TEMA DE REDAÇÃO: A QUESTÃO DA XENOFOBIA NO
BRASIL
A partir da leitura dos
textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal
da língua portuguesa sobre o tema “A questão da xenofobia no Brasil”, apresentando proposta
de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEXTO I
Mohamed Ali, refugiado
sírio residente no Brasil há três anos, foi hostilizado e agredido verbalmente
em Copacabana, região nobre do Rio de Janeiro, onde trabalha vendendo esfihas e
doces típicos. Em vídeo publicado nas redes sociais é possível ver um
homem exaltado que grita repetidas vezes “sai do meu País!”, ostentando dois
pedaços de madeira nas mãos e ameaçando o refugiado. “O nosso país tá sendo
invadido por esses homens bombas, que matam crianças”, diz, em discurso
xenofóbico. […] Ali manifestou-se nos comentários do vídeo. “Eu, Mohamed, sou
este rapaz que foi humilhado. Estou aqui faz três anos. Vim pro Brasil porque
eles abriram as portas para todos os refugiados. Todos os meus amigos estão
trabalhando. Estamos trabalhando arduamente. Estou muito sentido porque nunca
pensei que isso pudesse acontecer comigo”, afirmou, no comentário que já
recebeu 2,2 mil likes. (Disponível
em:
https://www.cartacapital.com.br/politica/saia-do-meu-pais-agressao-a-refugiado-no-rio-expoe-a-xenofobia-no-brasil
Acesso em 11 agosto 2017)
TEXTO II
No Brasil, xenofobia é
crime tipificado na lei 9.459, de 1997. Seu primeiro artigo diz: serão punidos,
na forma desta lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de
raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. “Vim com amor, porque
os amigos sempre diziam que o Brasil aceita muito outras culturas e religiões e
as pessoas são amáveis e todos os refugiados procuram paz. Não sou terrorista,
se eu fosse, eu não estaria aqui, estaria lá lutando como eles fazem”, afirma,
agradecendo a todos que o defenderam. Apesar da fama de “cordial” e de receber
bem imigrantes, o aumento das denúncias mostra um lado triste do Brasil. Entre
2014 e 2015, os casos aumentaram 633%, pulando de 45 para 333 registros
recebidos pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, via plataforma Disque
100. Na Justiça, quase não há registros de denúncias que prosseguiram ou de
xenófobos punidos. Olhando os dados de 2015 mais de perto, vê-se que os
principais alvos de preconceito são os refugiados. As principais vítimas são
haitianos (26,8%), depois pessoas de origem árabe ou de religião muçulmana
(15,45%). (Disponível
em:
https://www.cartacapital.com.br/politica/saia-do-meu-pais-agressao-a-refugiado-no-rio-expoe-a-xenofobia-no-brasil
Acesso em 11 agosto 2017.)
TEXTO III
O Ministério da Justiça
lançou, nesta terça-feira (13), a segunda etapa da campanha de sensibilização e
informação contra a xenofobia, o preconceito e a intolerância a imigrantes. A
iniciativa é parte do esforço do governo para o acolhimento a estrangeiros que
vivem no País e sofrem preconceito. A campanha é exclusiva para as redes
sociais e será feita por meio das hashtags #EuTambémSouImigrante e
#XenofobiaNãoCombina. (Disponível
em: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/10/campanha-vai-combater-xenofobia-e-intolerancia-a-imigrantes-nobrasil
Acesso em 11 agosto 2017)
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