terça-feira, 26 de novembro de 2013

COTAS NOS CONCURSOS, MINHA GENTE???


Cotas nos concursos
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Por William Douglas

  • Arquivo pessoal
Após declaração do Governo Federal de que os concursos passarão a contar com o sistema de cotas raciais a discussão nas redes sociais tornou-se tão inevitável quanto me posicionar sobre o assunto.
Quem acompanha minha trajetória sabe que me tornei favorável às cotas raciais (em universidades, estágios e demais oportunidades de aprendizado) chegando a defendê-las em audiências públicas no Senado Federal, por duas vezes.
Escrevi inúmeros artigos em sua defesa, e publiquei, como editor, livros sobre ações afirmativas, tais quais elas. E é como defensor das cotas que me posiciono negativamente à extensão das mesmas para os concursos públicos.
Vale anotar que sou favorável às cotas econômicas (ou sociais), mas acredito que sua implementação não é imediata e, por isso, acredito e apoio as raciais, mas uma coisa é dar condições para competir (estudo), outra é criar, na competição pelas vagas, uma distinção não baseada no mérito.
Isso significa a redução do critério do mérito o que, finalmente, leva à acomodação do governo, que, fatalmente, deixará de resolver os problemas reais da estrutura. Ao invés de criar políticas que tornem os segmentos capazes de competir, o governo, ao que parece, prefere fraudar a competição.
As cotas nas escolas, nas universidades, nos estágios favorecem a preparação universal para a vida e para o mercado de trabalho (público e privado). Essas cotas devem ser mantidas, aperfeiçoadas e, com o passar do tempo, obtido seu bom efeito, suprimidas ou substituídas por cotas sociais, se ainda for o caso.
Mas as cotas nos concursos pervertem o sistema do mérito. Para o direito e oportunidade de estudar, é razoável dar compensações diante de um país e sistema ainda discriminadores, mas não para se alcançar os cargos públicos. Nesse ponto, as críticas que os contrários às cotas fazem irão fazer sentido.
Aquele "ele só está aqui por conta das cotas" pode ser tolerado em uma faculdade, de onde o cotista sairá portando um atestado de seu sucesso, superação e condição de competir de igual para igual com qualquer outra pessoa (independente de cor de pele ou origem social), ele terá um diploma.
Contudo, quando estamos diante de um concurso público, ou igualmente de seleção para empresas, influir no sistema de avaliação é uma perversão inadequada. As políticas afirmativas acolhidas pela Constituição são aquelas direcionadas ao fim da desigualdade, e não à sua perpetuação.
A forma como está se promovendo a igualdade é equívoca e tacanha, vez que não cria mecanismos para que a realidade social mude nem estímulo pessoal para o esforço.
Para os que questionam meu posicionamento favorável às cotas raciais, afirmo: as cotas econômicas são bem melhores que as raciais, não tenho dúvida disso. Creio que se deve investir mais nelas, e mais ainda em enfrentar a questão estrutural da precarização da educação.
Mas enquanto não é feita essa reforma de base, vejo com bons olhos recorrermos às ações afirmativas que funcionam com um paliativo útil, como são as cotas raciais.
Afinal, prefiro morar em um país onde os espoliados sejam amparados e onde tenham oportunidade de estudar, de aprender. Mas também quero morar em um país no qual na hora de se definir de quem é uma vaga, que ela seja do mais preparado.
Parafraseando o Pastor Martin Luther King Jr, um país onde todos possam estudar, mas em que, na hora de as pessoas conseguirem um emprego ou cargo público, "elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter".
Para ingressar nos cargos, nem valerá ser negro, ou índio, ou bonito, ou feio, ou gay, ou hétero, ou do partido, ou muito amigo. Para ingressar nos cargos, competência. E isso fará com que todos estudem.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

CASOS DO USO DA CRASE

Caso
Uso obrigatório
Uso proibitivo
Uso facultativo
Antes de
palavras masculinas
·  Quando estiver implícito “à moda de”:móveis à Luís 15;

·  Quando subentendido termo feminino:vou à [praça]João Mendes
Viajar a convite,
traje a rigor,
passeio a pé,
sal a gosto,
TV a cabo,
barco a remo,
carro a álcool etc.

Antes de verbos

Disposto a colaborar.

Antes de pronomes

Antes da maior parte deles:
Disse a ela que não virá; nunca se refere a você.
Pronomes possessivos:
Enviou a carta à sua família.
Enviou
 a carta a sua família.
Quando "a" vem
antes de plural

A pesquisa não se refere a mulheres casadas.

Expressões formadas
por palavras repetidas

Cara a cara; ponta a ponta frente a frente; gota a gota.

Depois de
"para",
"até",
"perante",
"com",
"contra"
outras
preposições

O jogo está marcado para as 16h; foi até a esquina; lutou contra as americanas.

Antes de
cidades,
Estados,

países
·  Foi à Itália (voltou da Itália).

·  Chegou à Paris dos poetas (voltou da Paris dos poetas).
·  Foi a Roma (voltou de Roma).

·  Foi a Paris (voltou de Paris).

Locuções adverbiais, conjuntivas ou prepositivas de base feminina
Às vezes,
às pressas,
à primeira vista,
à medida que,
à noite,
à custa de,
à procura de,
à beira de,
à tarde,
à vontade,
às cegas,
às escuras,
às claras, etc.

Locuções femininas de meio ou instrumento:
À vela/a vela;
à 
bala/a bala;
à 
vista/a vista;
à 
mão/a mão. (Prefira crase quando for preciso evitar ambiguidade: Receber à bala).
Aquele,
aqueles,
aquilo,
aquela,
aquelas
·  Referiu-se àquilo;

·  Foi àquele restaurante;

·  Dedicou-se àquela tarefa.


Com demonstrativo
“a”
·  A capitania de Minas Gerais estava ligada à de São Paulo;

·  Falarei às que quiserem me ouvir.


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

SAIU NO NY TIMES...


Literatura melhora traquejo social
Literatura melhora percepção dos sentimentos alheios
Por PAM BELLUCK

Digamos que você esteja se aprontando para um encontro romântico às cegas ou para uma entrevista de emprego. O que você deve fazer para se preparar? Além de tomar banho e se barbear, é claro, seria o caso de ler -mas não qualquer coisa. Algo de Tchekhov ou de Alice Munro ajudará você a navegar pelo novo território social e a interpretar emoções melhor do que com a ficção popular ou a não ficção.
Segundo um estudo recente, a ficção literária deixa mais espaço para a imaginação, estimulando os leitores a fazer inferências sobre os personagens e a serem sensíveis a complexidades e nuances emocionais.
"Por isso amo a ciência", disse Louise Erdrich, cujo romance "The Round House" foi usado na experiência. Os pesquisadores, segundo ela, "provaram como são verdadeiros os benefícios intangíveis da ficção literária".
Não é nova a ideia de que nossas leituras podem influenciar nossas habilidades sociais e emocionais. Pesquisas anteriores já haviam correlacionado vários tipos de leitura à empatia e à sensibilidade. Recentemente, cientistas usaram testes de percepção da inteligência emocional para estudar crianças com autismo.
Mas os especialistas dizem que a nova descoberta foi poderosa por ter sugerido um efeito direto e quantificável da literatura, mesmo quando lida por poucos minutos.
O estudo, publicado em 3 de outubro pela revista "Science", mostrou que após ler ficção literária, em vez de ficção popular ou não ficção séria, as pessoas tinham melhor desempenho em testes que mensuravam a empatia, a percepção social e a inteligência emocional -habilidades que vêm a calhar quando se tenta ler a linguagem corporal de alguém ou avaliar o que os outros podem estar pensando.
Nicholas Humphrey, professor emérito do Darwin College, da Universidade de Cambridge, que não se envolveu na pesquisa, disse que já era de se esperar que a leitura em geral tornasse as pessoas mais predispostas à empatia e à compreensão. "Mas separar a ficção literária e demonstrar que ela tem efeitos diferentes das outras formas de leitura é notável."
Os autores do estudo e outros psicólogos acadêmicos disseram que tais conclusões deveriam ser consideradas pelos educadores que concebem os currículos, especialmente aqueles que hoje se inclinam por tarefas de leitura de não ficção.
"Francamente, concordo com o estudo", disse Albert Wendland, que dirige um mestrado sobre ficção popular na Universidade Seton Hill, em Nova Jersey. "Ao fazer narrativas sensíveis e longas da vida das pessoas, esse tipo de ficção está literalmente se colocando na posição de outrem -vidas que poderiam ser mais difíceis, mais complexas, mais do que aquilo com que você poderia estar acostumado na ficção popular." Ele acrescentou: "Talvez a ficção popular seja uma forma de lidar mais com seu próprio ser, talvez com os próprios desejos e necessidades".
Na ficção popular, disse o doutorando David Comer Kidd, um dos pesquisadores do estudo, "realmente o autor está no controle, e o leitor tem um papel mais passivo". Na ficção literária, como nas obras de Dostoiévski, "não há uma voz única e abrangente", disse ele. "Cada personagem apresenta uma versão diferente da realidade, e elas não são necessariamente confiáveis. Você precisa participar como leitor dessa dialética, o que é realmente algo que você precisa fazer na vida real."
Emanuele Castano, professor de psicologia e outro autor do estudo, acrescentou que, em muitos casos, "a ficção popular parece mais focada na trama". "Os personagens podem ser intercambiáveis e geralmente mais estereotipados na forma como são descritos."
Em um teste, os pesquisadores da Nova Escola de Pesquisas Sociais, em Nova York, pediram a pessoas que haviam acabado de ler determinados trechos por poucos minutos que estudassem fotos de pares de olhos e encontrassem um adjetivo que melhor descrevesse a emoção demonstrada em cada fotografia.
Será que a mulher de olhar enevoado está perplexa ou duvidosa? E o homem de olhos semicerrados, estará desconfiado ou indeciso? Ela está interessada ou irritada, sedutora ou hostil? Será que ele está fantasiando ou se sentindo culpado, está dominante ou horrorizado? Ou estará chateado pelo fato de suas ações de uma empresa de tecnologia terem perdido meio por cento na Nasdaq num pregão noturno depois das últimas notícias sobre o Oriente Médio? (Estou brincando -essa última alternativa não estava no teste.)
Os pesquisadores concluíram que pessoas que leram ficção literária tiveram resultados melhores do que quem leu ficção popular ou não ficção.
Quem leu ficção popular cometeu tantos erros quanto quem não leu nada, descobriram eles.
Há muita coisa que o estudo não aborda: passar três meses lendo Charles Dickens ou Jane Austen produziria efeitos maiores ou menores, ou não teria influência? Será que os resultados se manteriam se a mesma pessoa lesse todos os tipos de material?
Seja como for, Erdrich, a romancista, disse que o estudo a fez se sentir "pessoalmente animada".
"Os escritores costumam ser solitários obsessivos, especialmente os literários. É legal que digam que o que escrevemos tem valor social", afirmou ela.
"No entanto, eu continuaria escrevendo mesmo que os romances fossem inúteis."

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

FORMAS DE FAZER LOCAL, DATA E VOCATIVO NA CARTA

LOCAL E DATA, COM VOCATIVO NAS MARGENS:

Itabuna (BA), 31 de outubro de 2012.

Ilmª Srª Ir. Margarida Menezes,
Diretora da Escola São José da Ação Fraternal de Itabuna.

Prezada Senhora,

O uso dos celulares é proibido pelo Estatuto da AFI, conforme o seu artigo tal, parágrafo tal (...)

***
LOCAL E DATA, COM O VOCATIVO NO PARÁGRAFO: 

Itabuna (BA), 31 de outubro de 2012.

Ilmª Srª Ir. Margarida Menezes,
Diretora da Escola São José da Ação Fraternal de Itabuna.

Prezada Senhora,

O uso dos celulares é proibido pelo Estatuto da AFI, conforme o seu artigo tal, parágrafo tal (...)


***
LOCAL E DATA NA MARGEM DIREITA E VOCATIVO NA MARGEM: 

Itabuna (BA), 31 de outubro de 2012.

Ilmª Srª Ir. Margarida Menezes,
Diretora da Escola São José da Ação Fraternal de Itabuna.

Prezada Senhora,

O uso dos celulares é proibido pelo Estatuto da AFI, conforme o seu artigo tal, parágrafo tal (...)

***
 LOCAL E DATA NA MARGEM DIREITA E VOCATIVO NO PARÁGRAFO: 

Itabuna (BA), 31 de outubro de 2012.

Ilmª Srª Ir. Margarida Menezes,
Diretora da Escola São José da Ação Fraternal de Itabuna.

Prezada Senhora,


O uso dos celulares é proibido pelo Estatuto da AFI, conforme o seu artigo tal, parágrafo tal (...)

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

HISTÓRIA DE GRANDE VALIA

Certa vez, um homem falou que seu vizinho era ladrão, e o vizinho acabou sendo preso.
Algum tempo depois, descobriram que era inocente.
O rapaz foi solto.
Após muito sofrimento e humilhação ele processou o homem.
No tribunal, o homem disse ao juiz:
- Comentários não causam tanto mal...
E o juiz respondeu:
- Escreva os comentários que você fez sobre ele num papel. Depois pique o papel e jogue os pedaços pelo caminho até sua casa.
Amanhã, volte para ouvir a sentença!
O homem obedeceu e voltou no dia seguinte, quando o juiz disse:
- Antes da sentença, terá que catar todos os pedaços de papel que espalhou ontem!
- Não posso fazer isso, meritíssimo! O vento deve tê-los espalhado por tudo quanto é lugar e já não sei onde estão!
O juiz respondeu:
- Da mesma maneira, um simples comentário que pode comprometer a moral de um homem, espalha-se a ponto de não podermos mais consertar o mal causado. Se não se pode falar bem de uma pessoa, é melhor que não se diga nada!


"Sejamos senhores de nossa língua, para não sermos escravos de nossas Palavras".

terça-feira, 19 de novembro de 2013

É BOM FICAR DE OLHO!

19/11/2013 15h19 - Atualizado em 19/11/2013 17h32

MEC vai fechar vestibulares de mais de 200 

cursos com baixa avaliação


Ministério da Educação vai divulgar o Conceito Preliminar de Curso. 
'É preciso rigor na oferta do ensino', diz ministro Aloizio Mercadante,

Paulo GuilhermeDo G1, em São Paulo
43 comentários
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante (Foto: Paulo Guilherme/G1)O ministro da Educação, Aloizio Mercadante
(Foto: Paulo Guilherme/G1)
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta terça-feira (19) que ainda esta semana o Ministério da Educação vai anunciar o fechamento de mais de 200 novos vestibulares de cursos de instituições superiores de educação que obtiveram um índice insuficiente no Conceito Preliminar de Curso (CPC). O conceito será divulgado nos próximos dias e utiliza, entre outros critérios, o desempenho do curso no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).
Mercadante não revelou quantos cursos serão afetados pela medida administrativa, mas destacou que "será um número expressivo, maior do que o do ano passado". Em 2012, MEC fechou os vestibulares de 207 cursos, o que provocou o congelamento de 38.794 vagas no ensino superior.
O Conceito Enade tem escala de 1 a 5. Cursos com notas 1 e 2 são abaixo da média esperada e é preciso ter nota 3 ou mais para ser considerado satisfatório.. Segundo levantamento feito pelo G1 a partir dos dados divulgados peloMinistério da Educação (MEC) na tarde desta segunda-feira (7), 39,5% dos cursos de ciências econômicas tiveram nota 1 ou 2 (veja tabela mais abaixo)
Além do Enade, o CPC avalia infraestrutura e instalações, recursos didático-pedagógicos e corpo docente. Os cursos recebem conceitos de 1 a 5. Cursos com conceitos 1 ou 2 estão sujeitos a medidas administrativas, entre elas a suspensão da abertura de novas vagas por meio de processos seletivos. Ou seja, a universidade pode fazer vestibular em geral, mas não pode ofertar vagas no processo seletivo em cursos que foram suspensos.
"É preciso ter rigor na oferta de um ensino superior de qualidade", afirmou Mercadante durante a entrega do Prêmio Santander Universidades, na tarde desta segunda-feira (19), em São Paulo. "No ano passado já fechamos vários vestibulares e agora vamos fechar ainda mais. Não adianta expandir, tem que expandir com qualidade", afirmou o ministro.
Mercadante explicou que cursos que mostrarem uma tendência de queda no CPC em relação à avaliação anterior, e estiverem abaixo da média (conceito 3), serão submetidos a avaliação mais profunda do MEC e podem ter os vestibulares fechados.
A edição de 2012 do Enade teve a participação de 7.228 cursos de 1.646 instituições de ensino superior em 17 áreas: administração, ciências contábeis, ciências econômicas, design, direito, jornalismo, psicologia, publicidade e propaganda, relações internacionais, secretariado executivo, tecnologia em gestão comercial, tecnologia em gestão financeira, tecnologia em gestão de recursos humanos, tecnologia em logística, tecnologia em marketing, tecnologia em processos gerenciais, turismo.
Segundo nota técnica do MEC, "cursos com conceito 3 serão aqueles que atendem plenamente aos critérios de qualidade para funcionarem. Da mesma forma, cursos com conceito 5 serão cursos de excelência, devendo ser vistos como referência pelos demais. O conceito permanente servirá como referência para subsidiar o processo de regulação dos cursos de graduação no país".
Espanhol sem fronteiras
O ministro disse ainda que o governo vai lançar o programa Espanhol sem Fronteiras, que vai oferecer cursos on-line de aprendizado em espanhol para estudantes interessados em participar das bolsas de intercâmbio do Ciência sem Fronteiras. Há um ano o governo lançou o inglês sem fronteiras para cursos on-line com o mesmo propósito. "Vamos lançar também o Francês sem Fronteiras, e futuramente investir em alemão e mandarim", disse o ministro.
Prêmio para projetos
O Santander Universidades anunciou nesta terça-feira os 21 vencedores da 9ª edição dos Prêmios Santander Universidades, nas categorias empreendedorismo, ciência e inovação, universidade solidária e Guia do estudante – Destaques do Ano. Foram distribuídos R$ 2 milhões em prêmios, incluindo bolsas de estudos internacionais na Babson College, nos EUA e Bolsas Ibero-Americanas. Em 2013, foram 16.838 projetos inscritos de 618 instituições de ensino superior.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A MARCA DE AMOR

Um menino tinha uma cicatriz no rosto, as pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam ao seu lado, na realidade quando os colegas de seu colégio o viam franziam a testa devido à cicatriz ser muito feia.

Então, a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele menino da cicatriz não frequentasse mais o colégio, o professor levou o caso à diretoria.

A diretoria ouviu e chegou à seguinte conclusão: Que não poderia tirar o menino da escola, e que conversaria com ele, e ele seria o último a entrar em sala de aula, e o primeiro a sair. Desta forma, nenhum aluno veria o rosto do menino, a não ser que olhasse para trás.

O professor achou magnífica a ideia da diretoria, sabia que os alunos não olhariam mais para trás.

Levada a decisão ao conhecimento do garoto, ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição: Que ele compareceria na frente dos alunos em sala de aula, para dizer o porquê daquela CICATRIZ.

A turma concordou e, no dia, o menino entrou em sala, dirigiu-se a frente e começou a relatar:

- Sabe turma, eu entendo vocês. Na realidade esta cicatriz é muito feia, mas foi assim que eu a adquiri:

"Minha mãe era muito pobre e, para ajudar na alimentação de casa, ela passava roupa para fora. Eu tinha por volta de 7 a 8 anos de idade..."


A turma estava em silencio atenta a tudo. O menino continuou: 

"Além de mim, haviam mais 3 irmãozinhos: um de 4 anos, outro de 2 anos e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida."

Silêncio total em sala.

- ...Foi aí que, não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira, começou a pegar fogo. Minha mãe correu até o quarto em que estávamos pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora. Havia muita fumaça, as paredes que eram de madeira, pegavam fogo e estava muito quente... 

"Minha mãe colocou-me sentado no chão do lado de fora e disse-me para ficar com eles até ela voltar, pois ela tinha que voltar para pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chama.  Só que, quando minha mãe tentou entrar na  casa em chamas, as pessoas que estavam ali não deixaram-na buscar minha irmãzinha. Eu via minha mãe gritar:

- 'Minha filhinha está lá dentro!'


"Vi no seu rosto o desespero, o horror, e ela gritava... mas aquelas pessoas não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha.

"Foi aí que decidi. Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do meu irmãozinho de 4 anos, e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar.

"Saí de entre as pessoas, sem ser notado e quando perceberam eu já tinha entrado na casa. Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto em que ela estava.

"Quando cheguei lá ela estava enrolada em um lençol e chorava muito... 


"Neste momento vi caindo alguma coisa, então, me joguei em cima dela para protegê-la, e aquela coisa quente encostou-se em meu rosto..."

A turma estava quieta atenta ao menino e envergonhada então o menino continuou: 


- Vocês podem achar esta CICATRIZ feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda, e todo dia quando chego em casa, ela, a minha irmãzinha, me beija, porque sabe que é marca de AMOR!

Vários alunos choravam, sem saberem o que dizerem ou fazerem, mas o menino foi para o fundo da classe e imovelmente sentou-se. 


(ANÔNIMO)

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

BOM FINAL DE SEMANA!


E NÃO SE ESQUEÇA:

Perca tempo lendo...
Perca tempo estudando...
Perca tempo se dedicando...
Amanhã, quem vai pensar que perdeu tempo são os que hoje estão curtindo, namorando, festejando! Estes serão empregados dos que ontem "perderam tempo"!

BOA SORTE!!!

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

FARTO!

Quem lida com o ser humano na labuta diária muitas vezes é levado a pensar que, a cada dia que passa, a inter-relação piora, decai. Isso parte do próprio (auto?) sentido que o ente se dá, de puro orgulho e arrogância: ser a última bolacha do pacote, ou melhor, achar-se especial, o ungido, super exclusivo, e desprezar tudo o que venha do próximo. 

Mera arrogância, mero atraso espiritual, mera prepotência!

Somos todos iguais e padecemos dos mesmos problemas, angústias, alegrias, tristezas. Irmãos, devido à Paternidade Divina, partimos todos da mesma linha, do mesmo ponto...

A chegada, meus queridos, a chegada vai depender de cada um de nós! E esses sentimentos mesquinhos, egoístas, equivocados, só servem para nos atrasar, atrasar a nossa própria marcha rumo à evolução. 

Quem quiser ficar para trás, que fique... Livre-arbítrio. Eu quero progredir, ascender, prosperar. E, para isso, reformular-se, a todo instante, é imprescindível. 

Amar, perdoar e fazer ao outro aquilo que gostaríamos que o outro nos fizesse. Eis a receita, o segredo para vencermos nessa existência em que nos deparamos com gente que viveu pouco, sabe pouco, leu pouco, mas é cheio de opinião, de teimosia, de pseudo-inteligência!

Voi lá!

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

DUAS PÉROLAS DE BOFF

Papa Francisco e a despaganização do papado - Leonardo Boff
Quarta-feira, 16 de outubro de 2013 - 14h09minpor ADITAL

 
As inovações nos hábitos e nos discursos do Papa Francisco, abriram aguda crise nos arraiais dos conservadores que seguiam estritamente as diretrizes dos dois papas anteriores. Intolerável para eles foi o fato de ter recebido em audiência privada um dos inauguradores da "condenada" Teologia da Libertação, o peruano Gustavo Gutiérrez. Se sentem aturdidos com a sinceridade do Papa ao reconhecer erros na Igreja e em si mesmo, ao denunciar o carreirismo de muitos prelados, chamando até de "lepra" ao espírito cortesão e adulador de muitos em poder, os assim chamados "vaticanocêntricos". O que realmente os escandaliza é a inversão que fez ao colocar em primeiro lugar, o amor, a misericórdia, a ternura, o diálogo com a modernidade e a tolerância para com as pessoas mesmo divorciadas, homoafetivas e não-crentes e só a seguir as doutrinas e disciplinas eclesiásticas.
Já se fazem ouvir vozes dos mais radicais que pedem, para o "bem da Igreja" (a deles obviamente) orações nesse teor: "Senhor, ilumine-o ou elimine-o". A eliminação de papas incômodos não é raridade na longa história do papado. Houve uma época entre os anos 900 e 1000, chamada de a "idade pornocrática" do papado na qual quase todos os papas foram envenenados ou assassinados.
As críticas mais frequentes que circulam nas redes sociais destes grupos, historicamente velhistas e atrasados, vão na linha de acusar o atual Papa de estar dessacralizando a figura do papado até banalizando-o e secularizando-o. Na verdade, são ignorantes da história, reféns de uma tradição secular que pouco tem a ver com o Jesus histórico e com o estilo de vida dos Apóstolos. Mas tem tudo a ver com a lenta paganização e mundanização da Igreja no estilo dos imperadores romanos pagãos e dos príncipes renascentistas, muitos deles cardeais.
As portas para este processo foram abertas já com o imperador Constantino (274-337) que reconheceu o cristianismo e com Teodósio (379-395) que o oficializou como a única religião permitida no Império. Com a decadência do sistema imperial criaram-se as condições para que os bispos, especialmente, o de Roma, assumissem funções de ordem e de mando. Isso ocorreu de forma clara com o Papa Leão I, o Grande (440-461), feito prefeito de Roma, para enfrentar a invasão dos hunos. Foi o primeiro a usar o nome de Papa, antes reservado só aos Imperadores. Ganhou mais força com o Papa Gregório, o Grande (540-604), também proclamado prefeito de Roma, culminando mais tarde com Gregório VII (1021-1085) que se arrogou o absoluto poder no campo religioso e no secular: talvez a maior revolução no campo da eclesiologia.
Os atuais hábitos imperiais, principescos e cortesãos da Hierarquia, dos Cardeais e dos Papas se remetem especialmente a Papa Silvestre (334-335). No seu tempo se criou uma falsificação, chamada de "Doação de Constantino", com o objetivo de fortalecer o poder papal. Segundo ela, o Imperador Constantino teria doado ao Papa a cidade de Roma e a parte ocidental do Império. Incluída nessa "doação", desmascarada como falsa pelo Cardeal Nicolau de Cusa (1400-1460) estava o uso das insígnias e da indumentária imperial (a púrpura), o título de Papa, o báculo dourado, a cobertura dos ombros toda revestida de arminho e orlada com seda, a formação da corte e a residência em palácios.
Aqui está a origem dos atuais hábitos principescos e cortesãos da Cúria romana, da Hierarquia eclesiástica, dos Cardeais e especialmente do Papa. Sua origem é o estilo pagão dos imperadores romanos e a suntuosidade dos príncipes renascentistas. Houve, pois, um processo de paganização e de mundanização da igreja como instituição hierárquica.
Os que querem a volta à tradição ritual que cerca a figura do Papa sequer tem consciência deste processo historicamente datado. Insistem na volta de algo que não passa pelo crivo dos valores evangélicos e da prática de Jesus.
Que está fazendo o Papa Francisco? Está restituindo ao papado e à toda a Hierarquia seu estilo verdadeiro, ligado à Tradição de Jesus e dos Apóstolos. Na realidade, está voltando à tradição mais antiga, operando uma despaganização do papado dentro do espírito evangélico, vivido tão emblematicamente por seu inspirador São Francisco de Assis.
A autêntica Tradição tá no lado do Papa Francisco. Os tradicionalistas são apenas tradicionalistas e não tradicionais. Estão mais próximos do palácio de Herodes e de César Augusto do q da gruta de Belém e da casa do artesão de Nazaré. Contra eles está a prática de Jesus e suas palavras sobre o despojamento, a simplicidade, a humildade e o poder como serviço e não como fazem os príncipes pagãos e "os grandes que subjugam e dominam: convosco não deve ser assim; o maior seja como o menor e quem manda, como quem serve" (Lc 22, 26).
O Papa Francisco fala a partir desta originária e mais antiga Tradição, a de Jesus e dos Apóstolos. Por isso, desestabiliza os conservadores que ficaram sem argumentos.                             
Leonardo Boff.


O cristianismo em poucas palavras - Leonardo Boff/

Terça-feira, 24 de setembro de 2013

Não são poucos, cristãos ou não, os que perguntam: o que o cristianismo pretende? Cristo, de onde vem "cristianismo”, o que pretendeu quando passou entre nós, há mais de dois mil anos?
A resposta deve, por um momento, esquecer todo o aparato doutrinário criado ao longo da história e ir diretamente ao essencial. E esse essencial deve ser expressado de forma que pessoas simples possam entendê-lo. Jesus não começou anunciando a si mesmo ou à Igreja. Anunciou o Reino de Deus, que significa o sonho de uma revolução absoluta, que se propõe transformar todas as relações que se encontram deturpadas, no pessoal, no social, no cósmico e, especialmente, com referência a Deus. Esse reino começa quando as pessoas aderem a esse anúncio esperançador e assumem a ética do Reino: o amor incondicional, a misericórdia, a fraternidade sem fronteiras, a aceitação humilde de Deus vivido como Pai de infinita bondade.
Além de proclamar o Reino de Deus, qual é a intenção original de Jesus? Os apóstolos fizeram essa pergunta diretamente a Jesus, usando um rodeio linguístico típico daquele tempo: "Senhor, ensina-nos a rezar" (Lucas 11,1). Isso é o mesmo que pedir: "Dá-nos um resume de tua mensagem; qual é a tua proposta?" Jesus responde com o Pai Nosso. É a ipsissima vox Jesu: a palavra que, sem dúvida, saiu da boca do Jesus histórico.
Nessa oração está o mínimo do mínimo da mensagem de Jesus: Deus-Abba e seu reino, o ser humano e suas necessidades. Mais resumidamente: trata-se do Pai nosso e do pão nosso no arco do sonho do Reino de Deus. Aqui, encontram-se os dois movimentos: um rumo ao céu, e aí encontra a Deus como Abba, Pai nosso querido e seu projeto de resgate de toda a criação (o Reino); outro rumo à terra; e aí encontra o pão nosso sem o qual não podemos viver. Observe-se que não se diz "meu Pai", mas "Pai nosso"; nem "meu pão", mas "pão nosso de cada dia".
Somente podemos dizer amém se unimos os dois polos: o Pai com o pão. O cristianismo se realiza nessa dialética: anunciar um Deus bom porque é Pai querido que tem um projeto de total libertação e, ao mesmo tempo, e à luz dessa experiência, construir coletivamente o pão como meio de vida para todos.
Conhecemos a tragédia que aconteceu com Jesus. O Reino foi rechaçado e seu anunciador executado na cruz. Porém, Deus tomou partido por Jesus: o resuscitou. A ressurreição não é a reanimação de um cadáver; mas, a emergência do "novo Adão" (I Coríntios 15,45). A ressurreição é a realização do sonho do Reino na pessoa de Jesus como antecipação do que vai acontecer com todos e com o universo inteiro.
A execução de Jesus e sua ressurreição abriram um espaço para que surgissem o movimento de Jesus, as primeiras comunidades em âmbito familiar e local e, por fim, a Igreja como comunidade de fieis e comunidade de comunidades.
Cristianismo. O mínimo do mínimo recolhe o que significou o cristianismo na história, em seus momentos de sombras e de luzes, até chegar ao dia de hoje, com o desafio de encontrar seu lugar no processo de mundialização da humanidade. Esta descobre-se vivendo em uma única Casa Comum, o planeta Terra, agora gravemente ameaçado por uma crise ecológica generalizada, que pode pôr em risco o futuro de nossa civilização, e, inclusive, a sobrevivência da espécie humana.

O cristianismo pode contribuir com elementos salvadores porque Deus, segundo as Escrituras judaico-cristãs é "o soberano amante da vida" (Sabedoria 11,24) e não permitirá que a vida e o mundo, assumidos pelo Verbo, desapareçam da história.