domingo, 5 de novembro de 2017

E O TEMA FOI...


sábado, 4 de novembro de 2017

ÚLTIMA CHAMADA!

Tema de Redação: Alimentação irregular e obesidade no Brasil


11/06/2017 Yuri Costa (Adaptado)

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: Alimentação irregular e obesidade no Brasil, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I
Paola Flores, que pede frango frito em um restaurante de comida rápida na capital da Colômbia, é um dos milhões de latino-americanos que lutam com a obesidade, uma epidemia que castiga a região mais duramente do que outras áreas em desenvolvimento no mundo. Mais de 56% dos adultos latino-americanos estão acima do peso ou obesos, em comparação com uma média mundial de 34%, de acordo com um relatório do Instituto de Desenvolvimento do Exterior, divulgado no ano passado.
O problema crescente costuma afetar principalmente os mais pobres na sociedade, e traz o risco de sobrecarregar os sistemas de saúde pública da América Latina e reduzir os ganhos econômicos no longo prazo, dizem os especialistas.
Desde 1991, o número de pessoas que passam fome na América Latina caiu quase pela metade, de 68,5 milhões para 37 milhões em dezembro. Embora a região seja a única que está no caminho certo para atingir as metas da ONU sobre a redução da fome até 2015, muito menos atenção tem sido dada ao combate à obesidade.
Na década passada, as economias de rápido crescimento impulsionadas pela expansão no consumo de matérias-primas, incluindo o México, Colômbia e Brasil, têm visto uma classe média em ascensão com um gosto por alimentos processados que são mais ricos em sal, açúcar e gordura. Benefícios em forma de transferências monetárias, adotados por alguns dos governos de esquerda da região, particularmente o Brasil, fazem com que as pessoas tenham mais dinheiro para gastar com comida. Os governos e os programas de nutrição agora precisam se concentrar em garantir que as pessoas comprem mais alimentos ricos em fibras e proteínas, tais como frutas e legumes, disseram autoridades da ONU.
A obesidade é a doença crônica que mais cresce, matando 2,8 milhões de adultos a cada ano. Condições relacionadas com a obesidade, incluindo diabetes e doenças do coração, agora causam mais mortes do que a fome, de acordo com o Fórum Econômico Mundial.
“A rápida elevação dos índices de obesidade na América Latina e no mundo traz enormes desafios sociais e coloca um grande fardo sobre os indivíduos afetados, bem como a economia e os sistemas de saúde pública no mundo”, disse Florencia Vasta, especialista na Aliança Mundial para Melhor Nutrição. Costa Rica, Uruguai e Colômbia introduziram medidas para promover a alimentação saudável nas escolas, enquanto o Equador adotou controles na rotulagem de alimentos.(Disponível em: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/02/america-latina-enfrenta-epidemia-de-obesidade-apos-luta-contra-fome.html)

Texto II
A cada cinco brasileiros, um está obeso. Mais da metade da população está acima do peso. O país que até pouco tempo lutava para combater a fome e a desnutrição, agora precisa conter a obesidade. Por que a balança virou?
Indicadores apresentados na segunda-feira pelo Ministério da Saúde mostram que, nos últimos 10 anos, a prevalência da obesidade no Brasil aumentou em 60%, passando de 11,8%, em 2006, para 18,9%, em 2016. O excesso de peso também subiu de 42,6% para 53,8% no período.
Os dados são da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), com base em entrevistas realizadas de fevereiro a dezembro de 2016 com 53.210 pessoas maiores de 18 anos de todas as capitais brasileiras.
Especialistas ouvidos pela BBC Brasil atribuem o aumento de peso dos brasileiros a fatores econômicos e culturais, mas também genéticos e hormonais.
A endocrinologista Marcela Ferrão também atribui a baixa qualidade do sono como um dos fatores para o aumento da obesidade. Segundo ela, a sociedade acelerada e conectada faz com que as pessoas não tenham horário para dormir.
“À noite, a serotonina, que é o hormônio do humor, converte-se em melatonina, responsável pelo sono reparador. Nesse estágio do sono, as células conseguem mobilizar gorduras de forma adequada”, explica.
Mas não tem sido fácil chegar a esse estágio do sono quando a tensão e o estresse estão cada vez mais intensos, a pessoa não consegue desligar o celular e acorda várias vezes durante a noite. “Isso gera desequilíbrio hormonal e faz com que a pessoa acorde ainda mais cansada”, conclui Ferrão.
Um último ponto destacado pelos especialistas para o aumento da obesidade no Brasil é a falta de acesso a uma dieta diversificada, o que depende menos de poder aquisitivo do que de educação alimentar.
Nesse sentido, o Guia Alimentar para a População Brasileira se destaca entre as políticas do Ministério da Saúde para enfrentar a obesidade. A publicação oferece recomendações sobre alimentação saudável e consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, mas vai além: coloca a hora da refeição no centro de uma discussão sobre convivência familiar e gestão do tempo.
“Os alimentos ultraprocessados são muito consumidos pela população jovem porque são práticos. Outro problema é o comportamento alimentar. É muito comum as pessoas comerem rápido, sozinhas e com celular na mão. Estudos mostram que comendo com família ou amigos, a pessoa presta mais atenção no que está comendo”, diz a coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Michele Lessa de Oliveira.
O crescimento da obesidade é um dos fatores que podem ter colaborado para o aumento da prevalência de diabetes e hipertensão, doenças crônicas não transmissíveis que pioram a condição de vida do brasileiro e podem até levar à morte.
O diagnóstico médico de diabetes passou de 5,5%, em 2006, para 8,9%, em 2016, e o de hipertensão de 22,5%, em 2006, para 25,7%, em 2016, conforme a Vigitel. Em ambos os casos, o diagnóstico é mais prevalente em mulheres.
“A obesidade é a mãe das doenças metabólicas. Além da diabetes, que apresenta mais de 20 fatores de comorbidade (doenças ou condições associadas), obesos infartam mais e até câncer é mais prevalente em pessoas acima do peso”, destaca o diretor do Centro de Obesidade da PUCRS, Cláudio Mottin.(Disponível em: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/por-que-ha-uma-explosao-de-obesidade-no-brasil.ghtml)

Texto III
Entrevista da BBC BRASIL com o endocrinologista brasileiro Walmir Coutinho, que preside a World Obesity Federation
BBC Brasil – O que significa ter metade das crianças pequenas brasileiras comendo bolachas e boa parte delas bebendo refrigerante e suco artificial?
Coutinho – Esses dados dão a medida de uma tendência que outros estudos já haviam mostrado. O consumo excessivo de alimentos e bebidas pouco saudáveis hoje é um problema seríssimo no Brasil. E, se continuarmos nesse ritmo de crescimento da obesidade, seremos o país com mais obesos do mundo em 15 anos.
BBC Brasil – Olhando o lado da alimentação da criança brasileira, quem são os principais vilões atualmente?
Coutinho – Há os vilões invisíveis, especialmente suco de fruta artificial e iogurte. O pai e a mãe acham que estão dando algo saudável para as crianças, mas são produtos que tem muitíssimo açúcar. Fora isso, é preciso lembrar que os alimentos mais baratos são os que mais engordam.
BBC Brasil – E como isso é prejudicial?
Coutinho – É um fenômeno chamado de transição nutricional, em que as pessoas que conseguem superar a falta de alimentos começam a ter acesso aos produtos mais baratos, que costumam ser altamente industrializados. Sair do supermercado com saquinho de batata frita, salgadinhos, biscoitos e chocolates é mais barato do comprar frutas e verduras. A população de baixa renda também costuma ter menos tempo e infraestrutura para praticar atividade física.
BBC Brasil – Quais os principais impactos em alguém que passa pela infância sendo obeso?
Coutinho – O impacto na saúde da criança é mais conhecido. A obesidade traz problemas graves como hipertensão arterial muito alta, problemas osteoarticulares em partes do corpo como joelho, coluna e tornozelo, além de asma e diabetes. Mas também há o lado psicológico, que muitas vezes é subvalorizado. As pessoas não se dão conta do impacto psicológico de apelidos dados a essas crianças, do isolamento em que elas vivem e de estereótipos como o menino gordinho que só pode jogar no gol, por exemplo. São situações que causam traumas que podem ser levados para a vida adulta. (Publicação em 26.8.15)

Texto IV
“Desde que o pânico sobre o aumento de peso da população emergiu na década de 1990, essa visão negativa das pessoas gordas tem se intensificado”, diz a socióloga australiana Deborah Lupton, professora da Universidade de Sydney e autora de Fat (“Gordo”, não lançado no Brasil). O livro, publicado em 2012, analisa como tem se espalhado um estigma sobre os cidadãos acima do peso, “vistos como pessoas gananciosas, sem autocontrole, desorganizadas, até grotescas”.
Na TV, gordos são ridicularizados, sofrendo para fazer dieta e exercitar-se em frente às câmeras. Fala-se de uma “epidemia de obesidade”, e gordos recebem olhares de desaprovação, como se fossem emissários da peste negra. Companhias aéreas e marcas de roupas penalizam seus clientes mais pesados. No Brasil, o sobrepeso virou critério de seleção em concursos públicos e se transformou em nota de corte no mercado de trabalho – em uma entrevista, o publicitário e apresentador de TV Roberto Justus decretou que não se deve contratar quem está acima do peso, pois isso seria um sinal inequívoco de desequilíbrio e falta de inteligência. “Muitas campanhas contra a obesidade acabam envergonhando a quem deveriam ajudar, além de incitarem o ódio à gordura”, diz Deborah.
Para ficar bem claro: gordura corporal em excesso é, sim, um perigo. “Uns 30% dos obesos podem ter um perfil metabólico e cardiovascular dentro da normalidade. Mas estudos mostram que pacientes com IMC (Índice de Massa Corporal, ou peso dividido pela altura ao quadrado) superior a 30 sempre têm risco aumentado para doenças cardíacas, vasculares, diabetes e câncer”, diz o endocrinologista Lício Veloso, professor da Unicamp e pesquisador de mecanismos da obesidade. (Disponível em http://super.abril.com.br/ciencia/onde-os- gordos-nao- tem-vez)

Texto V
A gordofobia é uma forma de discriminação estruturada e disseminada nos mais variados contextos socioculturais, consistindo na desvalorização, estigmatização e hostilização de pessoas gordas e seus corpos. As atitudes gordofóbicas geralmente reforçam estereótipos e impõem situações degradantes com fins segregacionistas; por isso, a gordofobia está presente não apenas nos tipos mais diretos de discriminação, mas também nos valores cotidianos das pessoas.
Uma das maiores dificuldades ao se enfrentar a gordofobia está na própria resistência social de reconhecer esse preconceito. Isso acontece porque é considerado aceitável intimidar e censurar quem é gordo, fazer observações constrangedoras sobre o que a pessoa gorda está comendo e utilizar todos esses comportamentos intrusivos como justificativas para uma falsa preocupação com a saúde do indivíduo.

Mas mesmo a própria preocupação com a saúde de quem é gordo já demonstra indícios de gordofobia, uma vez que se assume que aquele sujeito tem problemas de saúde só por ser gordo, enquanto pessoas magras não são abordadas e questionadas a respeito de seus níveis de colesterol, por exemplo. Acontece que, culturalmente, quem é magro é visto inicialmente como saudável, independente de outros fatores. (Fonte: http://www.revistaforum.com.br/digital/163/gordofobia-como-questao-politica-e-feminista/)

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

SUGESTÃO DE TEMAS POSSÍVEIS PARA O ENEM 2017:

CURSO DE REDAÇÃO & GRAMÁTICA – PROF. GUSTAVO A. HAUN

TEMAS POSSÍVEIS PARA O ENEM 2017

Com as mudanças no eixo temático da Redação do Enem 2017, definindo e excluindo as possibilidades de assuntos possíveis (como meio ambiente), assim como a banca aplicadora e corretora (consórcio FGV, Cesgranrio e VUNESP), eis o que defino como fortes temas para a prova de Redação deste ano:

NA ÁREA CIENTÍFICA:
- Internet como meio de educação;
- Acesso à tecnologia/Exclusão digital;
- Nomofobia;
- Doação de órgãos no Brasil;
- Cyberbullying e crimes virtuais.

POLÍTICA:
- Mobilizações sociais;
- A força da juventude;
- O sistema penitenciário;
- Liberdade de expressão;
- Refugiados ou imigrantes/Xenofobia.

SOCIAL:
- Homo e transfobia/Identidade x ideologia de gênero;
- Depressão e suicídio entre os jovens;
- Envelhecimento da população;
- Esporte: meritocracia excludente ou inclusão social;
- Internação compulsória para dependentes químicos;
- Acessibilidade, inclusão e trabalho para pessoas com deficiência;

CULTURAL:
- Falta de acesso à cultura;
- Questões indígenas no Brasil;
- A cultura do consumo e a sustentabilidade/geração de lixo (temas de meio ambiente podem ser solicitados dessa forma, vinculando com as quatro áreas, a exemplo: a literatura e a cultura da seca no nordeste brasileiro, etc.)


Boa sorte e sucesso!

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

TEMA DE REDAÇÃO PARA O ENEM 2017:

Tema DA REDAÇÃO: O Desafio da Doação de Órgãos no Brasil

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema: O desafio da doação de órgãos no Brasil. Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos em defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

(Disponível em: < http://marlivieira.blogspot.com.br/2010/09/trafico-de-orgaos-brasil-africa-do-sul.html>)

 

TEXTO II

Nos últimos dez anos, o número de transplantes realizados no Brasil cresceu 63,8%, passando de 14.175 procedimentos em 2004, para 23.226 em 2014. […] Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o destaque do resultado se deve ao esforço e ao comprometimento das equipes multiprofissionais envolvidas diretamente no processo de doação e transplante e, principalmente, à solidariedade das famílias brasileiras, responsáveis por autorizar a doação do seu familiar, fator sem o qual os transplantes de doadores falecidos não aconteceriam. (Disponível em: < http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-09/brasil-e-destaque-no-contexto-mundial-de-doacao-de-orgaos>)

TEXTO III
47% das famílias se recusam a doar órgão de parente com morte cerebral. Não é a falta de estrutura, mas a negativa familiar o principal motivo para que um órgão não seja doado no Brasil. De todas as mortes encefálicas e que, portanto, os órgãos poderiam ser transferidos para pacientes que correm risco de morte, pouco mais da metade se transforma em doação. O número é alto e cresceu de 41%, em 2012, para 47% em 2013, segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
De acordo com o nefrologista, José Medina Pestana, a principal justificativa das famílias para não doar órgãos é o fato de nunca terem conversado sobre o desejo de doar. “Por isso, insistimos que a doação tem que ser assunto de família”, diz o integrante da ABTO.

Quando isso não é um assunto resolvido, cabe a uma equipe do hospital responsável pela captação de órgãos explicar à família que a morte encefálica já é a morte. Quando ela é decretada é porque ocorreu a parada definitiva e irreversível do cérebro e do tronco cerebral, o que provoca em poucos minutos a falência de todo o organismo. (Fonte: htp://www.abto.org.br/abtov03/default.aspx?c=1063)