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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

RANKING UNIVERSITÁRIO

15/08/2014 10h24 - Atualizado em 15/08/2014 10h53

Brasil tem 6 universidades em ranking de 500 melhores do mundo

Índice chinês tem USP como única latino-americana entra as 150 melhores.
Oito das dez melhores ficam nos Estados Unidos.

Da AFP
Cidade Universitária, Universidade de São Paulo: vista do novo prédio da Reitoria (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)Universidade de São Paulo
(Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
Seis universidades do Brasil estão entre as 500 melhores do mundo, de acordo com ranking da Universidade Jiao Tong, de Xangai, publicado nesta sexta-feira (15). O índice reafirma a supremacia dos Estados Unidos no ensino superior.
Das seis instituições brasileiras na lista, a melhor colocada é a Universidade de São Paulo (USP), que aparece na 144ª posição. No ano passado, ela era a 147ª. É a única da América Latina entre as 150 melhores do mundo.
As outras instituições de ensino superior do Brasil no 'Top 500 de Xangai' são a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, na 317ª posição), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, em 318ª), a Universidade Estadual Paulista (Unesp, 362ª), a Unicamp (365ª) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS, 421ª).
Outras quatro universidades latino-americanas aparecem entre as 500 melhores do mundo: duas do Chile (Católica e Universida do Chile), uma da Argentina (Universidade de Buenos Aires, UBA) e uma do México (Universidade Nacional Autônoma do México, Unam).
A edição de 2014 do ranking universitário não apresenta muitas mudanças em relação a 2013 e reafirma o domínio americano.
Harvard é considerada a melhor universidade do mundo, seguida por Stanford, MIT e Universidade da Califórnia. O Reino Unido é o outro país que integra o exclusivo clube anglo-saxão das 10 melhores universidades do mundo, com Cambridge (quinta posição) e Oxford (nona posição).
Na Europa continental, a ETH de Zurique (19ª), a Universidade Pierre e Marie Curie de Paris (35ª) e a Universidade de Copenhague (39ª) são as três melhores da região.
A Universidade de Tóquio (21) e a Universidade de Kioto (26) são apontadas como as melhores da Ásia.
O índice de Xangai foi criado em 2003 na Universidade Jiao Tong da cidade chinesa. A classificação é muito aguardada em todo o mundo, mas também é objeto de críticas por sua metodologia.
De acordo com os pesquisadores da Jiao Tong, a lista é baseada em uma série de indicadores objetivos e informações fornecidas por terceiros.
A classificação se concentra nas pesquisas de ciências exatas, em detrimento do ensino, algo muito mais difícil de quantificar.
Entre os critérios utilizados está o número de prêmios Nobel que ex-alunos ou pesquisadores das universidades receberam, o número de medalhas Fields (consideradas equivalentes a um  "Nobel de Matemática" e que teve o franco-brasileiro Artur Avila, do Impa, no Rio, entre os vencedores este ano), assim como o número de artigos publicados em revistas exclusivamente de língua inglesa como "Nature" e "Science".
A cada ano são avaliadas 1.200 universidades de todo o mundo, mas a lista inclui apenas as 500 melhores.
Veja a lista das 10 melhores universidades do mundo em 2014 de acordo com a classificação de Xangai:
1. Universidade Harvard (EUA)
2. Universidade Stanford (EUA)
3. Instituto Tecnológico de Massachusetts - MIT (EUA)
4. Universidade da Califórnia-Berkeley (EUA)
5. Universidade de Cambridge (Reino Unido)
6. Universidade de Princeton (EUA)
7. Instituto Tecnológico da Califórnia - Caltech (EUA)
8. Universidade Columbia (EUA)
9. Universidade de Chicago (EUA)
10. Universidade de Oxford (Reino Unido)

quarta-feira, 5 de junho de 2013

MOSTRAGEM SOBRE ESCOLAS BRASILEIRAS

03/06/2013 - 21h19
Maior parte das escolas brasileiras tem apenas infraestrutura básica
DA AGÊNCIA BRASIL

A maior parte das escolas brasileiras (84,5%) apresenta uma estrutura elementar ou básica. Isso significa que tem apenas água, banheiro, energia, esgoto, cozinha, sala de diretoria e equipamentos como TV, DVD, computadores e impressora.

Na outra ponta, 0,6% das escolas apresenta uma infraestrutura considerada avançada, com sala de professores, biblioteca, laboratório de informática, quadra esportiva, parque infantil, além de laboratório de ciências e dependências adequadas para atender a estudantes com necessidades especiais.

A conclusão é do estudo dos pesquisadores José Soares Neto, Girlene Ribeiro de Jesus e Camila Akemi Karino, da UnB (Universidade de Brasília), e Dalton Francisco de Andrade, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Uma Escala para Medir a Infraestrutura Escolar.

Os pesquisadores utilizam dados do Censo Escolar 2011 do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). O estudo foi feito com dados de 194.932 escolas, incluindo públicas e privadas, rurais e urbanas.


O estudo mostra que mais de 44% das escolas da educação básica brasileiras ainda apresentam uma infraestrutura escolar elementar, apenas com água, banheiro, energia, esgoto e cozinha.

Os pesquisadores se dizem surpreendidos com os resultados. "Há um percentual alto de escolas que não têm requisitos básicos de infraestrutura, como sala de diretoria, sala de professor e biblioteca. Assim, fica transparente a necessidade de políticas públicas que visem a diminuir as discrepâncias e promover condições escolares mínimas para que a aprendizagem possa ocorrer em um ambiente escolar mais favorável", diz o artigo.

"A criança, quando chega na escola, tem que ter equipamentos, conforto do ambiente para se concentrar, se dedicar aos estudos e ao aprendizado. O professor precisa de equipamento para desenvolver o trabalho dele, assim como a escola", explica um dos autores do estudo, José Soares Neto.

"O Brasil está passando por um momento em que é consenso que se deve investir em educação. A pesquisa traz uma perspectiva de como orientar esse investimento para resolver um problema que não é simples".

Dividindo-se por região, o Nordeste apresenta a maior porcentagem de escolas com estrutura elementar: 71%; e apenas 0,3% com estrutura avançada. A maior porcentagem de escolas com estrutura avançada está na região Sul: 1,6% --na região, 19,8% das escolas têm estrutura elementar.

Fotos que retratam algumas realidades das escolas brasileiras.
Levando-se em consideração a administração, mais da metade das escolas públicas federais (58,1%) têm uma infraestrutura adequada, ou seja, além dos itens básicos, como água, energia e cozinha, têm sala de professores, biblioteca, laboratório de informática, quadra esportiva e parque infantil. Essas escolas têm uma estrutura melhor do que as estaduais ou municipais e até mesmo que as particulares, cuja maioria (58,4%) têm uma estrutura básica.



Outro dado destacado pelos pesquisadores é a diferença entre as escolas urbanas e rurais. "Enquanto 18,3% das escolas urbanas têm infraestrutura elementar, o oposto ocorre em relação às escolas rurais: 85,2% encontram-se nesta categoria", diz o estudo.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

RELATÓRIO DE PESQUISA


Modelo DE Relatório de Pesquisa e Atividades Complementares

Relatórios são documentos descritivos de resultados obtidos
em pesquisas, eventos (palestras), atividades, visitas técnicas, viagens técnicas, oficinas, experiências ou serviços.

Estrutura:

1. Capa: constam do nome da instituição, curso, disciplina, nome do professor, título do trabalho, nome do aluno e período, local e data.

2. Folha Rosto: será constituída pelo nome do Autor do relatório, Título, especificações (abaixo do título e à esquerda, conforme anexo)

3. Texto: É um texto corrido, não sendo necessária a identificação dos tópicos abaixo descritos. Eles são apenas didáticos e servem para orientar o discente no momento da elaboração.

a) Introdução: Parte inicial do texto onde se expõe o assunto como um todo. Informações sobre o contexto e a importância do assunto ou atividade. É importante que conste as seguintes informações:

- Local: menciona onde se realizou a atividade

- Período de Execução: registra o período (dia/mês/ano) de início e término da atividade. Em casos de palestra, seminários,  congressos etc., elucidar a carga horária do evento.

- Título: resume a ideia do trabalho. O nome do evento ou atividade.

- Objetivos: Descrever qual (ais) o (s) objetivo (s) a serem alcançados durante a atividade ou evento.

b) Desenvolvimento: sintetiza o conteúdo das atividades realizadas, apresentando os principais pontos 
abordados durante a atividade complementar.

c) Conclusão: Apresenta os avanços acadêmicos que a atividade proporcionou para o discente e a sociedade como um todo.

4. Anexos: São documentos auxiliares, tais como: tabelas, gráficos, mapas, organogramas, formulários, fotos, certificados, declarações, entre outros.

terça-feira, 30 de abril de 2013

INICIAÇÃO CIENTÍFICA



A Importância da Iniciação Cientifica
INICIAÇÃO CIENTÍFICA E A FORMAÇÃO DO PESQUISADOR BRASILEIRO (*)

Sérgio Missiaggia – Coordenador do PIBIC no CNPq
   
         Apesar de bastante jovem a pesquisa brasileira evoluiu bastante nos últimos 40 anos, quando passou a ocupar destaque na agenda do governo. Antes dos anos 60, as atividades de pesquisa foram resultado de ações individualizadas, ou de associações de pesquisadores. É dessa época a criação da Academia Brasileira de Ciências (1916), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (1949) e outras sociedades científicas. As ações governamentais surgiram mais recentemente, com a criação do CNPq e CAPES, ambas em 1951, e FAPESP, em 1962. 
          Quanto às nossas universidades, também são bastante jovens, em contraste com as dos países desenvolvidos, onde elas são instituições centenárias. Embora as primeiras universidades brasileiras datem de 1912 (UFPR), e 1922 (UFRJ), elas constituíam, nessa época, um aglomerado de escolas isoladas previamente existentes. A primeira instituída com as características próprias de uma universidade, a USP, só veio a ser criada em 1934. 
           Com o fortalecimento, institucionalização e sistematização das atividades de investigação científica e de desenvolvimento tecnológico nas universidades e nos centros de pesquisa, pode-se afirmar que, nos últimos 40 anos, o programa brasileiro para a formação, treinamento e capacitação de recursos humanos para ciência e tecnologia foi um sucesso. O Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq registra que o país conta hoje com aproximadamente 12 mil grupos de pesquisa, com cerca de 50 mil pesquisadores, dos quais, 31 mil são doutores. Formamos hoje 5 mil doutores por ano. Em 1990 formávamos 1 mil. Os grupos de pesquisa estabelecidos são produtos do processo de formação de pesquisadores, e também, os centros onde se desenvolve a maioria dos programas de pós-graduação. 
           A partir da instituição da pós-graduação brasileira, houve também progressivo crescimento do número de publicações científicas, conforme amplamente divulgado nos meios de comunicação, e resultados expressivos podem ser citados, tanto na pesquisa básica como no desenvolvimento tecnológico. Na pesquisa básica, a biologia dos vetores e dos agentes causais de doenças parasitárias, biotecnologia (fixação de nitrogênio, particularmente na soja, o que a tornou competitiva no mercado internacional), química de produtos naturais, e o mais recente, o projeto Genoma, sucesso reconhecido na comunidade científica mundial. No desenvolvimento tecnológico, podemos citar as tecnologias para exploração de petróleo em águas profundas, a microeletrônica e sistemas de telecomunicações, a automação bancária, o desenvolvimento e produção de aeronaves de médio porte, hoje em destaque no cenário internacional pela disputa da EMBRAER com a empresa canadense Bombardier, monitoramento climático e ambiental via satélite, entre outros. 
           O sucesso da pós-graduação no Brasil pode ser creditado, em grande parte, à condição de processo formativo que caracteriza a educação pela ciência. Essa condição contrasta com um processo educacional informativo que ainda prevalece na maioria das instituições do País. Esse processo formativo se dá substancialmente através da iniciação científica, que propicia ao jovem estudante, a oportunidade para um confronto com uma realidade acadêmica fundamentalmente distinta daquela encontrada na sala de aula. Esse primeiro confronto oferece ao jovem universitário a ocasião para, abstraindo-se do processo puramente informativo, praticar o pleno exercício do raciocínio pela via do método científico. Propicia ainda oportunidades únicas para o exercício da criatividade científica, satisfação da curiosidade intelectual, aperfeiçoamento do espírito crítico, aprendizado e consolidação de outros conhecimentos necessários à complementação da sua formação. Finalmente, a iniciação científica é o instrumento mais eficaz para assegurar ao estudante o processo do amadurecimento e da diferenciação individual, garantindo segurança no domínio dos limites do seu conhecimento. Tal conjunto de características impõe no jovem egresso desse processo uma postura amadurecida diante do novo quadro de opções profissionais, quer para ser pesquisador, quer para exercer a profissão escolhida. A comprovação do treinamento na iniciação científica passou a ser requerido, nos últimos anos, como requisito adicional para a seleção de candidatos para os cursos de pós-graduação, bem como para o mercado de trabalho. Para a pós-graduação, a iniciação científica exerce impacto decisivo, pois permite a seleção de candidatos mais amadurecidos, muitos deles dispensando a etapa do mestrado, e na significativa redução da idade dos titulados, especialmente de doutores. 
           O CNPq vem investindo na formação de jovens pesquisadores através da concessão da bolsa de iniciação científica desde a criação da agencia, em 1951. Nessa época, o número de bolsas era bastante reduzido e atingiam pouquíssimas áreas. Ficaram estáveis por mais de duas décadas, e, no final da década de 80, tomaram impulso dentro do CNPq. Porém, a iniciação científica só se tornou significativa na década de 90, quando foram concedidas cerca de 165 mil bolsas, 373% a mais do que o total de bolsas dessa modalidade concedidas até então. Desta forma, os anos noventa podem ser caracterizados como a década da iniciação científica. Papel importante teve o PIBIC nesse processo, pois nos últimos dez anos, um grande investimento do CNPq foi feito nesse programa. Em 1987, o número de bolsas de iniciação científica era de aproximadamente 4 mil, concedidas diretamente aos pesquisadores através do sistema conhecido como “balcão”. Com a criação do PIBIC, em 1990, o número de bolsas aumentou de forma expressiva, chegando hoje a um total de 19 mil, aqui contempladas as bolsas do PIBIC e “balcão”, concedidas a 121 instituições de ensino superior e institutos de pesquisa. 

          (...)
           Quando se analisa a questão da formação do pesquisador brasileiro, dois aspectos devem ser observados. O primeiro diz respeito ao tempo médio para entrada na pós-graduação, que está hoje, em média, em torno de 4,5 anos após término da graduação. O segundo, é quanto à idade. Para entrada no mestrado, está em torno de 30 anos, e, para o doutorado, em torno de 35 anos, significando que estamos formando nossos doutores com aproximadamente 40 anos, bastante alta quando comparada com a idade média de formação dos doutores/pesquisadores dos países desenvolvidos, em torno de 30 anos. A iniciação científica tem contribuído decisivamente para reverter esse quadro. Em recente processo de avaliação das bolsas de iniciação científica, verificou-se que os alunos de graduação que fizeram iniciação científica demoraram, em média, 2 anos para entrarem na pós-graduação após o término da graduação, situação bastante diferente daqueles que não tiveram esse benefício, que demoraram mais de 7 anos para entrarem na pós-graduação. 
           A importância da iniciação científica na formação do pesquisador brasileiro é inquestionável, mas, quando o CNPq iniciou as primeiras experiências da concessão de quotas de bolsas às instituições, muitas dúvidas foram levantadas. Porém, depois de dez anos, ficou caracterizado que o compromisso assumido pelas instituições foi honrado. Houve um fortalecimento da pesquisa, principalmente nas instituições das regiões norte, nordeste e centro-oeste. Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação dessas regiões destacaram alguns benefícios do programa: a) deu maior estímulo aos pesquisadores já produtivos e criou ambiente mais propício à formação científica, demonstrando que é possível realizar com seriedade a pesquisa na graduação; b) instaurou e disciplinou critérios de apresentação, formulação e avaliação de projetos de pesquisa com a introdução da avaliação externa; c) dinamizou o entrosamento da graduação com a pós-graduação e contribuiu para o encaminhamento de alunos mais qualificados para a pós-graduação, além de ter diminuído o tempo de formação na pós-graduação e d) aproximou o avaliador do avaliado, dando mais sentido ao trabalho do bolsista que passou a ser avaliado individualmente nos seminários de iniciação científica. 
          (...)
           Para os próximos anos, o Programa deve interagir com os programas setoriais do CNPq, de tal forma que, através de uma ação ordenada, possamos cada vez mais induzir nossas ações com uma visão das metas a serem alcançadas, fixando diretrizes e apoiando projetos que venham a beneficiar aquilo que é essencial, e não apenas interessante ou de importância restrita, de modo a impedir a pulverização dos financiamentos. Aspecto importante nesse processo será a oportunidade gerada pelos fundos setoriais. O eixo dessa nova política de fomento é o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, que agregará, ao longo dos anos, uma série de fundos específicos. Como já amplamente divulgado, o primeiro desses fundos em funcionamento, o CTPETRO já acumulou R$ 155 milhões. Importante ressaltar que 30% dos recursos desses fundos setoriais serão destinados às regiões norte, nordeste e centro-oeste. Outro aspecto importante é que 20% desses recursos serão destinados à formação de recursos humanos, aqui incluída a bolsa de iniciação científica. Cabe a todos nós, CNPq e instituições envolvidas no PIBIC a responsabilidade de saber aproveitar essa grande oportunidade, a maior dos últimos anos. 
           (*) A maioria do texto é baseado em informações, avaliações e dados já divulgados em outras oportunidades. 

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