quinta-feira, 12 de novembro de 2020

ATENÇÃO A ESTA TEMÁTICA PARA O ENEM 2020!

 Caríssimos internautas,


O ano de 2020 está sendo marcado por várias questões, mas uma em particular chama bastante atenção como tema da redação do Enem: os 30 anos que o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) faz este ano. 


Não perca tempo!!!


Corre lá nesse link abaixo e veja um tema super interessante para você desenvolver em uma dissertação-argumentativa.


LINK:

https://www.plataformaredigir.com.br/Temas/Detalhe/modelo-enem---30-anos-de-estatuto-da-crianca-e-do-adolescente_enem#void


Não fique preso somente ao ECA, mas atente-se a temas que envolvam crianças e jovens como um todo: violência, suicídio, penalidades, emancipação, estudo, tecnologia, etc.


Sucesso!

quarta-feira, 8 de julho de 2020

VENHA CONFERIR!


Próxima sexta-feira, dia 10/07, teremos a presença do professor Gustavo Atallah Haun, que abordará conceitos das linguagens e códigos com o tema: "O ENEM e a interpretação de texto em um país de não leitores”. 

Nosso encontro será as 19h em nosso canal “Ciclo de debates: Estudando na pandemia”

Link do canal: 

https://www.youtube.com/user/acidadedetallsville


Esperamos por todos vocês!!!

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

A BELEZA DA LÍNGUA!

As proparoxítonas são mágicas, únicas, o máximo!

Falar sobre as proparoxítonas sempre me remete à "Construção", do Chico Buarque, letra que ele escreveu com maestria finalizando cada verso com uma proparoxítona. 
Isso deu uma força incrível à produção!

"Há dois tipos de palavras: as proparoxítonas e o resto.

As proparoxítonas são o ápice da cadeia alimentar do léxico. 
Estão para as outras palavras assim como os mamíferos para os artrópodes.

As palavras mais pernósticas são sempre proparoxítonas. Das mais lânguidas às mais lúgubres. Das anônimas às célebres.

Se o idioma fosse um espetáculo, permaneceriam longe do público, fingindo que fogem dos fotógrafos e se achando o máximo.

Para pronunciá-las, há que ter ânimo, falar com ímpeto - e, despóticas, ainda exigem acento na sílaba tônica!

Sob qualquer ângulo, a proparoxítona tem mais crédito. 
É inequívoca a diferença entre o arruaceiro e o vândalo. 
O inclinado e o íngreme. 
O irregular e o áspero. 
O grosso e o ríspido. 
O brejo e o pântano. 
O quieto e o tímido.

Uma coisa é estar na ponta – outra, no vértice. 
Uma coisa é estar no topo – outra, no ápice. 
Uma coisa é ser fedido – outra é ser fétido.

É fácil ser valente, mas é árduo ser intrépido. 
Ser artesão não é nada, perto de ser artífice. 
Legal ser eleito Papa, mas bom mesmo é ser Pontífice.

(Este último parágrafo contém algo raríssimo: proparoxítonas que rimam. Porque elas se acham únicas, exóticas, esdrúxulas. As figuras mais antipáticas da gramática.)

Quer causar um impacto insólito? Elogie com proparoxítonas. 
É como se o elogio tivesse mais mérito, tocasse no mais íntimo. 
O sujeito pode ser bom, competente, talentoso, inventivo – mas não há nada como ser considerado ótimo, magnífico, esplêndido.
Da mesma forma, errar é humano. Épico mesmo é cometer um equívoco.

Escapar sem maiores traumas é escapar ileso – tem que ter classe pra escapar incólume.

O que você não conhece é só desconhecido. O que você não tem a mínima ideia do que seja – aí já é uma incógnita.

Ao centro qualquer um chega – poucos chegam ao âmago.

O desejo de ser uma proparoxítona é tão atávico que mesmo os vocábulos mais básicos têm o privilégio (efêmero) de pertencer a esse círculo do vernáculo – e são chamados de oxítonos e paroxítonos. Não é o cúmulo?"

Fonte: https://www.facebook.com/eduardo22affonso/posts/193322804815661

[Por Eduardo Affonso]