Obs.: Temas que envolvem o meio ambiente foram retirados dos eixos temáticos da redação do Enem 2017.
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
quinta-feira, 26 de outubro de 2017
ESTÁ CHEGANDO A HORA! VENHA TREINAR MAIS UM TEMA DE REDAÇÃO:
Tema DE REDAÇÃO: Envelhecimento da população brasileira: os novos
desafios
Após a leitura dos textos motivadores seguintes e
com base nos conhecimentos construídos ao longo da sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “Envelhecimento da população brasileira: os
novos desafios”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I:
O Brasil vai se tornar um país de idosos já em
2030, diz IBGE Na esteira dos países desenvolvimentos, o Brasil caminha para se
tornar um País de população majoritariamente idosa.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), o grupo de idosos de 60 anos ou mais será maior que o
grupo de crianças com até 14 anos já em 2030 e, em 2055, a participação de
idosos na população total será maior que a de crianças e jovens com até 29
anos.
[...] Os números do IBGE mostram ainda que a
principal fonte de rendimento dos idosos de 60 anos ou mais foi a aposentadoria
ou a pensão, equivalendo a 66,2%, e chegando a 74,7% no caso do grupo de 65 anos
ou mais.
A coordenadora da pesquisa, Ana Lúcia Saboia,
destaca a necessidade de atenção a esta mudança na composição da população.
“Hoje em dia a população de idosos que recebe benefícios é muito expressiva, grande
parte recebe contribuições de transferência de renda. Os trabalhadores (que
irão se aposentar no futuro e tem carteira assinada) têm mais garantias. O
sistema previdenciário tem que estar atento ao envelhecimento”, afirma. (Disponível
em: http://noticias.terra.com.br/brasil/brasil-vai-setornar-um-pais-de-idosos-ja-em-2030-izibge,91eb879aef2a2410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html.
Acesso em maio de 2015.)
TEXTO II:
TEXTO III:
Segundo IBGE,
4,5 milhões de idosos estão no mercado de trabalho
Lá vai Seu Vianelo para mais um dia de trabalho. E
ele levantou foi bem cedinho. Antes do despertador. “Ponho para despertar às 6
horas, mas ele nunca desperta, nunca desperta”, conta Seu Vianelo Coelho Da
Silva, 94 anos.
Aos 94 anos, de segunda a sábado ele está sempre
fiscalizando o conserto das estradas em Nerópolis, a 30 quilômetros de Goiânia.
Vianelo: Agora eu quero aproveitar a vida. Não está
certo?
Jornal Nacional: E trabalhar significa aproveitar a
vida?
Vianelo: Quando eu morrer eu fecho o olho para
descansar.
Até pouco tempo atrás a regra era essa: a pessoa
envelhecia, se aposentava e ficava em casa. E aí toda experiência profissional
adquirida ao longo dos anos já não tinha mais nenhuma utilidade. E foi
justamente pensando em toda essa experiência que estava sendo desperdiçada que
essa rede de supermercados decidiu
contratar os idosos. E 20% do quadro de
funcionários já tem idade pra parar de trabalhar. O Seu Vicente, beirando os 71
anos, é pura disposição.
Jornal Nacional: Posso dizer então que o senhor
mexe com eletricidade e é ligado no 220.
Vicente Goes Nogueira, eletricista: 220 fico 24
horas.
Jornal Nacional: O senhor não desliga nunca.
Vicente Goes Nogueira: Nunca desligo.
Segundo o IBGE, dos 15 milhões de idosos no Brasil,
4,5 milhões estão no mercado de trabalho. A dona Wilma já se aposentou, mas nem
pensa em parar.
[...]
(Disponível em:
http://g1.globo.com/jornalnacional/noticia/2015/04/segundo-ibge-45-milhoes-de-idososestao-no-mercado-de-trabalho.html.
Acesso em maio de 2015.)
sábado, 21 de outubro de 2017
OLHA AÍ UM OUTRO TEMA!
PROPOSTA: A
propagação do cyberbullying na sociedade brasileira
Por Elisa
Mourão, julho 4, 2016.
Com base
na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: A propagação do cyberbullying na sociedade brasileira, apresentando
proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu
ponto de vista.
Texto I
Crimes
virtuais são delitos praticados através da internet que podem ser enquadrados no
Código Penal Brasileiro resultando em punições como pagamento de indenização ou
prisão.
Os crimes
digitais são cada vez mais comuns porque as pessoas cultivam a sensação de
que o ambiente virtual é uma terra sem leis. A falta de denúncias também
incentiva fortemente o crescimento do número de golpes virtuais e violência digital
(como o cyberbullying).
Além disso,
com o grande número de usuários nas redes sociais, muitas interações acabando
sendo considerados crimes. Muitas pessoas acabam utilizando as redes sociais
para cometer algum delito, esquecendo que no local também existem regras e
punições.
Confira abaixo
os crimes que costumam ser praticados nas redes sociais:
· Calúnia:
Inventar histórias falsas sobre alguém;
· Insultos:
Falar mal ou mesmo insultar uma pessoa;
· Difamação:
Associar uma pessoa a um acontecimento que possa denigrir a sua imagem;
· Divulgação
de material confidencial: Revelar segredos de terceiros, bem como materiais
íntimos, como fotos e documentos;
· Ato
obsceno: Disponibilizar algum ato que ofenda terceiros;
· Apologia
ao crime: Criar comunidades que ensinem a burlar normas ou mesmo que divulguem
atos ilícitos já realizados;
· Perfil
falso: Criar uma falsa identidade nas redes sociais;
· Preconceito
ou discriminação: Fazer comentários nas redes sociais, fóruns, chats, e-mails,
e outros, de forma negativa sobre religião, etnias, raças, etc;
· Pedofilia:
Troca de informações e imagens de crianças ou adolescentes. (https://www.oficinadanet.com.br/post/14450-quais-os-crimes-virtuais-mais-comuns
Texto II
Texto II
No ano
passado, a misoginia online entrou na roda com o chamado “gamergate“: diversas
mulheres na indústria dos jogos foram alvo de uma onda de ataques machistas.
No Twitter, no Reddit e em imageboards como o 4chan, as
mulheres receberam ameaças de estupro e morte. Mais recentemente, a
ex-colunista da revista Jezebel, Lindy West, apareceu no programa This
American Life, acertando as contas com o mais sádico dos trolls que a
assediam diariamente: um homem que criou um fake do recém-falecido
pai dela para ofendê-la no Twitter. E ainda há a jornalista australiana
Alanah Pierce, que ficou famosa por enviar printscreens das ameaças que recebia
para as mães de seus assediadores, em sua maioria adolescentes.(http://fernandafav.jusbrasil.com.br/noticias/170769012/misoginia-na-internet-como-o-estado-deve-identificar-e-punir-os-machistas-virtuais )
Texto III
Texto III
(estpucminas.blogspot.com)
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
CARTILHA DE REDAÇÃO DO ENEM
MEC DIVULGA CARTILHA COM INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO DO ENEM 2017
Ana Prado
A Cartilha do Participante – Redação no Enem 2017 já está disponível para download. As regras para a redação não foram alteradas em relação ao ano passado, mas o manual deste ano foi aprimorado para tornar a metodologia de avaliação da redação mais transparente, segundo o Inep. Também está mais evidente o que se espera do participante em cada uma das competências avaliadas.– Baixe a Cartilha para a Redação do Enem 2017
O manual divulgado nesta segunda (16) detalha todas as competências avaliadas e explica quais critérios serão utilizados nas correções dos textos. O guia também traz oito redações que obtiveram pontuação máxima no Enem 2016, com comentários.
Neste ano, a prova do Enem será realizada em dois domingos. A redação será no primeiro, no dia 5 de novembro, junto com as provas de linguagens, códigos e ciências humanas. No dia 12 de novembro será a vez das provas de ciências da natureza e matemática. O exame será aplicado em 1.724 municípios, para 6.731.203 inscritos.
Redação do Enem
A prova de redação exige a produção de um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, sobre um tema de ordem social, científica, cultural ou política. O candidato deve apresentar uma proposta de solução para o problema proposto, a chamada intervenção, respeitando os direitos humanos. Também deve ser apresentada uma referência textual sobre o tema.
O participante deverá defender uma tese, ou seja, uma opinião a respeito do tema proposto, apoiada em argumentos consistentes, estruturados com coerência e coesão, formando uma unidade textual.
Como a redação será corrigida
O texto produzido na redação do Enem é corrigido por pelo menos dois avaliadores, de forma independente, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. Esses dois professores avaliam o desempenho do participante de acordo com as cinco competências: demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa; compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa; selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação e elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Cada avaliador atribuirá uma nota entre 0 e 200 pontos para cada uma das cinco competências, e a soma desses pontos comporá a nota total de cada avaliador, que pode chegar a mil pontos. A nota final do participante será a média aritmética das notas totais atribuídas pelos dois avaliadores.
A redação receberá nota zero se apresentar características como fuga total ao tema, não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa, cópia integral de textos motivadores da proposta, impropérios, desrespeito aos direitos humanos e se a folha de redação for entregue em branco.
O título é elemento opcional na produção da redação e será considerado como linha escrita. Porém, o título não será avaliado em nenhum aspecto relacionado às competências da matriz de referência.
Libras
A cartilha do Inep também foi divulgada na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Ao todo, são 26 vídeos, com todo o conteúdo da cartilha tradicional, disponível no perfil do Inep no YouTube.
Neste ano, pela primeira vez o Enem poderá ser feito por meio de videoprova traduzida em Libras.
(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/enem/mec-divulga-cartilha-com-instru%C3%A7%C3%B5es-para-a-reda%C3%A7%C3%A3o-do-enem-2017/ar-AAtB6UK?li=AAggXC1)
terça-feira, 17 de outubro de 2017
REPORTAGEM DO G1 SOBRE TEMAS DE REDAÇÃO PARA O ENEM
Redação no Enem: veja 14 temas que professores
apostam que podem cair na prova
Redação
será no 1º dia de provas, em 5 de novembro. Homofobia, trabalho e lixo estão
entre os assuntos que podem inspirar temas, segundo os professores.
Por Vanessa Fajardo, G1
11/10/2017 07h01 Atualizado
11/10/2017 18h23
Professores
de quatro cursinhos ouvidos pelo G1listaram 14
assuntos que, segundo eles, estão entre os possíveis temas de redação do Enem 2017 (Exame Nacional do Ensino Médio), que será
aplicada no primeiro dia do exame, em 5 de novembro.
Tradicionalmente
os temas da redação envolvem problemas brasileiros, sempre com um viés
humanista, que exigem uma proposta de intervenção. O tema sempre vem
acompanhado de textos ou imagens motivadoras para inspirar os candidatos.
Veja
as apostas:
1. Ativismo nas redes sociais
As
redes sociais cada vez mais estão sendo usadas para expressar opiniões e
promover debates. Alana Vivas, consultora pedagógica do Sistema Ari de Sá
(SAS), acredita que este ativismo nas redes,
o “ciberativismo”, pode inspirar temas de redação.
“O
aluno pode discutir a importância do ciberativismo como instrumento de
manifestação popular, visto que esse meio dá voz à população, mas pode comentar
inclusive sobre os cuidados que as pessoas devem tomar em relação às suas
atitudes nas redes, como o compartilhamento de notícias falsas e especulações,
vindas de fontes não seguras”, diz Alana.
2. Ciberbullying e outros crimes virtuais
Alana
Vivas e André Valente, professor do Cursinho da Poli, lembram que o tema
norteou muitas discussões deste ano. Bons exemplos são a série “13 Reasons
Why”, da Netflix, que foi febre entre os jovens e retratou o ciberbullying e a
depressão, além do fenômeno Baleia Azul,
um “jogo virtual” que incentivava a automutilação e o suicídio.
“O
aluno, ao se deparar com um tema como esse, pode argumentar que a escola e a
família possuem papéis distintos mas complementares no processo de
conscientização acerca do ciberbullying e dos crimes virtuais, além de sugerir
que o aumento da depressão entre os jovens seja tratado pelo ministério da
saúde como um problema de saúde pública”, afirma Alana.
3. Desafios da mobilidade urbana
A
mobilidade urbana é um desafio nas principais cidades do Brasil. Alana afirma
que o crescimento da população nos principais polos urbanos somado à
precariedade dos serviços de transporte público geram trânsito intenso, além de
acidentes e problemas ambientais.
“Todo
esse contexto torna esse tema bastante atual e propício a propostas de
intervenção no momento da redação. O aluno, ao se deparar com ele, pode
contextualizar a situação nas grandes cidades, usando como exemplo o
descontentamento social e o surgimento de transportes alternativos, como os
aplicativos de mobilidade”, afirma Alana.
4. Envelhecimento da população
Vinicius
Beltrão, do Sistema Ari de Sá, reforça que a população brasileira tem passado
nos últimos 70 anos por uma inversão em sua pirâmide etária, e este fenômeno
tem consequências.
“Atualmente
somos considerados um país adulto, e a estimativa é que até 2050 passemos à
categoria idoso. Mudanças socioeconômicas, avanços tecnológicos, processo de
urbanização e políticas públicas mais consistentes garantiram expressiva
melhoria na qualidade de vida do brasileiro”, afirma.
O
consultor lembra que o país conta com mais aposentados do que contribuintes, o
que deu precedente à reforma da previdência proposta pelo atual governo.
5. Família no século 21
Outra
aposta de Beltrão é baseada na transformação do conceito de família desde o
século passado. “A família nuclear composta por pai e mãe, hoje divide espaço
com mães que optam pela produção independente, casais homoafetivos, crianças
que são criadas por avós, casais demasiado jovens, entre outros”, afirma.
Beltrão
diz que esta pode ser uma aposta de tema porque apesar dos direitos conquistados
por casais homoafetivos, há quem ainda se choca com essa nova concepção
familiar, como grupos religiosos que defendem a família tradicional e políticos
conservadores que tentam aprovar projetos de lei que representam retrocessos
nas conquistas sociais alcançadas.
6. Força da juventude
Daniel
Perez, professor do Cursinho Maximize, acredita que temas ligados à juventude
podem aparecer. O professor lembra que a força da juventude e a importância dos
jovens para a sociedade são assuntos que nunca foram abordados, são fortes e
por isso têm potencial para cair este ano.
7. Homofobia e criminalização no Brasil
Outra
aposta da professora Alana são assuntos ligados à homofobia, tendo em vista que
questões relacionadas aos direitos humanos são abordadas na prova. “A proposta
envolvendo a criminalização da homofobia, que não foi homologada pelo Senado
até então, traz à tona esse assunto, além de que as recentes discussões a
respeito da liminar que autoriza psicólogos a oferecerem tratamentos de
reversão sexual, a chamada ‘cura gay’.”
O
professor André Valente também aposta em temas ligados à diversidade sexual,
pois o assunto voltou à tona, inclusive sendo tratado na novela “A Força do Querer”, da
TV Globo, que tem um personagem transexual.
8. Jovens e drogas
Simone
Motta, coordenadora de português do Etapa, acha que um assunto provável é o
consumo de álcool e drogas entre adolescentes. O tema pode ser abordado sob a
ótica da saúde pública e o impacto desse consumo cada vez mais precoce à saúde.
9. Onda anti-vacinação
Outra
hipótese de Simone é a “onda” anti-vacinação na
qual muitas famílias embarcaram. Ela é justificada pela disseminação de mitos,
ou até mesmo crenças pessoais que fazem com que muitas pessoas optem por não
imunizarem seus filhos. “Isso gera uma preocupação muito grande por parte do
governo porque muitas doenças já erradicadas, correm o risco de voltar a
aparecer.”
10. Lixo e meio ambiente
Meio
ambiente é um tema “amigo” do Enem. Para Simone, ele pode cair na redação do
ponto de vista da criação de soluções ecologicamente corretas, como fonte de
energias alternativas, como eólica e solar. Ainda dentro desta temática, ela
lembra a questão da produção e descarte correto do lixo, principalmente o
digital. Como fazer o descarte correto dos eletrônicos, por exemplo?
11. Pessoas com deficiência
André
Valente, professor do Cursinho da Poli, lembra a tendência do Enem de tratar
assuntos relacionados às minorias, por isso ele acha que as pessoas com
deficiência pode inspirar o tema deste ano.
“Em
2015 tivemos violência contra a mulher, e em 2016, intolerância religiosa e o
racismo. Um tema sobre pessoas com deficiência possui muita relevância social e
pode se abordamos do ponto de vista da acessibilidade, da inclusão no mercado
de trabalho e da inserção em variados âmbitos da sociedade civil.”
12. Poder transformador do trabalho
Daniel
Perez acredita que a redação vai manter a linha de abordar um problema social
brasileiro. Uma de suas apostas é o "trabalho e seu poder
transformador", assim como questões ligadas ao empreendedorismo
relacionadas à criatividade do povo brasileiro.
13. Saúde e o SUS
Perez
aposta, ainda, que a saúde e o Sistema Único de Saúde (SUS) podem inspirar
temas. Ele lembra que o sistema em si tem falhas, mas ele pode ser cobrado do
ponto de vista positivo. Perez cita como exemplo o fato de o Brasil ser modelo
mundial em campanhas de vacinação e controle do vírus HIV.
14. Sistema prisional brasileiro
Ainda
entre as apostas da professora Alana estão os temas ligados à superlotação dos
presídios e às condições dos detentos, que apresentam bastante
espaço para propostas de intervenção. “O estudante pode sugerir que haja uma
melhoria na estrutura e na inspeção dos locais, diminuindo a precariedade,
levando condições de vida dignas às pessoas e controlando efetivamente o que
ocorre dentro dos presídios”, diz.
Além
disso, segundo Alana, outra intervenção seria a de implementar projetos de
educação e recolocação do indivíduo na sociedade. “Visto que a falta dessas
ações fazem com que o preso, após cumprir a pena, tenha uma grande chance de
voltar ao cárcere por não possuir perspectivas de ressocialização.”
(Fonte: https://g1.globo.com/educacao/enem/2017/noticia/redacao-no-enem-veja-14-temas-que-professores-apostam-que-podem-cair-na-prova.ghtml)
sexta-feira, 13 de outubro de 2017
SAINDO DO FORNO MAIS UM TEMA...
Internação compulsória de dependentes de crack
·
Antonio Carlos Olivieri, da Página 3 Pedagogia & Comunicação
01/06/201705h00
Manifestação de
moradores e comerciantes da região da Luz, em São Paulo, contra as ações
promovidas pela Prefeitura e o Governo do Estado, na cracolândia.
Recentemente, a chamada
cracolândia da capital paulista tornou-se notícia em todo o país, devido a uma
ação policial, que, visando reprimir o tráfico de drogas, resultou em muita
polêmica e numa disputa entre o município e o Ministério Público. A prefeitura
de São Paulo pediu autorização à Justiça para poder internar compulsoriamente
os dependentes químicos do crack em instituições onde receberiam tratamento.
Contrário à medida, o MP reagiu e o processo judicial continua. De qualquer
modo, a questão da internação obrigatória divide os especialistas em
dependência química de entorpecentes. Há argumentos a favor, mas também
contrários ao método, como você pode ver pelos textos da coletânea desta
proposta de redação.
Baseado neles e nos seus
próprios conhecimentos, o que você pensa sobre a internação compulsória para tratar dependentes de drogas? Redija
uma dissertação argumentativa sobre o assunto.
A favor, a contragosto
A contragosto, sou daqueles a
favor da internação compulsória dos dependentes de crack. (...) No crack, como
em outras drogas inaladas, a absorção no interior dos alvéolos pulmonares é
muito rápida: do cachimbo ao cérebro, a cocaína tragada leva seis a dez
segundos. Essa ação quase instantânea provoca uma onda de prazer avassalador,
mas de curta duração, combinação de características que aprisiona o usuário nas
garras do traficante.
Quebrar essa sequência
perversa de eventos neuroquímicos não é tão difícil: basta manter o usuário
longe da droga, dos locais em que ele a consumia e do contato com pessoas sob o
efeito dela. (...) Vale a pena chegar perto de uma cracolândia para entender
como é primária a ideia de que o craqueiro pode decidir, em sã consciência, o
melhor caminho para a sua vida. Com o crack ao alcance da mão, ele é um farrapo
automatizado sem outro desejo senão o de conseguir mais uma pedra. Dr. Drauzio
Varella (https://drauziovarella.com.br)
Negativa, de maneira geral
Para o psiquiatra Dartiu
Xavier da Silveira (professor da Unifesp - Universidade Federal de São Paulo),
a internação forçada é negativa, de maneira geral. Ela se justifica apenas em
aproximadamente 5% dos casos, quando o dependente de crack também apresenta um
problema mental grave. Segundo ele, o tratamento de usuários de drogas mais
efetivo é voluntário e envolve visitas regulares a clínicas e centros
especializados. Segundo ele, há situações específicas, do ponto de vista
médico, nas quais se justifica a internação involuntária. Isso acontece quando
o paciente apresenta psicose (delírios de perseguição e alucinações) ou risco
iminente de suicídio. (BBC Brasil)
Desserviço à saúde pública
Isabel Coelho, juíza do
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e Maria Helena Barros de Oliveira,
pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, defendem que a internação compulsória é
um desserviço à saúde pública. Em um artigo de 2014, elas argumentam que,
"partindo-se da premissa que os dependentes químicos não são doentes
mentais, a internação compulsória, além de ser agressiva e uma forma de
tratamento ineficaz, constitui um modo de eliminação dos indesejados, constituindo-se
em prática higienista violadora de direitos humanos". (Nexo Jornal)
Ato de solidariedade
Para o psiquiatra Ronaldo
Laranjeira, internar de forma compulsória moradores de rua extremamente
dependentes de crack é um "ato de solidariedade". Segundo ele, a
maioria das pessoas que chegam contra sua vontade em clínicas de tratamento
acabam aderindo voluntariamente ao tratamento após os primeiros dias de
internação. Laranjeira também é professor da Unifesp. Ele se diz favorável à
facilitação das internações compulsórias em casos extremos, desde que
acompanhada de uma linha especial de cuidados ao paciente após sua
desintoxicação inicial. (BBC Brasil)
Observações:
Seu
texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;
Deve
ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;
Não
deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração.
terça-feira, 10 de outubro de 2017
OUTRO TEMA PARA TREINAR PARA O ENEM!
Proposta
de redação: Justiça com as próprias mãos no Brasil
access_time2 out 2017, 15h19
A
partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo
em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A prática da justiça com as próprias mãos
no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos
e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Sabe
a diferença?
Legítima
defesa: entende-se como legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de
outrem (Art.25, Código Penal)
Justiça
com as próprias mãos: é crime fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer
pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite. Pena: detenção de 15
dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência (Art. 345,
Código Penal)
TEXTO II
Não é a primeira vez que
ondas de ódio popular manifestam-se através da 9famosa justiça com as próprias
mãos. Se não temos um Estado forte, punível, justo, célere e capaz de usar
a jurisdição para resolver todos os conflitos como a sociedade deseja, por que
não dar à sociedade o direito de resolver os seus problemas sem o dedo do
Estado? Simples, porque isso nos remete ao estágio dos primórdios humanos onde
o famoso olho por olho e dente por dente era muito mais importante e eficaz que
os 250 Artigos da Constituição e os 97 da ADCT. Mas afinal, por que isso é
preocupante? Diferentemente da justiça aplicada pelo Estado, a “justiça”
aplicada pelo povo diretamente não comporta princípios e leis que são
responsáveis por toda a evolução jurídica e social até o presente momento. Essa
autotutela popular é perigosa porque princípio nenhum é capaz de parar o sangue
na garganta de um pai que acabou de ver seu filho ser morto, sua mulher e filha
ser estuprada, seu carro comprado com todo o esforço dividido em milhões de
prestações ser levado por um irresponsável que quer que tudo venha fácil pra
si. E não é pra ser diferente. (Disponível em: https://jus.jusbrasil.com.br/artigos/116592121/justica-com-as-proprias-maos-ate-onde-e-justa Acesso
em 11 agosto 2017)
TEXTO III
(Felipe
Attie/Divulgação)
TEXTO
IV
(Armandinho/Divulgação)
sexta-feira, 6 de outubro de 2017
SEU SUCESSO DEPENDE DO TREINO! MAIS UM TEMA:
Cultura do estupro no Brasil
A
partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema: “Cultura
do estupro no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
O
que é a cultura do estupro?
O
termo foi cunhado na década de 70 por feministas americanas e, de acordo com o
Centro das Mulheres da Universidade Marshall, nos Estados Unidos, é utilizado
para descrever um ambiente no qual o estupro é predominante e no qual a
violência sexual contra as mulheres é normalizada na mídia e na cultura
popular.
Ao
disseminar termos que denigrem as mulheres, permitir a objetificação dos corpos
delas e glamourizar a violência sexual, a cultura do estupro passa adiante a
mensagem de que a mulher não é um ser humano, e sim uma coisa. "Vivemos em
uma sociedade patriarcal que considera que nós mulheres somos ou sujeitos de
segunda categoria, ou em alguns casos, que não somos sujeitos e podemos ser
utilizadas ou destruídas", explica Izabel Solyszko, que é professora,
assistente social e doutoranda em Serviço Social na Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ).
(Disponível em:
http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2016/06/6-coisas-que-voce-precisa-entender-sobre-cultura-do-estupro.html
- Acesso em: 18 ago. 2017).
Texto II
Quando
se fala em estupro, há um imaginário comum por trás dessa ação que é quase
cinematográfico. É mais fácil imaginar que os praticantes desse crime são
monstros, pessoas mentalmente desequilibradas, pessoas que já estão marginalizadas
pela sociedade e que nem possuem tanta noção do que estão fazendo.
Infelizmente, a realidade está distante do que aparece nos filmes. Segundo dados levantados numa nota técnica do IPEA em 2014, mais de 50% dos estupros sofridos por crianças e adolescentes foram praticados por pessoas conhecidas, como pais, padrastos, namorados e amigos. Em adultos, os estupros praticados por conhecidos são quase 40% dos casos.
Infelizmente, a realidade está distante do que aparece nos filmes. Segundo dados levantados numa nota técnica do IPEA em 2014, mais de 50% dos estupros sofridos por crianças e adolescentes foram praticados por pessoas conhecidas, como pais, padrastos, namorados e amigos. Em adultos, os estupros praticados por conhecidos são quase 40% dos casos.
O
estupro configura-se num crime contra a liberdade sexual. Popularmente, as
pessoas entendem o estupro como um ato sexual não consensual. Essa
interpretação é equivocada porque no próprio Código Penal o conceito de estupro
é mais amplo. Ele é classificado como o ato de “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”
(Art. 213 da Lei Nº 12.015/2009). “Ato libidinoso” refere-se a qualquer ação
que tem como objetivo a satisfação sexual. Ou seja, não tem a ver somente com o
ato sexual em si.(Disponível em:
http://www.politize.com.br/atualidades/como-assim-cultura-do-estupro/ - Acesso
em: 18 ago. 2017).
Texto III
Encerrando
o Mês da Mulher, o Ipea realizou nesta quinta-feira, 27, um seminário em
Brasília para apresentação de estudos que tratam da violência contra o sexo
feminino. Além de uma edição do Sistema de Indicadores de Percepção Social, foi
apresentada a Nota Técnica Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados
da Saúde. É a primeira pesquisa a traçar um perfil dos casos de estupro no
Brasil a partir de informações de 2011 do Sistema de Informações de Agravo de
Notificação do Ministério da Saúde (Sinan).
Com
base nesse sistema, a pesquisa estima que no mínimo 527 mil pessoas são
estupradas por ano no Brasil e que, desses casos, apenas 10% chegam ao
conhecimento da polícia. A Nota Técnica é assinada pelo diretor de Estudos e
Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia, Daniel Cerqueira, que
fez a apresentação, e pelo técnico de Planejamento e Pesquisa, Danilo Santa
Cruz Coelho.
Os registros do Sinan demonstram que 89% das vítimas são do sexo feminino e possuem, em geral, baixa escolaridade. Do total, 70% são crianças e adolescentes. “As consequências, em termos psicológicos, para esses garotos e garotas são devastadoras, uma vez que o processo de formação da autoestima - que se dá exatamente nessa fase - estará comprometido, ocasionando inúmeras vicissitudes nos relacionamentos sociais desses indivíduos”, aponta a pesquisa. (Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id =21849 - Acesso em: 18 ago. 2017).
Os registros do Sinan demonstram que 89% das vítimas são do sexo feminino e possuem, em geral, baixa escolaridade. Do total, 70% são crianças e adolescentes. “As consequências, em termos psicológicos, para esses garotos e garotas são devastadoras, uma vez que o processo de formação da autoestima - que se dá exatamente nessa fase - estará comprometido, ocasionando inúmeras vicissitudes nos relacionamentos sociais desses indivíduos”, aponta a pesquisa. (Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id =21849 - Acesso em: 18 ago. 2017).