Texto é, literalmente, um tecido verbal estruturado
de tal forma que as ideias formam um todo coeso, uno, coerente. A imagem de
tecido contribui para esclarecer que não se trata de feixe de fios entrelaçados
(frases que se inter-relacionam).
Todas as partes de um texto devem estar
interligadas e manifestar um direcionamento único. Assim, um fragmento que trata
de diversos assuntos não pode ser considerado texto. Da mesma forma, se lhe
falta coerência, se as ideias são contraditórias, também não constituirá um
texto. Se os elementos da frase que possibilitam a transição de uma ideia para
outra não estabelecem coesão entre as partes expostas, o fragmento não se
configura texto. Essas três qualidades - unidade, coerência e coesão - são
essenciais para a existência de um texto. Um texto é mais ou menos eficaz
dependendo da competência de quem o produz, ou da interação de autor-leitor, ou
emissor-receptor. O texto exige determinadas habilidades do produtor, como
conhecimento do código, das normas gramaticais que regem a combinação dos
signos. A competência na utilização dos signos possibilita melhor desempenho.
Textos orais e escritos |
Define-se como informações que acompanham o texto.
Por isso, sua compreensão depende da compreensão do contexto. Assim sendo, não
basta a leitura do texto, é preciso retomar os elementos do contexto, aqueles
que estiveram presentes na situação de sua construção.
O contexto deve ser visto em suas duas dimensões:
estrutura de superfície e estrutura de profundidade. A estrutura de superfície
considerada os elementos do enunciado, enquanto a estrutura de superfície
considera os elementos do enunciado, enquanto a estrutura de profundidade
considera a semântica das relações sintáticas. Num caso, o leitor busca o
primeiro sentido pelo produzido pelas orações; no outro, vasculha a visão do
mundo que informa o texto.
O contexto pode ser imediato ou situacional.
O contexto imediato relaciona-se com os elementos
que seguem ou precedem o texto imediatamente. São os chamados referentes
textuais.
O contexto situacional é formado por elementos
exteriores ao texto. Esse contexto acrescenta informações, quer históricas, quer
geográficas, quer sociológicas, quer literárias, para maior eficácia da leitura
que se imprime ao texto.
Além do contexto, a leitura deve considerar que um
texto ode ser produto de relações com outros textos. Essa referência e retomada
constante de textos anteriores recebe o nome de paráfrase, paródia,
estilização.
A paráfrase pode ser ideológica ou estrutural. No
primeiro caso. O desvio é mínimo: varia a sintaxe, mas as ideias são as mesmas.
Há apenas uma recriação das ideias. Pode-se entender a paráfrase ideológica
como simples tradução de vocábulos, ou substituição de palavras por outras de
significado equivalente. No segundo caso há uma recriação do texto e do
contexto. O comentário crítico, avaliativo, apreciativo, o resumo, a resenha, a
recensão são formas parafrásticas estruturais de um texto.
A estilização exige recriação do texto,
considerando, sobretudo procedimentos estilísticos. O desvio em relação ao
texto, original é maior do que no caso da paráfrase.
Na paródia, o desvio é total; às vezes invertem-se
as ideias, vira-se o texto do avesso. Há uma ruptura, uma deformação
propositada, tendo em vista mostrar a inocência do texto original ou
simplesmente apresentar outras ideias que o texto original omitiu ou não se
interessou em expor.
Textos virtuais: a onda do momento |
Os elementos estruturais do texto são: o saber
partilhado, a informação nova, as provas, a conclusão.
Por saber partilhado entende-se a informação
antiga, do conhecimento da comunidade. De modo geral, o saber partilhado aparece
na introdução, um local privilegiando para a negociação com o leitor.
O emissor negocia com o leitor, coloca-se num nível
de entendimento, estabelece um acordo, para em seguida, expor informações
novas.
A informação nova serve para desenvolver o texto,
expandi-lo. O autor considera como não sendo do conhecimento de todos e,
portanto, capaz de estimular o leitor a continuar na leitura. A existência de
um texto implica ter algo de novo para dizer.
O saber partilhado mais a informação nova não são
suficientes para a realização de um texto. É preciso acrescentar provas,
fundamentos das afirmações expostas.
O autor do texto cita como prova de suas afirmações
o livro. Se o leitor duvidar de suas asserções, poderá recorrer ao livro e
chegar às mesmas conclusões que ele.
Ao saber partilhado, à informação nova, às provas o
autor junta seus objetivos, pois todo texto visa chegar a algum lugar.
(Fonte: http://www.angelfire.com/bc/fontini/resenha.html)
otimo
ResponderExcluirmuito bom
ResponderExcluirEsclarecedor. Gostei.
ResponderExcluirmuito bom ...obrigada pela ajuda !
ResponderExcluirPbtObrig
ResponderExcluirAmei, mim ajudou bastante ❤
ResponderExcluirNão existe esse "mim"
Excluiro correto na sua frase é (Me) ok,(mim) é final de frase!!
ExcluirObrigado foi ótimo ter me ajudado
ResponderExcluirAgradecia se dr enviasse os autores além de site
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