Muitos alunos
me perguntam sobre as tais consoantes mudas, alguns deles confundindo o que
venha a ser consoante muda com consoante sem vogal na sílaba, mas que é
pronunciada.
Em língua
portuguesa brasileira não temos, praticamente, consoantes mudas. Essa é uma
característica do português de Portugal, uma necessidade que se conservou por lá para detectar vogal fechada ou aberta. Alguns
exemplos das tais consoantes são “secção”, “contacto” e “Egipto”, além de
inúmeras outras. Em Portugal, com o Novo Acordo, algumas desapareceram como em "recepção" (receção), "aspecto" (aspeto),
"perspectiva" (perspetiva), "respectivo" (respetivo).
Já na relativamente
dinâmica língua brasileira, cujas influências indígenas e africanas são
presentes e marcantes, a mudez não se conservou. E nós optamos em escrever
“seção”, “contato” e “Egito” e continuamos a pronunciar as consoantes de "recepção", "aspecto", etc.
E é aí que a
confusão é devida, por conta de algumas palavras que nós temos, em que a consoante
é pronunciada, porém ela é desacompanhada de vogal: admirar, adquirir, abrupto,
inadmissível etc.
Só que muda é
igual a não pronunciada.
E tais
palavras têm consoantes FALADAS, DITAS, PRONUNCIADAS, ou seja, não são mudas!
Por fim, o
Novo Acordo Ortográfico assinado pelos oito países lusófonos ou CPLP (com resistência de alguns portugueses orgulhosos!) aboliu o uso
das consoantes mudas. Daqui para frente não iremos utilizá-las mais, só ficarão
as consoantes pronunciadas, embora sozinhas, solitárias, sem uma vogalzinha
sequer após suas sílabas...
Valeu!
É é legal tudo mais pra mim falta alguma coisa mais eu gostei
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