Estudante
aprovada em Medicina e professor dão dicas de como ter boa nota na redação
Yárina Rangel é um dos 148
estudantes que atingiram a nota máxima
Publicado: 17/03/13 - 23h00
Atualizado: 18/03/13 - 8h23
Yárina Rangel atingiu pontuação máxima na redação do Enem.
Seu texto não continha erros de língua portuguesa Paula
Giolito / O Globo
RIO -
Apenas 1,1% dos candidatos do Enem 2012 obteve nota acima de 900 na redação,
segundo o MEC. Na UFRJ, do total de 4.735 convocados para confirmação de
matrícula, só 148 atingiram pontuação máxima. Aprovada em Medicina, Yárina
Rangel é uma dessas alunas. Mais do que isso, ela pertence a um seleto grupo de
estudantes cujo texto não contém erros de língua portuguesa.
Yárina explica que a
prática levou à perfeição. Ela conta que, em 2011, não se saiu bem na redação
do Enem, pois estava nervosa e acabou atrapalhada com a correria contra o
tempo. A universitária recomenda o treinamento intensivo da escrita para “dar
um banho na hora H”.
— Sugiro um exercício semanal. Se você
fizer uma redação uma vez por semana, é o suficiente para ganhar a agilidade
necessária na hora da prova. Para ajudar a manter a calma, é preciso se
conhecer e, com a prática, você vai aprender a manipular até esse nervosismo —
ela diz.
Yárina também dá dicas em relação à
argumentação no texto dissertativo, modelo cobrado no Enem:
— Dedique um bom tempo ao estudo dos
textos de apoio para evitar a fuga ao tema. Também é importante estar
atualizado com as notícias, porque, mesmo que o tema da redação não seja aquela
reportagem que você leu, pode usar isso num argumento, mostrando ao corretor que
tem uma bagagem cultural. Outra dica é ter uma boa estética na redação. Não
basta o texto ser bom; precisa parecer bom. Por isso, uma letra legível é
fundamental para uma correção que é feita on-line.
Professor de redação do Colégio e Curso
_A_Z, Bruno Rabin chama a atenção para o fato de a correção virtual valorizar a
simplicidade em detrimento da criatividade:
— Os alunos devem ter muita atenção na
interpretação do tema e dos textos para entender e atender à expectativa da
banca. Recomendo treinar bastante a simplicidade e a clareza na forma de
expressão, porque a correção é muito apressada. O ótimo é inimigo do bom. Não
se valoriza o estilo de pensamento, mas a previsibilidade das ideias.
Bianca Peixoto aprendeu essa lição.
Este ano, ela foi recompensada com a nota 1.000 na redação e a aprovação em
Medicina na UFRJ. Mas, no Enem 2011, viveu um drama que foi parar na Justiça.
Um dos corretores havia atribuído nota 880 a seu texto, e o outro deu 0. Como a
discrepância superava 300 pontos, um terceiro avaliador deu 440, prevalecendo a
última nota, mesmo discrepante em relação às duas primeiras. Apesar de ter
conseguido uma liminar para recorrer da nota, o MEC manteve os 440. Agora,
Bianca comemora.
— Quando vi a nota 1.000, nem
acreditei. Tive um flashback de quando fiquei com 440. Fiquei muito esperançosa
de o meu sonho se realizar e se realizou — ela vibra.
Na época, O GLOBO enviou a redação de
Bianca para diferentes professores, inclusive um corretor do Enem, e eles lhe
atribuíram notas superiores. Para ela, o que melhorou este ano não foi a
qualidade do seu texto, mas a da correção:
— O meu nível continuou o mesmo, até
porque treinei muito mais em 2011. Mas, em 2012, fiz uma redação mais feijão
com arroz para não ter dúvida de respeitar a proposta. Fui bem direto ao tema,
em vez de fazer uma introdução digressional, e desenvolvi muito bem as
soluções.
Ex-corretor de redação do Enem e
professor do Colégio Militar de Porto Alegre, Osvaldo Viera chegou a fazer um
desabafo no Facebook criticando a correção. Segundo Viera, os coordenadores do
consórcio Cespe/UnB, que treina os avaliadores, orientavam que ele não fosse
tão rigoroso. Integrante da banca corretora de redação do vestibular da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) há dez anos, Viera não foi
mais aceito na do Enem.
— A coordenadora dizia que eu precisava
ser menos crítico e corrigir mais rápido. Não fui mais chamado porque pesei
muito a mão. Mas recebia redações que, muitas vezes, eu não identificava como
sendo em língua portuguesa, tamanha a desconstrução sintática e os erros
ortográficos. Não há como aceitar erros de norma culta numa redação. Esse é o
caminho que o MEC deveria seguir — recomenda Viera. (L.N.)
(Leia a redação de Yárina aqui)
(Leia a redação de Yárina aqui)
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Em uma entrevista de emprego precisei fazer uma redação com o tema "Quem sou eu". Depois de pensar muito não consegui outro modo de escrever que não fosse em 1ª pessoa e mesmo agora pesquisando na internet não consigo descobrir outro modo de fazê-lo. Existe alguma forma de falar de si mesmo que não seja em 1ª pessoa? Como eu não passei na entrevista fiquei sem saber se esse foi o motivo da minha reprovação, ou se nesse caso (temas do tipo "Quem sou eu") agi corretamente escrevendo em 1ª pessoa e o motivo da não aprovação foi outro. Agradeceria muito se pudesse me dar uma resposta.
ResponderExcluirAmigo,
ResponderExcluirFique tranquilo, não foi por causa da primeira pessoa que você foi reprovado... Não há outra forma de escrever sobre si mesmo que não seja assim!
Abraço,
Feliz pela garota. Feliz por mim também... Pois tirei nota 1000 na redação do enem 2012 e média de 646 no restante. Fiquei muito contente. Estava confiante e certa do que estava escrevendo.
ResponderExcluirRosy
Medina - MG
rosy.andrade@hotmail.com