“Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar
os outros. É a única.”
Albert Schweitzer
Um
dia desses lemos em um adesivo colado no vidro traseiro de um veículo a
seguinte advertência: “minha educação depende da tua!”.
Ficamos
a imaginar qual seria o conceito de educação para quem pensa dessa forma.
Ora,
se nossa educação dependesse dos outros, certamente seria tão instável quanto a
quantidade de pessoas com as quais nos relacionamos.
Ademais,
se assim fosse, não formaríamos jamais o nosso caráter. Seríamos apenas o
resultado do comportamento de terceiros. Refletiríamos como se fôssemos um
espelho.
A
educação é a arte de formar caracteres e, por conseguinte, é o conjunto de
hábitos adquiridos. Assim sendo, como fica a nossa educação se refletir tão somente
o comportamento dos outros, como uma reação apenas?
O
verdadeiro caráter é forjado na luta. Na luta por dominar as más tendências,
por não revidar uma ofensa, por retribuir o mal com o bem.
Um
amigo tinha o costume de dizer: “bateu, levou”. Um dia perguntamos se ele
admirava os mal-educados que tanto criticava. Imediatamente ele se posicionou
em contrário:
-
É claro que não aprovo pessoas mal-educadas! Então questionamos outra vez:
-
Se não os admira, por que você os imita?
Ele
ficou um tanto confuso, pensou um pouco e respondeu:
-
É, de fato deveríamos imitar somente o que achamos bonito.
Dessa
forma, a nossa educação não deve jamais depender da educação dos outros, menos
ainda da falta de educação dos outros.
Todos
os ensinamentos do Cristo, a quem a maioria de nós diz seguir, nos recomendam
apresentar a outra face.
Imaginemos
se Jesus, o mestre, tivesse nos ensinado: “se alguém te bater numa face,
esmurra-lhe a outra”. Ou então, “faz aos outros tudo aquilo que não desejas que
te façam”. Nós certamente não O aceitaríamos como modelo e guia.
Assim
sendo, lutemos por nos educar segundo os preceitos do Mestre de Nazaré, que
diante dos momentos mais dolorosos de Sua vida, manteve a calma e tolerou com
grandeza todas as agressões sofridas.
Não
nos espelhemos nos que não são modelos nem de si mesmos. Construamos o nosso
caráter com os exemplos nobres.
Quando
tivermos que prestar contas às leis que regem a vida, não encontraremos
desculpas para a nossa falta de educação, nem poderemos jogar a culpa nos
outros, já que Deus nunca deixou a terra sem bons exemplos de educação e
dignidade.
***
Não
adotemos os costumes comuns que nada têm de normais.
O
normal é cada um buscar a melhoria íntima com os recursos internos e externos
que Deus oferece.
As
rosas, mesmo com as raízes mergulhadas no estrume, se abrem para oferecer ao
mundo o seu inconfundível perfume.
O
sândalo, por ser uma árvore nobre, deixa suave fragrância impregnada no machado
que lhe dilacera as fibras.
Assim,
nós também podemos dar exemplos dignos de serem imitados.
(Equipe do site www.momento.com.br, com base em texto de
autoria ignorada e no cap. 54 do livro Depois da Morte, de autoria de Leon
Denis, ed. FEB)
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