quarta-feira, 16 de outubro de 2019

DICAS PARA O ENEM:

Enem: leia redações de treineiros que tiraram nota 1000
Eles ainda estavam nos primeiros anos do ensino médio quando fizeram o exame e, mesmo assim, alcançaram a nota máxima

Bia Rohen
05/10/2019 - 07:00 / Atualizado em 07/10/2019 - 11:30

Treinar com provas antigas ou simulados é fundamental para se dar bem na redação, dizem os estudantes Foto: Divulgação / MEC

RIO - Vale a pena fazer a prova do Enem como um teste? Os estudantes Letícia Sant’Anna, de Sergipe, e Tiago Henrique Rodrigues, da cidade de Guarabira (PB), garantem que a prática leva à perfeição. Os jovens fizeram a prova no ano passado só para treinar e... surpresa! Tiraram a tão sonhada nota 1000 na redação. Um feito para pouquíssimos. O tema da redação em 2018 foi “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na Internet”.
O resultado veio com dedicação e rotina de estudos. Além da escola, Letícia ainda fazia cursinho, mesmo estando no 1º ano do ensino médio. Ela, que tem 15 anos, tinha a intenção de se preparar para a prova desde cedo:

A estudante Letícia Sant'Anna, que tirou 1000 na redação do Enem quando estava no 1º ano do ensino médio Foto: Arquivo pessoal
— Mais do que saber o assunto, queria me sentir tranquila com o estilo da avaliação. Esperava uma nota acima de 800, mas a pontuação máxima foi realmente uma surpresa — conta a estudante, que pretende cursar Direito.
O mesmo aconteceu com Tiago, de 16 anos, que agora está no 3º ano do ensino médio. Mesmo frequentando um curso de redação, ele não imaginava que pudesse tirar 1000 porque sua nota havia caído de um ano para o outro:
— Sempre gostei muito de estudar e fiz o Enem desde quando estava 9º ano. Minha média geral foi aumentando gradativamente, mas a nota da redação não. No meu primeiro exame fiquei com 630. No segundo, 600. Na terceira vez fiquei com 785 na média e nota máxima na redação — compara.

Como já tinha feito a prova no ano anterior, Letícia foi ainda mais confiante em 2018: combinou a experiência da avaliação com a ausência da pressão de ter que ser aprovada. Ela conta que a segunda vez foi importante para ver o que precisava melhorar e colocar em prática novos conteúdos adquiridos. Agora, ela quer o desafio de novo, mas sem cobrança da uma nota máxima da redação:
— Vou continuar estudando para outras matérias, mas sei que é muito difícil tirar 1000 de novo na redação. Meu objetivo é aprender a argumentar cada vez melhor e não perder o ritmo da prova — comenta.
Tiago também acredita que há vantagem em fazer a prova como treineiro. Agora, ele vai usar a experiência para dar tudo de si:
— Todo mundo fica mais tranquilo sem a cobrança da aprovação. Também foi assim comigo. Pretendo estar em constante evolução. Como é meu último ano na escola, desta vez vou fazer a prova para valer! — diz Tiago.

Corrigir a redação dos outros ajuda a treinar
Antes da nota 1000, Letícia já usava sua habilidade com a escrita para ajudar os colegas:
— Ao corrigir um texto que não é seu, é natural aprender com o erro do outro e levar o aprendizado para a própria redação.
Letícia defende que não existe a fórmula exata para conseguir a pontuação máxima, mas todo estudo serve para melhorar a nota. Ela e Tiago têm métodos semelhantes de estudo, que podem ser resumidos em cinco passos para desenvolver as habilidades e se sair melhor no exame.

Cinco passos para se dar bem na redação, segundo os treineiros

1) Conheça o estilo da prova
É fundamental saber o que o Enem pede. Faça a prova ao menos uma vez como treino antes de tentar a vaga na universidade. A experiência vai servir para conhecer o estilo do exame, o tempo necessário para realizar cada questão e saber quais as suas maiores aptidões.

2) Pratique
Nunca esteja satisfeito, ainda que tenha a escrita bem desenvolvida. Sempre há algo para melhorar e, para saber o que é, leia as correções e refaça tudo da maneira correta.
Tiago fazia redações quinzenais e pedia ajuda aos colegas que mais dominavam a escrita. Letícia fazia uma redação por semana e nunca deixava as correções acumularem. No momento em que pegava o texto das mãos da professora, relia, pontuava o que havia feito de errado e refazia da maneira mais correta.

(Fonte: clique aqui)

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