segunda-feira, 17 de agosto de 2015

TEMA POSSÍVEL PARA A REDAÇÃO DO ENEM 2015 - I

PROPOSTA DE REDAÇÃO - FEMINICÍDIO

Feminicídio significa a perseguição e morte intencional de pessoas do sexo feminino, classificado como um crime hediondo no Brasil. O feminicídio se configura quando é comprovada as causas do assassinato, devendo ser este exclusivamente por questões de gênero, ou seja, quando uma mulher é morta simplesmente por ser mulher. Alguns estudiosos do tema alegam que o termo feminicídio se originou a partir da expressão "generocídio", que significa o assassinato massivo de um determinado tipo de gênero sexual. De modo geral, o feminicídio pode ser considerado uma forma extrema de misoginia, ou seja, ódio e repulsa às mulheres ou contra tudo que seja ligado ao feminino. Agressões físicas e psicológicas, como abuso ou assédio sexual, estupro, escravidão sexual, tortura, mutilação genital, negação de alimentos e maternidade, espancamentos, entre outras formas de violência que gerem a morte da mulher, podem configurar o feminicídio. 

Como visto, o feminicídio pode ser classificado em três situações:
·                     Feminicídio íntimo: quando há uma relação de afeto ou de parentesco entre a vítima e o agressor;
·                     Feminicídio não íntimo: quando não há uma relação de afeto ou de parentesco entre a vítima e o agressor, mas o crime é caracterizado por haver violência ou abuso sexual; 
·                     Feminicídio por conexão: quando uma mulher, na tentativa de intervir, é morta por um homem que desejava assassinar outra mulher.

Feminicídio no Brasil
De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nos últimos anos pelo menos 50 mil mulheres foram mortas no Brasil, sendo os assassinatos enquadrados como feminicídio. O estudo ainda aponta que 15 mulheres são assassinadas por dia no país, devido a violência por gênero. 

Lei do feminicídio
​Para tentar impedir os crimes contra as pessoas do sexo feminino, a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, sancionou o Projeto de Lei nº 8.305/14, em 9 de março de 2015. 
A lei altera o código penal (art.121 do Decreto Lei nº 2.848/40), incluindo o feminicídio como uma modalidade de homicídio qualificado, entrando no rol dos crimes hediondos.
A justificativa para a necessidade de uma lei especifica para os crimes relacionados ao gênero feminino, está no fato de 40% dos assassinatos de mulheres nos últimos anos serem cometidos dentro da própria casa das vítimas, muitas vezes por companheiros ou ex-companheiros.  




A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da Língua Portuguesa sobre o tema “O feminicídio na realidade brasileira do século XXI”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

3 comentários:

  1. Olá, professor Gustavo. Você poderia corrigir minha redação?


    O feminicídio diante da possibilidade de se tornar um crime hediondo, tem sido muito repercutido. Não é de hoje que as mulheres são vistas com outros olhos perante a lei, como no caso da Lei Maria da Penha. No entanto, movimentos que diferenciam homens de mulheres diante da lei, como o feminicídio são de cunho machista, sendo que defendem que a mulher é tão diferente do homem e inferior a ele, ao ponto de necessitar que os crimes contra ela sejam julgados separadamente.

    De acordo com a coordenadora-geral da União Brasileira de Mulheres, Lúcia Rincon, "as leis formuladas para a proteção das mulheres significam o reconhecimento da sociedade dos nossos direitos de ter acesso à cidadania." Será que é realmente necessário que haja leis específicas para as mulheres para que elas tenham acesso à cidadania? Tornar o feminicídio (uma lei de proteção da mulher) um crime hediondo e qualificado, apenas fomenta a ideia de exclusão da mulher, em relação à sociedade, uma vez que, como cidadãos, todas são iguais perante a lei, e por isso, não há necessidade de um julgamento diferenciado.

    No que se refere ao tratamento do reforço da fragilidade feminina, tem-se a mídia como campeã da difusão de tal ideia, sendo que às vezes, até trata-se a mulher como burra ou inferior, como no caso da campanha de absorvente Always. A campanha, baseada no duplo sentido da palavra "vazamento": vazamento de menstruação e o de imagens íntimas na internet.Segundo C. Passas, em seu texto sobre o assunto, o site oficial da marca listou algumas dicas, entre os quais está: "Se você não quer que suas fotos e vídeos sejam expostos, evite enviá-los para outras pessoas." Tal frase joga a culpa nas mulheres que foram filmadas, quando na verdade, o criminoso é quem divulgou as imagens sem autorização e quebrando a confiança em quem foi depositada.

    Para a mulher ser vista com igualdade pelos homens, ela tem de ser vista com igualdade perante a lei, não havendo diferenças no julgamento entre homens e mulheres, uma vez que como cidadãos, todos devem ser julgados igualmente. Daí a necessidade de se pensar formas de prevenir a violência contra a mulher que é objetificada pela mídia. Uma boa iniciativa é regulando melhor o conteúdo que denigre a imagem da mulher em campanhas de publicidade na TV.

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  2. http://laboratorioderevisao.blogspot.com.br/2015/04/redacao-nota-1000-sobre-feminicidio.html
    plágio ou vc é Vitória Marques?

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  3. Não é fácil acertar o tema da redação de um concurso, pois são tantas questões importantes a serem discutidas, não é mesmo?! Parabéns pelo acerto! Também discuti com meus alunos a possibilidade do tema, afinal, a abordagem é sempre social e questionadora. Mais uma vez, parabéns. Gostei da sua página, vou visitá-la sempre.

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