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quinta-feira, 1 de junho de 2017

OS ÍMÃS DA COLOCAÇÃO PRONOMINAL

CORRETO USO DA COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Muita dúvida surge em relação à colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos, o, a, lhe) na frase. Será que, na frase “Não me toque”, o pronome deveria ficar antes do verbo (Não me toque) ou depois dele (Não toque-me)? Tudo vai depender dos ímãs, que são palavras que puxam, atraem esses pronomes:

·       Qualquer palavra de sentido negativo é ímã, atrai o pronome: não, nunca, jamais, nem, ninguém, nada, etc. (Exemplo: Não me toque; Acho que ele nunca se tocou, etc.);

·       A palavra QUE - menos quando for substantivo - também é ímã. Sempre atrai o pronome (Ex.: Quero que me faça um favor!; Foi ela que se estropiou. Obs.: E aquele quê chamou-me a atenção. Aqui, o “quê” é substantivo, nome, e não é ímã. Significa algo mais, qualquer coisa, etc.); 

·       Qualquer advérbio (palavra que exprime circunstâncias de tempo, modo, lugar, afirmação, dúvida, etc.), como hoje (tempo), sempre (tempo), já (tempo), talvez (dúvida), agora (tempo), aqui (lugar), etc. (Ex.: Aqui se faz, aqui se paga; Eles agora se entendem; Tudo já se acabou; etc. Obs.: se, após o advérbio, houver pausa (com vírgula), não haverá a atração: Ontem, deram-me um presente);

·       Pronomes demonstrativos, este, esse, aquele, isso, isto, aquilo, etc. (Exemplos: Esse garoto se deu mal; Sabia que isso lhe faz bem?);

·       Pronomes indefinidos, aqueles que se referem a um ser de maneira vaga, imprecisa, indefinida, como: tudo, todos, vários, muitos, poucos, diversos, alguém, ninguém, etc. (Exemplos: Ninguém se culpou; Creio que todos o chamaram, etc.);

·       Conjunções subordinativas, palavrinhas que ligam as orações subordinadas às principais, como: porque, embora, conforme, se, como, quando, conquanto, caso, quanto, segundo, consoante, enquanto, quanto mais, etc. (Exemplos: Ficou bravo porque se danou; Quanto mais se gaba, mais se ilude. Obs.: se o “porque” for substituível pela palavra “que” (caso em que será explicativo), não atrairá o pronome. Exemplo: Fique quieta já, porque (que) chamaram-na de desequilibrada);

·       Pronomes relativos, que, quem, o qual, a qual, quanto, onde, etc. (Exemplos: Onde se estabeleceu a desordem?; Eis a moça a quem me dirigi). 

Somente nesses casos o pronome vem antes do verbo?
Não. Na expressão formada por em + Verbo no gerúndio, o pronome SE também fica antes do verbo: “Em SE tratando de dinheiro, não tomemos partido.” O mesmo acontece nas frases exclamativas e optativas (que exprimem emoção, desejo, etc.). Exemplos: “Que Deus o acompanhe!”; “Que ele se dê muito bem”, etc.
Outra construção frequente é a formada por preposição (geralmente a, para...) + Verbo no infinitivo (cantar, cantares, cantarmos, cantarem, etc.). Levando-se em consideração o som, que deve ser agradável, convencionou-se que o pronome também deve posicionar-se antes do verbo (Exemplo: Ao se trocarem, notaram vestes estranhas no armário; Para se promoverem, fizeram coisas terríveis; etc. Obs.: Se a preposição for A e o pronome, A ou O, preferir-se-á, por questão de sonoridade, a colocação após o verbo: Eu estava a olhá-la; Eu estava a olhá-lo).

E quando o pronome vem depois do verbo?
Em primeiro lugar, é bom saber que, se não houver ímã algum, o pronome pode ficar depois do verbo. Pode, mas é claro que, se for possível a próclise, ela será preferida, pois compactua com a tendência do português falado no Brasil. Veja algumas situações em que se deve colocar o pronome após o verbo:

·     Uma frase nunca deve ser iniciada por um pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, o, a, lhe). Algumas inadequações: “Me faça um favor”; “Se preocupou comigo?” Corrigindo-os, teríamos: “Faça-me um favor”; “Preocupou-se comigo?”;

·     Em frases imperativas afirmativas (exprimem ordem, pedido), o pronome também fica depois do verbo: “Entregue-me o papel!”; “Dê-lhe o baralho”, etc.;

·     Com o gerúndio, o pronome prefere ficar após o verbo: “O evento ocorreu desse modo, evitando-se os conflitos”; “Vi as crianças perdendo-se entre agressões”, etc. (Obs.: na expressão formada por EM + SE + gerúndio, como já foi dito, o pronome (se) fica antes do verbo. Exemplo: Em se tratando de futebol, ele é o melhor).
  
O pronome também pode ficar no meio do verbo?
Pode, claro. Mas a mesóclise, como é chamada essa construção, é praticamente inexistente no português falado no Brasil, tendo em vista que a nossa tendência é pôr o pronome antes do verbo. Mas é inevitável neste caso: 1) quando a frase for iniciada por um verbo no futuro do pretérito do indicativo (eu faria, tu farias, ele faria, etc.); ou 2) no futuro do presente do mesmo modo (eu farei, tu farás, ele fará, etc.).
Outro detalhe: mesmo não sendo em início de frase, quando não existe ímã e o tempo verbal é um dos dois mencionados, pode-se intercalar o pronome: “Eu preferi-lo-ia mais bem passado” (não há ímã, e o tempo é o futuro do pretérito. Pode-se deixar o pronome no meio ou, preferível, colocá-lo antes: “Eu o preferiria mais bem passado”. Errado seria colocar o pronome depois do verbo no futuro do pretérito ou do presente: “Eu preferiria-o”).

Eu a amo ou Eu amo-a?
Tanto faz. Com os pronomes eu, tu, ele, nós, vós e eles, a colocação do pronome é facultativa (você escolhe se quer antes ou depois do verbo). Logo, “Eu a amo” e “Eu amo-a” estão corretíssimas.
O infinitivo isolado é outro caso opcional: “Sem ofendê-lo (ou Sem o ofender), eu gostaria de tirar uma satisfação”. Tome cuidado para não colocar o pronome após particípios (forma em que o verbo, geralmente, termina em DO, TO e SO, como cantado, vendido, dito, etc.: “Tenho dito-lhe” (errado); “Tenho lhe dito” (certo)).

E quando houver dois ou mais verbos?
Se esses verbos dependerem um do outro, tratar-se-á de uma locução verbal: “Todos querem dançar”; “Ele vai andando”, etc. Esse é um caso bastante simples. Se quiser ter a certeza de que sempre estará de acordo com a norma-padrão, é só deixar o pronome oblíquo átono sempre depois do principal, desde que este não esteja no particípio.
Exemplos: “Realmente não estamos entendendo-a”; “Ela quis dizer-me que está bem”. Se houver palavra atrativa (ímã) antes da locução, o pronome oblíquo poderá vir antes da locução ou depois do principal: “Realmente não A estamos entendendo” ou “Realmente não estamos entendendo-A”.
Se não houver ímã algum, o pronome oblíquo pode, na prática, adotar qualquer posição; de preferência aquela que não nos fira os ouvidos: “Ela ME quis dizer que está bem”; “Ela quis ME dizer que está bem”; “Ela quis dizer-ME que está bem” (as duas últimas construções soam de maneira mais natural; em se tratando de colocação pronominal em locuções verbais, quando houver mais de uma possibilidade, apele ao seu ouvido, ao som agradável).

Obs.: Antigamente se usava o hífen quando o pronome vinha depois do verbo auxiliar (Ela quis-me dizer...). Hoje em dia, esse procedimento não mais tem sido adotado, apesar de ainda ser considerado correto. Além disso, mesmo nos casos em que há ímã antes da locução, tem sido aceita a colocação do átono no meio dela. 
(Por: www.cursoderedacao.com)

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

SINTAXE DE REGÊNCIA

O QUE É SINTAXE DE REGÊNCIA?

A sintaxe de regência ocupa-se do estudo dos tipos de ligação existentes entre um verbo (regência verbal) ou nome e seus complementos (regência nominal). Dessa maneira, haverá os termos regentes, aqueles que precisam de um complemento, e os termos regidos, aqueles que complementam o sentido dos termos regentes.

► Regência verbal:
A regência verbal ocupa-se do estudo da relação estabelecida entre os verbos e os termos que os complementam ou caracterizam. Estudá-la nos permite aprimorar nossa capacidade expressiva, pois a partir da análise de uma preposição um mesmo verbo pode assumir diferentes significados. Observe:

Os parlamentares implicaram-se em escândalos por causa do desvio de verbas públicas. (implicar = envolver)
e
Os alunos implicaram com o novo coordenador. (implicar = ter implicância, aversão).

► Regência nominal:
A regência nominal estuda a relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos por ele regidos. É a partir da análise da preposição que essa relação será construída. Observe os exemplos:

A nova tarifa é acessível a todos os cidadãos.
Os atentados contra a embaixada deixaram vários feridos.
Eles preferiram ficar longe de 
todos.

Na regência nominal é interessante observar que alguns nomes apresentam o mesmo regime dos verbos de que derivam: se você conhece o regime de um verbo, conhecerá também o regime dos nomes cognatos, ou seja, dos nomes que têm a mesma raiz ou origem etimológica:



As crianças devem obedecer às regras.(obedecer = verbo)
Eles foram obedientes às 
regras. (obediente = nome cognato)

terça-feira, 16 de agosto de 2016

SINTAXE DE CONCORDÂNCIA

O QUE É SINTAXE DE CONCORDÂNCIA?

A sintaxe de concordância estuda a relação gramatical estabelecida entre dois termos. Ela pode ser verbal ou nominal. Observe os exemplos:


Os alunos ficaram entusiasmados com o passeio no museu
ou
Os alunos ficou entusiasmados com o passeio no museu?

A primeira opção é aquela que estabelece correta combinação entre o verbo e o sujeito. Se o sujeito (alunos = eles) está no plural, o verbo da oração deverá ser flexionado na terceira pessoa do plural: eles 'ficaram'.

► Concordância nominal:
               
                Os aluno indisciplinado foram suspenso da escola
ou
Os alunos indisciplinados foram suspensos da escola?


O segundo exemplo obedece às regras da concordância nominal porque nele o substantivo – alunos – concorda com seus determinantes, que podem ser artigo, numeral, pronome ou adjetivo. A concordância nominal é, portanto, a combinação entre os nomes de uma oração.

sábado, 30 de julho de 2016

SINTAXE DE COLOCAÇÃO

O QUE É SINTAXE DE COLOCAÇÃO?

A sintaxe de colocação mostra que os pronomes oblíquos átonos, embora possam ser dispostos de maneira livre, possuem uma posição adequada na oração. Quando há liberdade de posição desses termos, o enunciado poderá assumir diferentes efeitos expressivos, o que nem sempre é bem-vindo. Existem três possíveis colocações para os pronomes oblíquos átonos:

► Próclise: o pronome será posicionado antes do verbo. Veja os exemplos:

Não se esqueça de comprar novos livros.
Não me fale novamente sobre esse assunto.
Aqui se vive melhor do que na cidade grande.
Tudo me incomoda quando não estou em casa.
Quem te chamou para a festa?

► Mesóclise: será empregada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo. O pronome surge intercalado ao verbo. A mesóclise é mais encontrada na linguagem literária ou na língua culta e, havendo possibilidade de próclise, ela deverá ser eliminada. Observe os exemplos:

Dizer-lhe-ei sobre tuas queixas (Direi + lhe)
Convidar-me-iam para a formatura, mas viajei para o campo. (convidariam + me)

► Ênclise: o pronome surgirá depois do verbo, obedecendo à sequência verbo-complemento. Observe os exemplos:


Diga-me o que você fez nas férias.
Espero encontrar-lhe na festa hoje à noite.
Acolheram o filhote abandonado, dando-lhe abrigo e comida.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

APRENDENDO SOBRE O "QUE"

Usos da palavra "que"

Agora veremos todas as possibilidades de ocorrência da palavra  “que”. Depois desta dica, não restará dúvida quanto à classificação desse complicado vocábulo que tanta dificuldade traz aos vestibulandos e estudantes em geral. Vamos à teoria. A palavra “que” pode ser o seguinte: 
 
Substantivo: 
Quando o “que” for substantivo, terá o sentido de qualquer coisa ou alguma coisa, será modificado geralmente pelo artigo indefinido um e será sempre acentuado. 
 
Ex. Esta menina tem um quê de mistério. = Esta menina tem alguma coisa de mistério.  

Advérbio: 
Quando o “que” for advérbio, intensificará adjetivos e advérbios e poderá ser substituído por quão ou muito. Em geral, é usado em frases exclamativas.

 
Ex. Que linda é essa garota! = Quão linda é essa garota!

Que doido fui eu não aceitando aquela proposta! = Quão doido fui... 
Que longe fica sua casa! = Quão longe fica sua casa. 

Preposição: 
Quando o “que” funcionar como preposição, equivalerá à preposição de, sendo usado em locuções verbais que têm, como auxiliares, ter ou haver. 

 
Ex. Tenho que trazer meus documentos até amanhã. = Tenho de trazer meus documentos até amanhã. 

 
Interjeição: 
Quando o  “que” for interjeição, exprimirá emoção, estado de espírito e será sempre exclamativo e acentuado. Poderá ser substituído por outra interjeição. 

 
Ex. Quê! Jusperino suicidou-se? = Meu Deus! Jusperino suicidou-se? 

Quê! Você por aqui também? = Uai! Você por aqui também? 

Partícula Expletiva ou de Realce: 

Quando o “que” for partícula expletiva, será empregado para realçar ou enfatizar. Sua retirada não alterará o sentido da frase. Poderá também ser usado na locução expletiva é que. 

Ex. Por pouco que a gente não brigou com ele. = Por pouco a gente não brigou com ele. 
Nós é que trouxemos o material. = Nós trouxemos o material. 


Pronome 
a) Pronome Interrogativo

Quando o  “que” for pronome interrogativo, substituirá, nas frases interrogativas, o elemento sobre o qual se desejar resposta. 
 
Ex. Que você disse? = Você disse algo. 

Gostaria de saber que homem me procurou. = O homem procurou alguém. 
 
* Nota: É inadequado o uso da palavra "o", antes do pronome interrogativo que, ou seja, a língua culta não admite perguntas como  “O que você disse?”, apesar de ser expressão corrente em nosso país. 


b) Pronome Indefinido 

Quando o  “que” for pronome indefinido, aparecerá antes de substantivos em frases geralmente exclamativas e poderá ser substituído por quanto, quanta, quantos e quantas.
 
Ex. Que sujeira havia naquele quarto. = Quanta sujeira havia naquele quarto. 
Que miséria há no Brasil! = Quanta miséria há no Brasil! 


c) Pronome Adjetivo 

Quando o  “que” for pronome adjetivo, aparecerá antes de substantivo, apenas modificando-o. Não o confunda com o pronome indefinido. 
 
Ex. Que mulher linda aquela! (Perceba que não há a possibilidade de substituí-lo por quanto, quanta, quantos ou quantas; ele apenas modifica o substantivo, a fim de tornar a frase exclamativa. Por isso mesmo, é também denominado de pronome exclamativo.) 

d) Pronome Relativo 

Quando o “que” for pronome relativo, aparecerá após o substantivo substituído por ele e poderá ser substituído por o  qual,  a qual,  os quais,  as quais. 
 
Ex. Achei muito bela a garota que você me apresentou. = Achei muito bela a garota a qual você me apresentou.


Como Conjunção:

Conjunção Coordenativa 
 
a) Conjunção Coordenativa Aditiva 

Quando o  “que” for conjunção coordenativa aditiva, iniciará oração coordenada sindética aditiva, aparecerá sempre entre duas formas verbais iguais e terá valor bastante próximo da conjunção e. 
 
Ex. Falava que falava, mas não convencia ninguém.

Bebia que bebia, ignorando o risco que corria.

b) Conjunção Coordenativa Explicativa 

Quando o  “que” for conjunção coordenativa explicativa, iniciará oração coordenada sindética explicativa e poderá ser substituída por  pois ou  porque, que também são conjunções coordenativas explicativas. 
  
Ex. Venha até aqui, que preciso falar-lhe. = Venha até aqui, pois preciso falar-lhe.


c) Conjunção Coordenativa Adversativa 

Quando o  “que” for conjunção coordenativa adversativa, iniciará oração coordenada sindética adversativa, indicará oposição, ressalva e apresentará valor equivalente a mas. 
 
Ex. Outra pessoa, que não eu, deveria cumprir essa  tarefa. = Outra pessoa, mas não eu...


d) Conjunção Subordinativa


a) Conjunção Subordinativa Integrante. 
Quando o  “que” for conjunção subordinativa integrante, iniciará oração que exerce função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito e aposto não iniciado por pronome relativo. A oração iniciada pela conjunção integrante será chamada de oração subordinada substantiva. 
 
Ex. Acho  que você está equivocado. (A oração “que você está equivocado” funciona como objeto direto do verbo achar, denominada oração subordinada substantiva objetiva direta)

 
Ela só pensa em uma coisa: que seu filho seja aprovado. (A oração “que seu filho seja aprovado” funciona como aposto, denominada oração subordinada substantiva apositiva)


b) Conjunção Subordinativa Consecutiva 

Quando o “que” for conjunção subordinativa consecutiva, iniciará oração subordinada adverbial consecutiva e aparecerá, em geral, nas expressões  tão... que,  tanto... que, tamanho... que e tal... que. 
 
Ex. Ele gritou tanto que ficou rouco. = A consequência de ele ter gritado muito foi ter ficado rouco. 


c) Conjunção subordinativa Comparativa

Quando o “que” fora conjunção subordinativa comparativa, iniciará oração subordinada adverbial comparativa e aparecerá nas expressões mais... que, menos... que. 
 
Ex. Ele é mais inteligente que o irmão. 



terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

EU E VOCÊ OU MIM E VOCÊ?

É comum surgir equívocos no uso dos pronomes pessoais, principalmente os do caso oblíquo. Contudo, uma dica importante fará com que não haja mais dúvidas a respeito desse assunto:

De acordo com a norma culta, após as preposições emprega-se a forma oblíqua dos pronomes pessoais. Veja:

1. Isso fica entre eu e ela. (Errado)
1. Isso fica entre mim e ela. (Certo) ou
2. Isso fica entre mim e ti.


Os pronomes do caso oblíquo exercem função de complemento, enquanto os pronomes pessoais do caso reto, de sujeito. Observe:

1. Ela olhou para mim com olhos amorosos (olhou para quem? Complemento: mim.).
2. Por favor, traga minha roupa para eu passar (quem irá praticar a ação de passar? Sujeito: eu.).


Vejamos a pergunta que dá título ao texto: Entre eu e você ou entre mim e você? Depois da explicação acima, constatamos que existe uma preposição: entre. Então, o correto é “Entre mim e você”, pois após a preposição usa-se pronome pessoal do caso oblíquo.

Da mesma forma será com as demais preposições: para mim e você, para mim e ti, sobre mim e ele, entre mim e ela, contra mim, por mim, etc. Veja:

a) Ele trouxe bolo para mim e para ti.
b) Ninguém está contra mim.
c) Você pode fazer isso por mim?
d) Sobre mim e você há uma nuvem de muitas bênçãos.


Agora, observe:

Preciso dos ingredientes para mim fazer o bolo. (Errado)

Existe a preposição “para”, no entanto, o pronome “mim” está exercendo o papel de sujeito da segunda oração: para mim fazer o bolo. Logo, o emprego do pronome oblíquo está equivocado. O certo seria:
Preciso dos ingredientes para eu fazer o bolo. (Certo)

Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras