Em uma tentativa de
conscientizar os estudantes, sempre faço uma comparação entre escrever um texto
e o futebol, pois eles têm características muito semelhantes, que podem ajudar
quem está em busca de socorro linguístico!
A arte futebolística não é
somente a que aparece nos meios de comunicação na hora da partida. Há que se
falar das horas intermináveis de treino. E este serve para trabalhar cada parte
em separado: treina-se chute a gol, cobrança de escanteio, de falta, de
pênalti, treina-se drible, faz-se preparo físico etc.
A ralação e o suor – muitas vezes
desconhecidos da massa – são exaustivos para que dê tudo certo logo mais no jogo
que virá, ou seja, tudo isso para, na hora H, o sujeito-atleta estar preparado
para ser o melhor, para render em campo de forma completa, tendo aperfeiçoado
suas táticas e talento.
Com a escrita não é diferente. É
extremamente importante treinar-se antes, de todas as formas, para que a redação
final fique no mínimo aceitável. É imperioso dominar o básico das regras de
gramática, de estilística, de estrutura, para, na hora H, a hora do concurso ou
do vestibular, sair tudo a contento.
O sujeito-redator, então, deve treinar
pontuação, acentuação, ortografia, coesão, coerência, argumentação e tantas
outras coisas, como o boleiro treina para o esporte bretão.
O problema surge quando o aluno
não lê e não quer treinar: deseja aprender a escrever texto como uma mágica,
uma varinha de condão, que o faça redigir do nada! Assim como deve ser dureza
para o treinador de educação física se deparar com os atletas que não querem
treino antes do jogo.
Fazer o quê? É ter paciência!
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