou substituídas por cotas sociais, se ainda for o caso.
Mas as cotas nos concursos pervertem o sistema do mérito. Para o direito e oportunidade de estudar, é razoável dar compensações diante de um país e sistema ainda discriminadores, mas não para se alcançar os cargos públicos. Nesse ponto, as críticas que os contrários às cotas fazem irão fazer sentido.
Aquele "ele só está aqui por conta das cotas" pode ser tolerado em uma faculdade, de onde o cotista sairá portando um atestado de seu sucesso, superação e condição de competir de igual para igual com qualquer outra pessoa (independente de cor de pele ou origem social), ele terá um diploma.
Contudo, quando estamos diante de um concurso público, ou igualmente de seleção para empresas, influir no sistema de avaliação é uma perversão inadequada. As políticas afirmativas acolhidas pela Constituição são aquelas direcionadas ao fim da desigualdade, e não à sua perpetuação.
A forma como está se promovendo a igualdade é equívoca e tacanha, vez que não cria mecanismos para que a realidade social mude nem estímulo pessoal para o esforço.
Para os que questionam meu posicionamento favorável às cotas raciais, afirmo: as cotas econômicas são bem melhores que as raciais, não tenho dúvida disso. Creio que se deve investir mais nelas, e mais ainda em enfrentar a questão estrutural da precarização da educação.
Mas enquanto não é feita essa reforma de base, vejo com bons olhos recorrermos às ações afirmativas que funcionam com um paliativo útil, como são as cotas raciais.
Afinal, prefiro morar em um país onde os espoliados sejam amparados e onde tenham oportunidade de estudar, de aprender. Mas também quero morar em um país no qual na hora de se definir de quem é uma vaga, que ela seja do mais preparado.
Parafraseando o Pastor Martin Luther King Jr, um país onde todos possam estudar, mas em que, na hora de as pessoas conseguirem um emprego ou cargo público, "elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter".
Para ingressar nos cargos, nem valerá ser negro, ou índio, ou bonito, ou feio, ou gay, ou hétero, ou do partido, ou muito amigo. Para ingressar nos cargos, competência. E isso fará com que todos estudem.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

CASOS DO USO DA CRASE

Caso
Uso obrigatório
Uso proibitivo
Uso facultativo
Antes de
palavras masculinas
·  Quando estiver implícito “à moda de”:móveis à Luís 15;

·  Quando subentendido termo feminino:vou à [praça]João Mendes
Viajar a convite,
traje a rigor,
passeio a pé,
sal a gosto,
TV a cabo,
barco a remo,
carro a álcool etc.

Antes de verbos

Disposto a colaborar.

Antes de pronomes

Antes da maior parte deles:
Disse a ela que não virá; nunca se refere a você.
Pronomes possessivos:
Enviou a carta à sua família.
Enviou
 a carta a sua família.
Quando "a" vem
antes de plural

A pesquisa não se refere a mulheres casadas.

Expressões formadas
por palavras repetidas

Cara a cara; ponta a ponta frente a frente; gota a gota.

Depois de
"para",
"até",
"perante",
"com",
"contra"
outras
preposições

O jogo está marcado para as 16h; foi até a esquina; lutou contra as americanas.

Antes de
cidades,
Estados,

países
·  Foi à Itália (voltou da Itália).

·  Chegou à Paris dos poetas (voltou da Paris dos poetas).
·  Foi a Roma (voltou de Roma).

·  Foi a Paris (voltou de Paris).

Locuções adverbiais, conjuntivas ou prepositivas de base feminina
Às vezes,
às pressas,
à primeira vista,
à medida que,
à noite,
à custa de,
à procura de,
à beira de,
à tarde,
à vontade,
às cegas,
às escuras,
às claras, etc.

Locuções femininas de meio ou instrumento:
À vela/a vela;
à 
bala/a bala;
à 
vista/a vista;
à 
mão/a mão. (Prefira crase quando for preciso evitar ambiguidade: Receber à bala).
Aquele,
aqueles,
aquilo,
aquela,
aquelas
·  Referiu-se àquilo;

·  Foi àquele restaurante;

·  Dedicou-se àquela tarefa.


Com demonstrativo
“a”
·  A capitania de Minas Gerais estava ligada à de São Paulo;

·  Falarei às que quiserem me ouvir.