EDITORIAL
Expressão de determinado
ponto de vista sobre um assunto noticiado. É um artigo, DISSERTATIVO muitas
vezes, que exprime a opinião do órgão jornalístico ou pode também resumir o que
contém no veículo de informação. (Os jornais podem ser divididos em vários
editoriais que podem ou não estar encadernados separadamente. Entre os
editoriais mais comuns estão: Política, Economia, Cultura, Esporte, Turismo,
País, Cidade, Classificados, Coluna Social, etc.) Às vezes assume o título de Carta
ao Leitor ou Carta do Editor. Geralmente é escrito pelo editor-chefe
do jornal.
Exemplo I:
CAROS AMIGOS (Edição do
mês de setembro)
As questões de fundo
A
mídia de direita tem feito um enorme carnaval com a suposta crise do Senado
Federal, as maracutaias do velho oligarca José Sarney, os eternos esquemas de
corrupção e sobre as posições dos aliados dos senadores peemedebistas no
interior do atual governo.
Como
sempre ignora a análise mais cuidadosa do próprio desgaste ético da
representação liberal-burguesa, que é importante instrumento de sustentação do
sistema que privilegia o capital e expropria continuamente os trabalhadores e o
povo brasileiro.
A
entrevista da historiadora e professora Virgínia Fontes, da Universidade
Federal Fluminense, para a revista Caros Amigos, procura suprir, em
análise aprofundada, exatamente os aspectos mais candentes do jogo político e
os interesses nem sempre revelados daqueles que lucram com o processo de
concentração da riqueza.
Ouvimos
também Marco Aurélio Garcia, Wanderley Guilherme dos Santos, Chico de Oliveira,
José Dirceu, João Pedro Stedile e Waldemar Rossi, sobre essa crise parlamentar,
quais são os interesses de fundo e o que fazer com o Senado Federal.
Outra
reportagem mostra que a carga tributária no Brasil é mal distribuída, recai
sobre os trabalhadores e sobre o consumo, enquanto a propriedade e a riqueza
são pouco taxadas. Estudos do IPEA revelam que os pobres pagam muito mais do
que os ricos.
Além
de incluir matérias sobre a ofensiva militar dos Estados Unidos na América
Latina e sobre a gripe suína (origens e interesses), a revista apresenta um
balanço de três anos de vigência da Lei Maria da Penha, em entrevista com a
própria Maria da Penha, que, de vítima de brutal violência doméstica, transformou
a sua luta pessoal numa referência importante para todas as mulheres
brasileiras.
Vale
a pena conferir a visão diferenciada da Caros Amigos. Boa leitura!
Exemplo II:
Editorial
• A escola que não ensina
Os
índices de educação no Brasil continuam a trazer más surpresas. Muitos falam no
aumento da quantidade de crianças e jovens que vão às escolas. Mas por trás
desse avanço do ingresso de alunos ainda estão muitas distorções. O IBGE
revelou na semana passada que mais de 2,1 milhões de estudantes, com idade
entre sete e 14 anos, podem ser considerados analfabetos. Em outras palavras:
são jovens que frequentam ou estão matriculados em instituições de ensino, mas
não estão aprendendo. O quadro é desolador: basta verificar que este número
corresponde a 87,2% dos 2,4 milhões de analfabetos que o Brasil tem na faixa de
idade entre sete e 14 anos. Os outros 300 mil estão à margem, absolutamente
fora do sistema de ensino. Nos números do instituto dá para se notar ainda que
cerca de 30% das crianças com sete anos matriculadas nas escolas não sabem ler
e escrever. Essa é considerada a idade fundamental na trajetória de formação
dos jovens. E logo nessa faixa etária os números não são nada animadores. Em
especial quando se olha para a parte de cima do mapa. A desigualdade social e
regional do País tem impacto forte nas estatísticas. No Nordeste do Brasil, o
índice dos analfabetos de sete anos sobe para 44%. No Norte, para 39,6%.
O que
o trabalho do IBGE traduz essencialmente é que as autoridades, o Estado e o
sistema como um todo têm falhado no objetivo básico da educação. Seja pelo
conteúdo didático inadequado, seja pela falta de investimentos na formação dos
professores, pela má qualidade das estruturas educacionais ou pelo conjunto
dessas deficiências. A educação, como todos sabem, é a pedra fundamental no
desenvolvimento de qualquer país. E o Brasil tem demorado a fazer o salto de
padrão nessa área – podendo vir a comprometer todo o resto. O orçamento
destinado pelo governo para tirar o atraso, que vem de décadas de descaso, está
longe do ideal. A sociedade, em um grande mutirão que reúna a iniciativa
pública e privada, tem que se mobilizar para reverter essa realidade. E um dos
caminhos é afastar da frente a ideia da escola que não ensina, que serve apenas
como fachada de marketing para interesses eleitoreiros. Já seria um bom começo.
Carlos
José Marques, diretor editorial (Revista Época)
muito bom o site, ótimo! Parabéns!
ResponderExcluirGostei muito desse blog, é uma fonte de pesquisa e informação.
ResponderExcluirEu fiz um,mas não sei se está certo:coloquei o fato na introdução e no desenvolvimento,coloquei as propostas de intervenção.Poderia me dizer se está correto da maneira que fiz?
ResponderExcluirestá tudo errado
Excluirdemorou 3 anos pra responder
ExcluirNão achei oq eu queria
ResponderExcluir