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domingo, 9 de novembro de 2014

REDAÇÃO MODELO DO ENEM 2014

Enem 2014: confira modelo de redação nota mil
Professora do Eleva Educação e do QG do Enem elabora texto com base no tema ‘Publicidade infantil em questão no Brasil’
POR O GLOBO
09/11/2014 16:54 / ATUALIZADO 09/11/2014 17:41

Professores do sistema Eleva Educação e do QG do Enem corrigem as provas deste ano na sede do jornal O Globo - Felipe Hanower / Agência O Globo
RIO - A prova de redação é sempre motivo de ansiedade entre os candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Este ano, eles tiveram de dissertar sobre o tema “Publicidade infantil em questão no Brasil”, considerado uma surpresa por grande parte dos inscritos, que esperavam um assunto mais "pop", como a crise hídrica brasileira ou corrupção. Como muitos dos candidatos que já deixaram a prova, ouvidos pelo GLOBO país afora, disseram-se pouco familiarizados com o tema do texto, publicamos um modelo de redação “nota mil” formulado pela professora Carolina Pavanelli, assessora pedagógica do Eleva Educação e do QG do Enem.
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O tema da publicidade infantil esteve em alta no noticiário deste ano devido à publicação, em abril, de uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) que considerava abusiva a publicidade voltada para crianças e adolescentes. Confira a redação:
Entre peões e iPhones
Bola de gude. Peão. Peteca. Um dia, esses objetos fizeram parte do universo infantil, passados de uma geração a outra sem muita dificuldade. Hoje, em uma sociedade altamente globalizada, muitas crianças desconhecem esses brinquedos e têm outros anseios e desejos de consumo, que são ainda mais ampliados e influenciados pela propaganda. Nesse contexto, discute-se a publicidade infantil no contexto brasileiro e até que ponto ela pode ser abusiva. Cabe, então, avaliar a legitimidade e o impacto desse questionamento.
Em primeiro lugar, é preciso analisar o poder que a publicidade tem de ajudar a construir a ideia de relevância social. Hoje, a cultura do ter em detrimento do ser encontra-se bastante enraizada, e o que se tem determina o que se é. Sabendo disso e da influência que as crianças, mais do que nunca, exercem sobre os adultos, parte do mercado vira-se para esse público, com jogos, roupas, emissoras e programas bastante atrativos. No Brasil, entretanto, tal questão torna-se extremamente problemática, pois, em um país com profundas desigualdades socioeconômicas, nem todas as crianças podem ter o que a propaganda vende. Para além do consumismo desenfreado, isso pode estimular o “bullying” e aprofundar a segregação social.
Além disso, faz-se necessário atentar para o fato de que a publicidade se faz presente para além de comerciais e campanhas midiáticas. Ela está também presente de maneira camuflada, escondida em “merchandisings” de novelas e filmes, por exemplo. Um ídolo teen usando uma determinada marca de roupa é capaz de catapultar as vendas desse produto – por vezes, muito mais do que uma propaganda direta. Quando falamos de crianças, isso é ainda mais preocupante, uma vez que elas são altamente influenciáveis e estão em fase de formação de caráter e personalidade – atualmente, construídos por iPhones e “tablets”, ou pela ideia deles.
Fica evidente, portanto, que, assim como na Biologia, na qual o mutualismo é a relação harmônica na qual um precisa do outro para sobreviver, é necessário um esforço mutualístico para preservar uma relação saudável entre a publicidade e o público infantil. Por meio de leis, o governo deve punir com multas propagandas deliberadamente abusivas. Já a família e a escola devem se unir para passar às crianças os valores mais essenciais que escapam à ideia do consumismo, bem como ajudar a construir consumidores críticos e conscientes. Afinal, peões e bolas de gude podem estar no passado, mas o cuidado com o nosso futuro – nossas crianças – não pode ser renegado.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

REDAÇÃO MODELO DO ENEM 2013

Enem 2013: Veja um exemplo de redação modelo
Professores do colégio e curso Pensi escrevem texto com base no tema “Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”
Tópicos da matéria:
·  Enem
·  Lei Seca
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Publicado:27/10/13 - 20h28
Atualizado:27/10/13 - 23h22

A terceira lei de Newton sugere que, para toda ação, existe uma reação. Quando o assunto é bebida alcoólica e direção, a aplicação da Física é muito mais que uma triste constatação, já que muitas pessoas morrem diariamente no Brasil. Para reverter tal quadro, o governo criou a Lei Seca para inibir essa terrível combinação. Porém, é preciso entender os limites e desafios de uma lei que, apesar de pertinente, ainda encontra obstáculos.
Em primeiro lugar, é impossível negar a redução de acidentes e de vítimas fatais. O fortalecimento das punições àqueles que dirigem alcoolizados fez com que muitos temessem a perda da carteira e o valor em dinheiro da multa, além de uma possível prisão. Assim, por meio de campanhas midiáticas, a opção por táxi ou pelo “motorista da rodada” ganhou força. Para que isso não se perca, é muito importante que as punições se mantenham. Nesse sentido, a mídia tem protagonismo na exposição de estatísticas e dados.
No entanto, não se pode fechar os olhos para o fato de que a lei possui entraves. Na rede social Twitter, a conta que mostra onde os postos de monitoramento estão localizados tem milhões de seguidores. Basta um clique para que o cidadão que ingeriu bebidas alcoólicas modifique seu caminho e fuja de uma blitz. Aliado a isso, o aparato fiscalizador é falho, pois não há operações em todos os horários necessários, concentrando-se na madrugada, como se houvesse hora marcada para beber. É papel do Estado ampliar e intensificar a fiscalização.
Fica claro, portanto, que a Lei Seca é extremamente benéfica, mas, para que seus efeitos sejam ainda mais positivos, há muito que fazer. Nesse contexto, educação é fundamental. Escolas devem mostrar desde cedo as consequências fatais da mistura de álcool e direção, para que crianças cresçam responsáveis e não cometam tais infrações quando adultas. Além disso, autoescolas devem aumentar o número de aulas a respeito de consciência no trânsito. Só assim será possível parodiar Drummond: “Stop. O automóvel parou, a vida, não.”.



(Leia mais sobre esse assunto em
 http://oglobo.globo.com/educacao/enem-2013-veja-um-exemplo-de-redacao-modelo-10557455#ixzz2j4AosxoS 
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