A quem cabe a responsabilidade sobre a escolha alimentar da
população?
Em 2008, o Ministério da Saúde lançou uma
ofensiva para tentar regulamentar a propaganda de alimentos que apresentassem
altos teores de açúcar, sal e gordura. Entre as propostas estavam a restrição
do horário de veiculação de anúncios desses produtos e a exigência de
divulgação de mensagens de alerta sobre os males desses ingredientes como:
"O consumo excessivo de gordura
aumenta o risco de desenvolver diabetes e doença do coração”. O ministério
alegava tratar-se de um problema de saúde pública, uma vez que as crianças são
o alvo principal da propaganda desses produtos. Porém, como não foi criada
nenhuma lei específica até o momento, os projetos não entraram em vigor. O índice de
obesidade infantil cresce todos os anos e, diante disso, é possível perguntar:
o governo deveria criar alguma lei para controlar as propagandas das redes de fast-food? A quem cabe, afinal, a
responsabilidade sobre a escolha alimentar da população? Ao governo, à família,
à sociedade?
Lei do
fast-food
Depois de seis meses de queda
de braço entre a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a
indústria de alimentos, a área jurídica do governo se prepara para dar
"ganho de causa" ao setor privado.
Em junho, a agência baixou resolução determinando que a propaganda de refrigerantes e de alimentos com elevados índices de açúcar, sódio e gordura saturada ou trans trouxesse advertência sobre os riscos à saúde, em caso de consumo excessivo. As crianças eram o alvo da medida. A AGU (Advocacia-Geral da União), porém, tem pronto parecer final em que corrobora a visão da indústria de que a exigência só vale se o Congresso aprovar lei específica sobre o tema. [Folha de S. Paulo, 16 de janeiro de 2011]
Fast-food do
bem?
Esta é para deixar pais e
especialistas de cabelo em pé: a obesidade infantil aumentou cinco vezes nos
últimos 20 anos e hoje atinge cerca de 15% dos baixinhos brasileiros, ou cerca
de 5 milhões de crianças. Quem garante é a Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Dados do gênero explicam por que todos apontam o dedo em riste para a
dobradinha hambúrguer e batata frita, ícones da chamada comida trash, que a garotada devora num piscar
de olhos. A boa notícia é que uma luz de esperança começa a brilhar nesse
cenário tão sombrio.
Em resposta à acusação, o cardápio dessas fábricas de delícias gordurosas está abrindo espaço para itens praticamente impensáveis há alguns anos, como saladas, sucos, grelhados, queijinhos e até frutas. O movimento é mais forte nos Estados Unidos, mas felizmente a tendência já está desembarcando por aqui, mesmo que timidamente. “Devido aos altos índices de obesidade e de doenças crônicas, essa providência, mais do que desejável, é necessária”, opina a nutricionista Bianca Chimenti, da Nutrociência,
É proibido
proibir
Vamos ser francos. Não dá para
riscar da vida dos filhos os sanduíches e os milk shakes. Fazer isso seria
também privá-los do convívio social, porque se tem um programa que a garotada
adora é ir com a turma à lanchonete. “Em vez de proibir, o melhor é controlar
esse tipo de alimento”, argumenta Fábio Ancona Lopez, professor titular do
Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Por serem
muito gordurosas e pobres em fibras, vitaminas e minerais, o ideal é que essas
comidas sejam consumidas uma ou duas vezes por mês”, sugere.
(...)
Tem razão, as crianças às vezes vencem pelo cansaço. Para o bem delas, resista, explique, eduque. A nutricionista Tânia Rodrigues, da RG Nutri Consultoria Nutricional,
1. Lanchonete todos os dias, só
2. Sugira lanches sem muito
recheio, como o cheeseburguer ou o cheese-salada. Se puder, suma com a
maionese, muito rica em
gordura. O cachorro-quente é uma boa pedida, desde que venha
com pouco acompanhamento.
3. Uma generosa porção de
fritas pode perfeitamente ser compartilhada por duas ou três pessoas. Não
precisa mais do que isso para matar a vontade.
4. Se o pequeno insistir no
refrigerante, tudo bem. Mas proponha substituí-lo por suco de frutas ou água.
5. Outra troca justa: a
maionese pelo trio ketchup, mostarda e picles para incrementar o sanduíche.
6. É milk-shake ou batata frita.
Ambos é overdose de calorias. [Saúde]
Fast food,
obesidade e colesterol
Para verificar os efeitos de
uma dieta baseada em fast-food, o norte-americano Morgan Spurlock decidiu
passar um mês se alimentando exclusivamente de hambúrgueres, batatas fritas e
refrigerantes – de preferência com as maiores porções disponíveis no cardápio.
O resultado foram 11 quilos a mais, aumento do colesterol e sintomas variados
como náuseas e fraqueza. A gordurosa saga foi registrada em “Super size me - A
dieta do palhaço” (2004), filme que divertiu ao mesmo tempo em que chocou plateias
em todo o mundo.
Um estudo feito por pesquisadores de diversas instituições norte-americanas, publicado na revista médica “The Lancet”, mostra de forma categórica que tal dieta realmente faz mal à saúde. [Agencia Fapesp, 04/01/2005]
Observações
·
Seu
texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;
·
Deve
ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;
·
Não
deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;
·
Não
esqueça de dar uma intervenção ao problema enfocado.
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