sexta-feira, 22 de novembro de 2013

SAIU NO NY TIMES...


Literatura melhora traquejo social
Literatura melhora percepção dos sentimentos alheios
Por PAM BELLUCK

Digamos que você esteja se aprontando para um encontro romântico às cegas ou para uma entrevista de emprego. O que você deve fazer para se preparar? Além de tomar banho e se barbear, é claro, seria o caso de ler -mas não qualquer coisa. Algo de Tchekhov ou de Alice Munro ajudará você a navegar pelo novo território social e a interpretar emoções melhor do que com a ficção popular ou a não ficção.
Segundo um estudo recente, a ficção literária deixa mais espaço para a imaginação, estimulando os leitores a fazer inferências sobre os personagens e a serem sensíveis a complexidades e nuances emocionais.
"Por isso amo a ciência", disse Louise Erdrich, cujo romance "The Round House" foi usado na experiência. Os pesquisadores, segundo ela, "provaram como são verdadeiros os benefícios intangíveis da ficção literária".
Não é nova a ideia de que nossas leituras podem influenciar nossas habilidades sociais e emocionais. Pesquisas anteriores já haviam correlacionado vários tipos de leitura à empatia e à sensibilidade. Recentemente, cientistas usaram testes de percepção da inteligência emocional para estudar crianças com autismo.
Mas os especialistas dizem que a nova descoberta foi poderosa por ter sugerido um efeito direto e quantificável da literatura, mesmo quando lida por poucos minutos.
O estudo, publicado em 3 de outubro pela revista "Science", mostrou que após ler ficção literária, em vez de ficção popular ou não ficção séria, as pessoas tinham melhor desempenho em testes que mensuravam a empatia, a percepção social e a inteligência emocional -habilidades que vêm a calhar quando se tenta ler a linguagem corporal de alguém ou avaliar o que os outros podem estar pensando.
Nicholas Humphrey, professor emérito do Darwin College, da Universidade de Cambridge, que não se envolveu na pesquisa, disse que já era de se esperar que a leitura em geral tornasse as pessoas mais predispostas à empatia e à compreensão. "Mas separar a ficção literária e demonstrar que ela tem efeitos diferentes das outras formas de leitura é notável."
Os autores do estudo e outros psicólogos acadêmicos disseram que tais conclusões deveriam ser consideradas pelos educadores que concebem os currículos, especialmente aqueles que hoje se inclinam por tarefas de leitura de não ficção.
"Francamente, concordo com o estudo", disse Albert Wendland, que dirige um mestrado sobre ficção popular na Universidade Seton Hill, em Nova Jersey. "Ao fazer narrativas sensíveis e longas da vida das pessoas, esse tipo de ficção está literalmente se colocando na posição de outrem -vidas que poderiam ser mais difíceis, mais complexas, mais do que aquilo com que você poderia estar acostumado na ficção popular." Ele acrescentou: "Talvez a ficção popular seja uma forma de lidar mais com seu próprio ser, talvez com os próprios desejos e necessidades".
Na ficção popular, disse o doutorando David Comer Kidd, um dos pesquisadores do estudo, "realmente o autor está no controle, e o leitor tem um papel mais passivo". Na ficção literária, como nas obras de Dostoiévski, "não há uma voz única e abrangente", disse ele. "Cada personagem apresenta uma versão diferente da realidade, e elas não são necessariamente confiáveis. Você precisa participar como leitor dessa dialética, o que é realmente algo que você precisa fazer na vida real."
Emanuele Castano, professor de psicologia e outro autor do estudo, acrescentou que, em muitos casos, "a ficção popular parece mais focada na trama". "Os personagens podem ser intercambiáveis e geralmente mais estereotipados na forma como são descritos."
Em um teste, os pesquisadores da Nova Escola de Pesquisas Sociais, em Nova York, pediram a pessoas que haviam acabado de ler determinados trechos por poucos minutos que estudassem fotos de pares de olhos e encontrassem um adjetivo que melhor descrevesse a emoção demonstrada em cada fotografia.
Será que a mulher de olhar enevoado está perplexa ou duvidosa? E o homem de olhos semicerrados, estará desconfiado ou indeciso? Ela está interessada ou irritada, sedutora ou hostil? Será que ele está fantasiando ou se sentindo culpado, está dominante ou horrorizado? Ou estará chateado pelo fato de suas ações de uma empresa de tecnologia terem perdido meio por cento na Nasdaq num pregão noturno depois das últimas notícias sobre o Oriente Médio? (Estou brincando -essa última alternativa não estava no teste.)
Os pesquisadores concluíram que pessoas que leram ficção literária tiveram resultados melhores do que quem leu ficção popular ou não ficção.
Quem leu ficção popular cometeu tantos erros quanto quem não leu nada, descobriram eles.
Há muita coisa que o estudo não aborda: passar três meses lendo Charles Dickens ou Jane Austen produziria efeitos maiores ou menores, ou não teria influência? Será que os resultados se manteriam se a mesma pessoa lesse todos os tipos de material?
Seja como for, Erdrich, a romancista, disse que o estudo a fez se sentir "pessoalmente animada".
"Os escritores costumam ser solitários obsessivos, especialmente os literários. É legal que digam que o que escrevemos tem valor social", afirmou ela.
"No entanto, eu continuaria escrevendo mesmo que os romances fossem inúteis."

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

FORMAS DE FAZER LOCAL, DATA E VOCATIVO NA CARTA

LOCAL E DATA, COM VOCATIVO NAS MARGENS:

Itabuna (BA), 31 de outubro de 2012.

Ilmª Srª Ir. Margarida Menezes,
Diretora da Escola São José da Ação Fraternal de Itabuna.

Prezada Senhora,

O uso dos celulares é proibido pelo Estatuto da AFI, conforme o seu artigo tal, parágrafo tal (...)

***
LOCAL E DATA, COM O VOCATIVO NO PARÁGRAFO: 

Itabuna (BA), 31 de outubro de 2012.

Ilmª Srª Ir. Margarida Menezes,
Diretora da Escola São José da Ação Fraternal de Itabuna.

Prezada Senhora,

O uso dos celulares é proibido pelo Estatuto da AFI, conforme o seu artigo tal, parágrafo tal (...)


***
LOCAL E DATA NA MARGEM DIREITA E VOCATIVO NA MARGEM: 

Itabuna (BA), 31 de outubro de 2012.

Ilmª Srª Ir. Margarida Menezes,
Diretora da Escola São José da Ação Fraternal de Itabuna.

Prezada Senhora,

O uso dos celulares é proibido pelo Estatuto da AFI, conforme o seu artigo tal, parágrafo tal (...)

***
 LOCAL E DATA NA MARGEM DIREITA E VOCATIVO NO PARÁGRAFO: 

Itabuna (BA), 31 de outubro de 2012.

Ilmª Srª Ir. Margarida Menezes,
Diretora da Escola São José da Ação Fraternal de Itabuna.

Prezada Senhora,


O uso dos celulares é proibido pelo Estatuto da AFI, conforme o seu artigo tal, parágrafo tal (...)

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

HISTÓRIA DE GRANDE VALIA

Certa vez, um homem falou que seu vizinho era ladrão, e o vizinho acabou sendo preso.
Algum tempo depois, descobriram que era inocente.
O rapaz foi solto.
Após muito sofrimento e humilhação ele processou o homem.
No tribunal, o homem disse ao juiz:
- Comentários não causam tanto mal...
E o juiz respondeu:
- Escreva os comentários que você fez sobre ele num papel. Depois pique o papel e jogue os pedaços pelo caminho até sua casa.
Amanhã, volte para ouvir a sentença!
O homem obedeceu e voltou no dia seguinte, quando o juiz disse:
- Antes da sentença, terá que catar todos os pedaços de papel que espalhou ontem!
- Não posso fazer isso, meritíssimo! O vento deve tê-los espalhado por tudo quanto é lugar e já não sei onde estão!
O juiz respondeu:
- Da mesma maneira, um simples comentário que pode comprometer a moral de um homem, espalha-se a ponto de não podermos mais consertar o mal causado. Se não se pode falar bem de uma pessoa, é melhor que não se diga nada!


"Sejamos senhores de nossa língua, para não sermos escravos de nossas Palavras".

terça-feira, 19 de novembro de 2013

É BOM FICAR DE OLHO!

19/11/2013 15h19 - Atualizado em 19/11/2013 17h32

MEC vai fechar vestibulares de mais de 200 

cursos com baixa avaliação


Ministério da Educação vai divulgar o Conceito Preliminar de Curso. 
'É preciso rigor na oferta do ensino', diz ministro Aloizio Mercadante,

Paulo GuilhermeDo G1, em São Paulo
43 comentários
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante (Foto: Paulo Guilherme/G1)O ministro da Educação, Aloizio Mercadante
(Foto: Paulo Guilherme/G1)
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta terça-feira (19) que ainda esta semana o Ministério da Educação vai anunciar o fechamento de mais de 200 novos vestibulares de cursos de instituições superiores de educação que obtiveram um índice insuficiente no Conceito Preliminar de Curso (CPC). O conceito será divulgado nos próximos dias e utiliza, entre outros critérios, o desempenho do curso no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).
Mercadante não revelou quantos cursos serão afetados pela medida administrativa, mas destacou que "será um número expressivo, maior do que o do ano passado". Em 2012, MEC fechou os vestibulares de 207 cursos, o que provocou o congelamento de 38.794 vagas no ensino superior.
O Conceito Enade tem escala de 1 a 5. Cursos com notas 1 e 2 são abaixo da média esperada e é preciso ter nota 3 ou mais para ser considerado satisfatório.. Segundo levantamento feito pelo G1 a partir dos dados divulgados peloMinistério da Educação (MEC) na tarde desta segunda-feira (7), 39,5% dos cursos de ciências econômicas tiveram nota 1 ou 2 (veja tabela mais abaixo)
Além do Enade, o CPC avalia infraestrutura e instalações, recursos didático-pedagógicos e corpo docente. Os cursos recebem conceitos de 1 a 5. Cursos com conceitos 1 ou 2 estão sujeitos a medidas administrativas, entre elas a suspensão da abertura de novas vagas por meio de processos seletivos. Ou seja, a universidade pode fazer vestibular em geral, mas não pode ofertar vagas no processo seletivo em cursos que foram suspensos.
"É preciso ter rigor na oferta de um ensino superior de qualidade", afirmou Mercadante durante a entrega do Prêmio Santander Universidades, na tarde desta segunda-feira (19), em São Paulo. "No ano passado já fechamos vários vestibulares e agora vamos fechar ainda mais. Não adianta expandir, tem que expandir com qualidade", afirmou o ministro.
Mercadante explicou que cursos que mostrarem uma tendência de queda no CPC em relação à avaliação anterior, e estiverem abaixo da média (conceito 3), serão submetidos a avaliação mais profunda do MEC e podem ter os vestibulares fechados.
A edição de 2012 do Enade teve a participação de 7.228 cursos de 1.646 instituições de ensino superior em 17 áreas: administração, ciências contábeis, ciências econômicas, design, direito, jornalismo, psicologia, publicidade e propaganda, relações internacionais, secretariado executivo, tecnologia em gestão comercial, tecnologia em gestão financeira, tecnologia em gestão de recursos humanos, tecnologia em logística, tecnologia em marketing, tecnologia em processos gerenciais, turismo.
Segundo nota técnica do MEC, "cursos com conceito 3 serão aqueles que atendem plenamente aos critérios de qualidade para funcionarem. Da mesma forma, cursos com conceito 5 serão cursos de excelência, devendo ser vistos como referência pelos demais. O conceito permanente servirá como referência para subsidiar o processo de regulação dos cursos de graduação no país".
Espanhol sem fronteiras
O ministro disse ainda que o governo vai lançar o programa Espanhol sem Fronteiras, que vai oferecer cursos on-line de aprendizado em espanhol para estudantes interessados em participar das bolsas de intercâmbio do Ciência sem Fronteiras. Há um ano o governo lançou o inglês sem fronteiras para cursos on-line com o mesmo propósito. "Vamos lançar também o Francês sem Fronteiras, e futuramente investir em alemão e mandarim", disse o ministro.
Prêmio para projetos
O Santander Universidades anunciou nesta terça-feira os 21 vencedores da 9ª edição dos Prêmios Santander Universidades, nas categorias empreendedorismo, ciência e inovação, universidade solidária e Guia do estudante – Destaques do Ano. Foram distribuídos R$ 2 milhões em prêmios, incluindo bolsas de estudos internacionais na Babson College, nos EUA e Bolsas Ibero-Americanas. Em 2013, foram 16.838 projetos inscritos de 618 instituições de ensino superior.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A MARCA DE AMOR

Um menino tinha uma cicatriz no rosto, as pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam ao seu lado, na realidade quando os colegas de seu colégio o viam franziam a testa devido à cicatriz ser muito feia.

Então, a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele menino da cicatriz não frequentasse mais o colégio, o professor levou o caso à diretoria.

A diretoria ouviu e chegou à seguinte conclusão: Que não poderia tirar o menino da escola, e que conversaria com ele, e ele seria o último a entrar em sala de aula, e o primeiro a sair. Desta forma, nenhum aluno veria o rosto do menino, a não ser que olhasse para trás.

O professor achou magnífica a ideia da diretoria, sabia que os alunos não olhariam mais para trás.

Levada a decisão ao conhecimento do garoto, ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição: Que ele compareceria na frente dos alunos em sala de aula, para dizer o porquê daquela CICATRIZ.

A turma concordou e, no dia, o menino entrou em sala, dirigiu-se a frente e começou a relatar:

- Sabe turma, eu entendo vocês. Na realidade esta cicatriz é muito feia, mas foi assim que eu a adquiri:

"Minha mãe era muito pobre e, para ajudar na alimentação de casa, ela passava roupa para fora. Eu tinha por volta de 7 a 8 anos de idade..."


A turma estava em silencio atenta a tudo. O menino continuou: 

"Além de mim, haviam mais 3 irmãozinhos: um de 4 anos, outro de 2 anos e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida."

Silêncio total em sala.

- ...Foi aí que, não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira, começou a pegar fogo. Minha mãe correu até o quarto em que estávamos pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora. Havia muita fumaça, as paredes que eram de madeira, pegavam fogo e estava muito quente... 

"Minha mãe colocou-me sentado no chão do lado de fora e disse-me para ficar com eles até ela voltar, pois ela tinha que voltar para pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chama.  Só que, quando minha mãe tentou entrar na  casa em chamas, as pessoas que estavam ali não deixaram-na buscar minha irmãzinha. Eu via minha mãe gritar:

- 'Minha filhinha está lá dentro!'


"Vi no seu rosto o desespero, o horror, e ela gritava... mas aquelas pessoas não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha.

"Foi aí que decidi. Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do meu irmãozinho de 4 anos, e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar.

"Saí de entre as pessoas, sem ser notado e quando perceberam eu já tinha entrado na casa. Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto em que ela estava.

"Quando cheguei lá ela estava enrolada em um lençol e chorava muito... 


"Neste momento vi caindo alguma coisa, então, me joguei em cima dela para protegê-la, e aquela coisa quente encostou-se em meu rosto..."

A turma estava quieta atenta ao menino e envergonhada então o menino continuou: 


- Vocês podem achar esta CICATRIZ feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda, e todo dia quando chego em casa, ela, a minha irmãzinha, me beija, porque sabe que é marca de AMOR!

Vários alunos choravam, sem saberem o que dizerem ou fazerem, mas o menino foi para o fundo da classe e imovelmente sentou-se. 


(ANÔNIMO)

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

BOM FINAL DE SEMANA!


E NÃO SE ESQUEÇA:

Perca tempo lendo...
Perca tempo estudando...
Perca tempo se dedicando...
Amanhã, quem vai pensar que perdeu tempo são os que hoje estão curtindo, namorando, festejando! Estes serão empregados dos que ontem "perderam tempo"!

BOA SORTE!!!

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

FARTO!

Quem lida com o ser humano na labuta diária muitas vezes é levado a pensar que, a cada dia que passa, a inter-relação piora, decai. Isso parte do próprio (auto?) sentido que o ente se dá, de puro orgulho e arrogância: ser a última bolacha do pacote, ou melhor, achar-se especial, o ungido, super exclusivo, e desprezar tudo o que venha do próximo. 

Mera arrogância, mero atraso espiritual, mera prepotência!

Somos todos iguais e padecemos dos mesmos problemas, angústias, alegrias, tristezas. Irmãos, devido à Paternidade Divina, partimos todos da mesma linha, do mesmo ponto...

A chegada, meus queridos, a chegada vai depender de cada um de nós! E esses sentimentos mesquinhos, egoístas, equivocados, só servem para nos atrasar, atrasar a nossa própria marcha rumo à evolução. 

Quem quiser ficar para trás, que fique... Livre-arbítrio. Eu quero progredir, ascender, prosperar. E, para isso, reformular-se, a todo instante, é imprescindível. 

Amar, perdoar e fazer ao outro aquilo que gostaríamos que o outro nos fizesse. Eis a receita, o segredo para vencermos nessa existência em que nos deparamos com gente que viveu pouco, sabe pouco, leu pouco, mas é cheio de opinião, de teimosia, de pseudo-inteligência!

Voi lá!

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

DUAS PÉROLAS DE BOFF

Papa Francisco e a despaganização do papado - Leonardo Boff
Quarta-feira, 16 de outubro de 2013 - 14h09minpor ADITAL

 
As inovações nos hábitos e nos discursos do Papa Francisco, abriram aguda crise nos arraiais dos conservadores que seguiam estritamente as diretrizes dos dois papas anteriores. Intolerável para eles foi o fato de ter recebido em audiência privada um dos inauguradores da "condenada" Teologia da Libertação, o peruano Gustavo Gutiérrez. Se sentem aturdidos com a sinceridade do Papa ao reconhecer erros na Igreja e em si mesmo, ao denunciar o carreirismo de muitos prelados, chamando até de "lepra" ao espírito cortesão e adulador de muitos em poder, os assim chamados "vaticanocêntricos". O que realmente os escandaliza é a inversão que fez ao colocar em primeiro lugar, o amor, a misericórdia, a ternura, o diálogo com a modernidade e a tolerância para com as pessoas mesmo divorciadas, homoafetivas e não-crentes e só a seguir as doutrinas e disciplinas eclesiásticas.
Já se fazem ouvir vozes dos mais radicais que pedem, para o "bem da Igreja" (a deles obviamente) orações nesse teor: "Senhor, ilumine-o ou elimine-o". A eliminação de papas incômodos não é raridade na longa história do papado. Houve uma época entre os anos 900 e 1000, chamada de a "idade pornocrática" do papado na qual quase todos os papas foram envenenados ou assassinados.
As críticas mais frequentes que circulam nas redes sociais destes grupos, historicamente velhistas e atrasados, vão na linha de acusar o atual Papa de estar dessacralizando a figura do papado até banalizando-o e secularizando-o. Na verdade, são ignorantes da história, reféns de uma tradição secular que pouco tem a ver com o Jesus histórico e com o estilo de vida dos Apóstolos. Mas tem tudo a ver com a lenta paganização e mundanização da Igreja no estilo dos imperadores romanos pagãos e dos príncipes renascentistas, muitos deles cardeais.
As portas para este processo foram abertas já com o imperador Constantino (274-337) que reconheceu o cristianismo e com Teodósio (379-395) que o oficializou como a única religião permitida no Império. Com a decadência do sistema imperial criaram-se as condições para que os bispos, especialmente, o de Roma, assumissem funções de ordem e de mando. Isso ocorreu de forma clara com o Papa Leão I, o Grande (440-461), feito prefeito de Roma, para enfrentar a invasão dos hunos. Foi o primeiro a usar o nome de Papa, antes reservado só aos Imperadores. Ganhou mais força com o Papa Gregório, o Grande (540-604), também proclamado prefeito de Roma, culminando mais tarde com Gregório VII (1021-1085) que se arrogou o absoluto poder no campo religioso e no secular: talvez a maior revolução no campo da eclesiologia.
Os atuais hábitos imperiais, principescos e cortesãos da Hierarquia, dos Cardeais e dos Papas se remetem especialmente a Papa Silvestre (334-335). No seu tempo se criou uma falsificação, chamada de "Doação de Constantino", com o objetivo de fortalecer o poder papal. Segundo ela, o Imperador Constantino teria doado ao Papa a cidade de Roma e a parte ocidental do Império. Incluída nessa "doação", desmascarada como falsa pelo Cardeal Nicolau de Cusa (1400-1460) estava o uso das insígnias e da indumentária imperial (a púrpura), o título de Papa, o báculo dourado, a cobertura dos ombros toda revestida de arminho e orlada com seda, a formação da corte e a residência em palácios.
Aqui está a origem dos atuais hábitos principescos e cortesãos da Cúria romana, da Hierarquia eclesiástica, dos Cardeais e especialmente do Papa. Sua origem é o estilo pagão dos imperadores romanos e a suntuosidade dos príncipes renascentistas. Houve, pois, um processo de paganização e de mundanização da igreja como instituição hierárquica.
Os que querem a volta à tradição ritual que cerca a figura do Papa sequer tem consciência deste processo historicamente datado. Insistem na volta de algo que não passa pelo crivo dos valores evangélicos e da prática de Jesus.
Que está fazendo o Papa Francisco? Está restituindo ao papado e à toda a Hierarquia seu estilo verdadeiro, ligado à Tradição de Jesus e dos Apóstolos. Na realidade, está voltando à tradição mais antiga, operando uma despaganização do papado dentro do espírito evangélico, vivido tão emblematicamente por seu inspirador São Francisco de Assis.
A autêntica Tradição tá no lado do Papa Francisco. Os tradicionalistas são apenas tradicionalistas e não tradicionais. Estão mais próximos do palácio de Herodes e de César Augusto do q da gruta de Belém e da casa do artesão de Nazaré. Contra eles está a prática de Jesus e suas palavras sobre o despojamento, a simplicidade, a humildade e o poder como serviço e não como fazem os príncipes pagãos e "os grandes que subjugam e dominam: convosco não deve ser assim; o maior seja como o menor e quem manda, como quem serve" (Lc 22, 26).
O Papa Francisco fala a partir desta originária e mais antiga Tradição, a de Jesus e dos Apóstolos. Por isso, desestabiliza os conservadores que ficaram sem argumentos.                             
Leonardo Boff.


O cristianismo em poucas palavras - Leonardo Boff/

Terça-feira, 24 de setembro de 2013

Não são poucos, cristãos ou não, os que perguntam: o que o cristianismo pretende? Cristo, de onde vem "cristianismo”, o que pretendeu quando passou entre nós, há mais de dois mil anos?
A resposta deve, por um momento, esquecer todo o aparato doutrinário criado ao longo da história e ir diretamente ao essencial. E esse essencial deve ser expressado de forma que pessoas simples possam entendê-lo. Jesus não começou anunciando a si mesmo ou à Igreja. Anunciou o Reino de Deus, que significa o sonho de uma revolução absoluta, que se propõe transformar todas as relações que se encontram deturpadas, no pessoal, no social, no cósmico e, especialmente, com referência a Deus. Esse reino começa quando as pessoas aderem a esse anúncio esperançador e assumem a ética do Reino: o amor incondicional, a misericórdia, a fraternidade sem fronteiras, a aceitação humilde de Deus vivido como Pai de infinita bondade.
Além de proclamar o Reino de Deus, qual é a intenção original de Jesus? Os apóstolos fizeram essa pergunta diretamente a Jesus, usando um rodeio linguístico típico daquele tempo: "Senhor, ensina-nos a rezar" (Lucas 11,1). Isso é o mesmo que pedir: "Dá-nos um resume de tua mensagem; qual é a tua proposta?" Jesus responde com o Pai Nosso. É a ipsissima vox Jesu: a palavra que, sem dúvida, saiu da boca do Jesus histórico.
Nessa oração está o mínimo do mínimo da mensagem de Jesus: Deus-Abba e seu reino, o ser humano e suas necessidades. Mais resumidamente: trata-se do Pai nosso e do pão nosso no arco do sonho do Reino de Deus. Aqui, encontram-se os dois movimentos: um rumo ao céu, e aí encontra a Deus como Abba, Pai nosso querido e seu projeto de resgate de toda a criação (o Reino); outro rumo à terra; e aí encontra o pão nosso sem o qual não podemos viver. Observe-se que não se diz "meu Pai", mas "Pai nosso"; nem "meu pão", mas "pão nosso de cada dia".
Somente podemos dizer amém se unimos os dois polos: o Pai com o pão. O cristianismo se realiza nessa dialética: anunciar um Deus bom porque é Pai querido que tem um projeto de total libertação e, ao mesmo tempo, e à luz dessa experiência, construir coletivamente o pão como meio de vida para todos.
Conhecemos a tragédia que aconteceu com Jesus. O Reino foi rechaçado e seu anunciador executado na cruz. Porém, Deus tomou partido por Jesus: o resuscitou. A ressurreição não é a reanimação de um cadáver; mas, a emergência do "novo Adão" (I Coríntios 15,45). A ressurreição é a realização do sonho do Reino na pessoa de Jesus como antecipação do que vai acontecer com todos e com o universo inteiro.
A execução de Jesus e sua ressurreição abriram um espaço para que surgissem o movimento de Jesus, as primeiras comunidades em âmbito familiar e local e, por fim, a Igreja como comunidade de fieis e comunidade de comunidades.
Cristianismo. O mínimo do mínimo recolhe o que significou o cristianismo na história, em seus momentos de sombras e de luzes, até chegar ao dia de hoje, com o desafio de encontrar seu lugar no processo de mundialização da humanidade. Esta descobre-se vivendo em uma única Casa Comum, o planeta Terra, agora gravemente ameaçado por uma crise ecológica generalizada, que pode pôr em risco o futuro de nossa civilização, e, inclusive, a sobrevivência da espécie humana.

O cristianismo pode contribuir com elementos salvadores porque Deus, segundo as Escrituras judaico-cristãs é "o soberano amante da vida" (Sabedoria 11,24) e não permitirá que a vida e o mundo, assumidos pelo Verbo, desapareçam da história. 

terça-feira, 29 de outubro de 2013

REDAÇÃO MODELO DO ENEM 2013

Enem 2013: Veja um exemplo de redação modelo
Professores do colégio e curso Pensi escrevem texto com base no tema “Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”
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Publicado:27/10/13 - 20h28
Atualizado:27/10/13 - 23h22

A terceira lei de Newton sugere que, para toda ação, existe uma reação. Quando o assunto é bebida alcoólica e direção, a aplicação da Física é muito mais que uma triste constatação, já que muitas pessoas morrem diariamente no Brasil. Para reverter tal quadro, o governo criou a Lei Seca para inibir essa terrível combinação. Porém, é preciso entender os limites e desafios de uma lei que, apesar de pertinente, ainda encontra obstáculos.
Em primeiro lugar, é impossível negar a redução de acidentes e de vítimas fatais. O fortalecimento das punições àqueles que dirigem alcoolizados fez com que muitos temessem a perda da carteira e o valor em dinheiro da multa, além de uma possível prisão. Assim, por meio de campanhas midiáticas, a opção por táxi ou pelo “motorista da rodada” ganhou força. Para que isso não se perca, é muito importante que as punições se mantenham. Nesse sentido, a mídia tem protagonismo na exposição de estatísticas e dados.
No entanto, não se pode fechar os olhos para o fato de que a lei possui entraves. Na rede social Twitter, a conta que mostra onde os postos de monitoramento estão localizados tem milhões de seguidores. Basta um clique para que o cidadão que ingeriu bebidas alcoólicas modifique seu caminho e fuja de uma blitz. Aliado a isso, o aparato fiscalizador é falho, pois não há operações em todos os horários necessários, concentrando-se na madrugada, como se houvesse hora marcada para beber. É papel do Estado ampliar e intensificar a fiscalização.
Fica claro, portanto, que a Lei Seca é extremamente benéfica, mas, para que seus efeitos sejam ainda mais positivos, há muito que fazer. Nesse contexto, educação é fundamental. Escolas devem mostrar desde cedo as consequências fatais da mistura de álcool e direção, para que crianças cresçam responsáveis e não cometam tais infrações quando adultas. Além disso, autoescolas devem aumentar o número de aulas a respeito de consciência no trânsito. Só assim será possível parodiar Drummond: “Stop. O automóvel parou, a vida, não.”.



(Leia mais sobre esse assunto em
 http://oglobo.globo.com/educacao/enem-2013-veja-um-exemplo-de-redacao-modelo-10557455#ixzz2j4AosxoS 
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domingo, 27 de outubro de 2013

LEI SECA: BOLA CANTADA...

Parabéns aos leitores de O Blog de Redação, que tiveram a oportunidade de ler aqui como sugestão o tema da Lei Seca (Clique aqui para ler). Esperamos ter contribuído para o sucesso de todos!

Tema do Enem 2013 sugerido pelo Blog.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

SE LIGUE NA REDAÇÃO DO ENEM!

25/10/2013 06h14 - Atualizado em 25/10/2013 10h11
Autor da 'redação do miojo' aprova rigor no Enem, mas prevê deboches

Redação de Carlos Custódio fez MEC mudar regras de correção. 
Agora, quem fugir deliberadamente ao tema terá prova anulada.

Paulo GuilhermeDo G1, em São Paulo
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Jovem que pôs receita no Enem vira ‘sensação’ na Ufla, em Lavras (Foto: Reprodução EPTV)Carlos Guilherme escreveu receita no Enem
(Foto: Reprodução/EPTV)
O estudante Carlos Guilherme Custódio Ferreira, de 19 anos, autor do texto que incluiu uma receita de macarrão instantâneo no Exame Nacional do Ensino Médio de 2012, diz que sua atitude ajudou a mudar os critérios de correção da prova de redação do Enem. O jovem gostou das mudanças nas regras de correção da prova, que a partir de agora vai dar zero para quem deliberadamente fizer deboche durante a dissertação e fugir ao tema proposto. Mas acredita que algum candidato tentará 'driblar' os avaliadores para brincar no texto.
O Enem será realizado neste sábado (26) e domingo (27) para mais de 7,1 milhões de inscritos. A redação será no segundo dia de exame. "O Enem está mais rigoroso, e a cada ano que passa melhora mais", afirma o jovem. "Eu também ajudei para que o Enem ficasse melhor. Achei um erro, mostrei para eles e assim puderam melhorar o exame. Vamos ver se na prática vai funcionar. Acho que alguém vai tentar fazer alguma gracinha na prova e, se passar, vai pegar muito mal." Carlos, no entanto, não recomenda que os estudantes façam isso e espera que eles levem o Enem a sério.
Até 2012, a correção da redação permitia que quem fugisse ao tema perdesse pontos na prova, mas não necessariamente tiraria nota zero. Carlos, que interrompeu seu raciocínio no texto que falava sobre imigração para escrever "Para não ficar cansativo vou ensinar agora a fazer um belo miojo", seguindo com a receita do macarrão, não imaginava que seu gesto pudesse ter tantas consequências. Além de sua prova, o Enem do ano passado foi marcado por redações com erros graves de grafia e outra com trechos do hino do Palmeiras.
Redação com receita do macarrão instantâneo recebeu nota 560 no Enem (Foto: Reprodução/Facebook)Redação com receita do macarrão instantâneo recebeu nota 560 no Enem (Foto: Reprodução/Facebook)
O "caso do miojo" ficou famoso em março, depois que Carlos postou no seu perfil no Facebook a correção da sua redação. Ele tirou 560 pontos na prova.  "Não imaginei que daria essa repercussão. Se tivesse imaginado escreveria outras coisas", afirma o jovem, que está no terceiro período do curso de engenharia civil do Centro Universitário de Lavras (Unilavras), em Minas Gerais.
Como já estava matriculado em uma faculdade, que ele cursa com ajuda do programa de financiamento estudantil do governo, o Fies, Carlos se deu ao luxo de brincar durante a prova. Na época, o estudante disse ao G1 que queria testar a eficácia da correção: "Espero que as correções fiquem mais criteriosas e rigorosas a partir de agora. Eu fiz a prova porque já estava inscrito, mas não tinha muito compromisso, uma vez que já estou na faculdade", afirmou o jovem, em março.
Novas regras
Dois meses depois, o Ministério da Educação anunciou as mudanças nas regras do Enem. Para coibir tentativas de deboche na prova, um item foi acrescentado no artigo do edital que fala sobre as razões para que uma redação receba nota zero do MEC. O item 14.9.5 do edital diz que a redação "que apresente parte do trecho deliberadamente desconectada com o tema proposto, que será considerada 'anulada'".
Veja como ficam as regras do edital para a anulação da prova:
14.9 Em todos as situações expressas abaixo, será atribuída nota zero à redação:
14.9.1 que não atender a proposta solicitada ou que possua outra estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo, o que configurará “Fuga ao tema/não atendimento ao tipo textual”;
14.9.2 sem texto escrito na Folha de Redação, que será considerada “Em Branco”;
14.9.3 com até 7 (sete) linhas, qualquer que seja o conteúdo, que configurará “Texto insuficiente”;
14.9.3.1 linhas com cópia dos textos motivadores apresentados no Caderno de Questões serão desconsideradas para efeito de correção e de contagem do mínimo de linhas;
14.9.4 com impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação, que será considerada “Anulada”.
14.9.5 que apresente parte do trecho deliberadamente desconectada com o tema proposto, que será considerada "Anulada".