Bom tema para redação. Vamos treinar? |
quarta-feira, 31 de julho de 2013
terça-feira, 30 de julho de 2013
REDAÇÃO OFICIAL I
MEMORANDO:
Documento
utilizado por encarregados de setor, chefes de seção, diretores, para fazer a
comunicação interna dos órgãos ou repartições.
O memorando
compõe-se de:
1.
Cabeçalho:
Localidade e data
2.
Epígrafe:
Nome do documento, sigla, número e ano
3.
Vocativo:
4.
Texto:
5.
Fecho: Respeitosamente:
autoridade superior à de quem assina
Atenciosamente: mesmo
nível ou inferior ao de quem assina
6. Assinatura
7. No canto
inferior esquerdo, ficam as iniciais maiúsculas do redator e as minúsculas de
quem digita (se a mesma pessoa faz as duas funções: barra, iniciais
minúsculas).
Veja um
exemplo:
Secretaria de
Estado de Cultura
São Paulo (SP), 18 de novembro de
2008.
Mem.S.E. – nº 024/93
Sr. Diretor da Divisão de
Administração
Solicito de
Vossa Senhoria providências junto à Seção de Manutenção, para que sejam
confeccionadas 02 (duas) chaves para o armário de aço patrimônio DDE – nº
6.778.
Respeitosamente,
Maria Seixas
Chefe da
Seção de Expediente
MS/rs
OFÍCIO:
Forma de correspondência oficial
trocada, geralmente, entre chefes ou dirigentes de hierarquia equivalente, ou
superior à do signatário, na Administração Pública, tratando sempre de assunto
oficial da competência de quem o emana. Utiliza-se, também, como expediente de
comunicação escrita de um agente público a particular.
O ofício compõe-se de:
1.
Cabeçalho:
Localidade e data
2.
Epígrafe:
Ofício, sigla, número/ano
3.
Vocativo:
4.
Texto:
5.
Fecho:
[Respeitosamente/Atenciosamente/Cerimonial
(forma fixa: Com antecipados agradecimentos, apresentamos a V. Sª nossos
protestos de elevada estima e consideração.)
6.
Assinatura acompanhada de cargo ou função:
7.
Destinatário: a) Forma de tratamento adequado
b)
Nome da autoridade
c) Nome do
cargo
d) Localidade
8. Identificação.
Exemplo:
PREFEITURA
MUNICIPAL DE SÃO PAULO
São Paulo (SP), 10 de março de
2008.
Secretaria de Obras Públicas
SOP/Ofício SOP – nº 99/08
Senhor Diretor:
Cumpre-nos
informar a V. Sª que daremos início, no próximo dia 20, à pavimentação
asfáltica da Avenida D. Pedro II, entre as Ruas X e Y.
Por este
motivo, vimos solicitar-lhe a interdição de veículos no citado trecho durante
os trabalhos, não só por medida de segurança para os operários, como também
para a garantia do êxito da obra.
Com
antecipados agradecimentos, apresentamos a V. Sª nossos protestos de elevada
estima e consideração.
José da Silva
Secretário de
Obras Públicas
Ilmº Sr.
DD. Diretor do Detran
Clóvis de
Matos
São Paulo – SP.
SF/rs
OFÍCIO CIRCULAR:
Forma de correspondência oficial
endereçada a vários interessados, para conhecimento do seu assunto.
***
São Paulo (SP), 11 de julho de
2005.
Ofício-circular DENA – nº 74/05
Senhores Chefes de Seção,
Comunico a V.
Sas que, devido à flexibilização de horário deste Departamento, todos os
funcionários passarão a utilizar o livro, ao invés do cartão, para assinar o
ponto, a partir do dia 20 deste mês.
Atenciosamente,
Júlio Badra
Diretor do
DENA
JB/ns
CARTA:
Documento empregado na comunicação de caráter social utilizado
por secretários, diretores, coordenadores, superintendentes, para agradecer uma
cortesia, fazer uma solicitação, convite ou externar agradecimentos.
A carta compõe-se de:
1. Cabeçalho:
Localidade e data
2. Epígrafe: Carta, sigla, número, ano
3. Destinatário:
a) Forma de tratamento adequado
b)
Nome da autoridade
c)
Nome do cargo ou função
d)
Nome da repartição/órgão
4. Vocativo:
5. Texto:
6. Fecho:
7. Assinatura e cargo:
8. Identificação:
SECRETARIA DE
TRANSPORTES METROPOLITANOS
COORDENADORIA DE TRANSPORTE COLETIVO
COORDENADORIA DE TRANSPORTE COLETIVO
São Paulo (SP), 03 de agosto de
2006.
Carta C.T.C. – nº 016/06
Ilustríssimo Senhor
Orlando Vieira
Diretor da Divisão Estadual de
Ensino Tecnológico da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento
Econômico.
Prezado Senhor,
Agradeço a V.
Sª o envio da relação dos servidores que ficarão à disposição desta
coordenadoria, no período de 17/10 a 07/11 do corrente ano, prestando serviço
de apoio quando da realização do seminário “Controle de Transporte Coletivo,
sob Regime de Fretamento”.
Na
oportunidade, renovo os protestos de consideração e apreço.
Silvio Moura
Coordenador
SM/ip
REQUERIMENTO:
Instrumento
que serve para solicitar algo a uma autoridade do serviço público.
O
requerimento compõe-se de:
1.
Destinatário: Forma de tratamento e nome do cargo
ou função
2.
Texto:
3.
Fecho, geralmente um dos seguintes: Nestes
termos em que pede deferimento/ Nestes termos/ Pede deferimento/ NT ou PD
4.
Localidade e data:
5.
Assinatura.
REQUERIMENTO
SOLICITANDO EXAME DE SEGUNDA CHAMADA
Exmº Sr. Diretor das Faculdades
Integradas de Marília,
JOANA DA
SILVA, aluna regularmente matriculada na Faculdade de Direito, 4º período do
ano letivo em curso, impedida de realizar o exame de Latim, por motivo de
doença, conforme comprova o atestado em anexo, vem requerer de V. Exa. que lhe
conceda a oportunidade de realizar o exame em segunda época.
Nestes termos
pede deferimento.
Marília (SP),
30 de novembro de 2007.
Joana da
Silva
segunda-feira, 29 de julho de 2013
REDAÇÃO OFICIAL II
ATA:
Damos
o nome de ata ao registro escrito no qual se resume com clareza o que se passou
em uma sessão, convenção, assembleia, congresso, etc. Geralmente é redigida
pelo 1º Secretário ou outro membro previamente selecionado do grupo.
Normalmente
as atas são escritas em livros próprios para esse fim, ou ainda em folhas
soltas, numeradas e rubricadas do início ao fim por quem de direito a redige.
Na
ata não se pode deixar espaço em branco, a fim de que mais tarde não se venha a
alterar o texto. Caso quem esteja encarregado de redigir a ata venha a cometer
algum erro, deve corrigi-lo usando a expressão “digo”. Caso o erro só seja
percebido depois de redigida a ata, a correção deve ser feita da seguinte
forma: “Em tempo: onde se lê... leia-se...”.
Na
ata não podemos usar abreviações e os números devem ser escritos por extenso.
Veja
um exemplo:
Aos vinte e seis dias do
mês de julho de dois mil e treze, em sua sede social, na Rua Mebael número quinze,
nesta Capital, às quinze horas, reuniram-se, em Assembleia Geral
Extraordinária, convocada por anúncios publicados no Jornal do Comércio dos
dias vinte e três, vinte e quatro e vinte e cinco do corrente mês, e no Diário
Oficial, nas mesmas datas, os acionistas da GONZALEZ AUTO PEÇAS S. A.,
representando mais de dois terços do capital social com direito a voto,
conforme assinaturas constantes no livro de Presença de Acionistas. Por
unanimidade assumiu a presidência dos trabalhos o acionista senhor Fulano de
Tal, que convidou o acionista senhor Beltrano de Tal para servir de secretário.
Constituída a mesa, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e
determinou a leitura, pelo Secretário, do Edital de Convocação, assim
publicado: ".....................................................”.
Conhecida a matéria constante da ordem do dia, o senhor Presidente determinou
fosse lida a proposta da Diretoria, bem como o parecer emitido pelo Conselho
Fiscal, documentos estes nos seguintes teores:
"..................................................”. Finda a leitura
desses documentos, o senhor Presidente colocou-os em discussão e, em seguida,
em votação, do que resultou a aprovação unânime, na íntegra, pela Diretoria.
Esgotada a ordem do dia e como ninguém mais fez uso da palavra, foram encerrados
os trabalhos e lavrada esta Ata, a qual, lida e aprovada, recebe as assinaturas
da mesa e da totalidade dos presentes. Desta Ata serão extraídas cópias
autênticas para os fins legais. São Paulo, vinte e seis de julho de dois mil e
treze.
PROCURAÇÃO:
Forma
de documento público ou particular em que alguém (outorgante) confere a outrem
(outorgado) poderes para agir em seu nome.
Em outras palavras, a procuração é o documento através do qual alguém
recebe poderes de uma pessoa para agir em nome dela. Pode ser: Particular, na
qual é imprescindível o reconhecimento da firma de quem dá a procuração; pode
ser manuscrita ou digitada; e também pode ser Pública, lavrada em cartório.
Veja
a seguir um exemplo de procuração:
PROCURAÇÃO
Pelo presente instrumento
particular de procuração, Maria do Rosário Lima e Sousa, brasileira, casada,
professora, RG n° x, CPF n° x, residente e domiciliada nesta cidade, na rua
Afonso Pena, n° 30, Boa Vista, na qualidade de representante legal da sua filha
menor impúbere, Paula Lima e Sousa, nomeia e constitui sua bastante procuradora
Marcela Silva, brasileira, solteira, advogada, OAB n° xxxxxx, residente e
domiciliada nesta cidade, conferindo-lhe poderes da cláusula "ad
judicia", para especificamente propor ação de alimentos contra José
Lima e Sousa, podendo a citada procuradora praticar todos os atos necessários
para o fiel desempenho do presente mandato, inclusive acordar, discordar,
transigir, desistir, dar e receber quitação e substabelecer com ou sem reserva
de poderes.
Recife,
12 de julho de 2013.
_________________________________
Maria do Rosário Lima e
Sousa
ABAIXO-ASSINADO:
Damos
o nome de abaixo-assinado ao documento particular assinado por várias pessoas,
destinado a alguém (principalmente autoridades) que tem poder para decidir sobre
aquilo que se pede.
Em
geral, o abaixo-assinado contém reivindicações, pedido, manifestação de
protesto ou de solidariedade, etc.
Como
se observa, a “correspondência oficial” é um conjunto de normas regedoras das
comunicações escritas, internas e externas, de repartições públicas. A
correspondência oficial, em linhas gerais, subordina-se aos mesmos princípios
que orientam as demais correspondências. Esses princípios são ditados pelo
serviço público federal e adotado, com pequenas adaptações, pelos estados e
municípios.
Veja
agora um exemplo de abaixo-assinado:
Modelo de Abaixo-assinado
Ao Excelentíssimo Senhor
Prefeito de Manaus
Os
abaixo-assinados, brasileiros, residentes e domiciliados na rua das Flores,
bairro da paz, nesta cidade de Manaus, solicitam de V.Exª a instalação de coletores seletivos de lixo, a
fim de atender ao projeto comunitário de reciclagem de plásticos, alumínio e
vidros.
Na
certeza de sermos atendidos, encaminhamos esse documento em três folhas
numeradas e assinadas por todos os moradores, e em duas vias que serão
protocoladas em seu Gabinete.
Nomeamos
o morador José de Jesus Silva, fone xxxx-xxxx, como nosso representante, caso
V.Exª necessite de outras informações.
Manaus,
...de......de 2013.
Nome
|
Identidade
|
Endereço
|
Rubrica
|
José de Jesus Silva
|
0X0.0X0 SSP/AM
|
Rua das Flores, 01
|
|
Maria das Dores Souza
|
001.999 SSP/AM
|
Rua das flores, 03
|
DECLARAÇÃO:
Declaração
é o documento em que se manifesta uma opinião, conceito, resolução ou
observação. Assemelha-se ao atestado, às vezes. Em diplomacia, dá-se o nome de
declaração a um documento de órgão colegiado, espécie de manifesto. A mais
importante é, talvez, a “Declaração Universal dos Direitos do Homem”, aprovada
em resolução da II Seção Ordinária da Assembleia das Nações Unidas e consequência
da Carta das Nações Unidas. A seguir, apresentamos um modelo de Declaração:
(timbre da empresa ou
instituição com nome e endereço)
Declaração
Eu, abaixo assinado, (nome) , RG n°, (número)
, CPF n° (número) ,
residente à
(endereço) ,
bairro ____________, na cidade de ___________________, integrante do
projeto,_____ (nome do
projeto) inscrito no
Edital (número e nome) , venho declarar, nos termos
dos arts. 18 e 125 da Lei Estadual nº 9.433 de 01 de março de 2005, que não
pertenço ao quadro de servidores do Estado da Bahia, de suas autarquias,
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.
(cidade) , (data)
de (mês) de 2007.
______________________________________
(nome completo e assinatura)
ATESTADO:
Instrumento que serve para
se declarar ou atestar certa verdade. É um documento que é bastante frequente
nos serviços. Veja, a seguir, um modelo de Atestado:
ATESTADO
Atesto para os devidos
fins, a pedido do interessado, que o (a) Sr (a). ___________________,
portador(a) do RG nº ____________ SSP/(UF), foi submetido à exame médico, nesta
data, no horário das ____horas às _____horas, sendo portador de _____________
CID - _____.
[Município], [UF], ____ de
___________ de 20___.
__________________________________________
(Assinatura)
Dr
(a). _____________________
CRM-[UF]
Nº ____________
CPF
Nº ________________
sexta-feira, 26 de julho de 2013
MAIS DO ENEM
MEC REFORÇA SEGURANÇA DO ENEM
24/jul/2013 . 8:13
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, confirmou nesta terça-feira, 23, que todos os malotes com provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vão ter lacre eletrônico. Em maio, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa, disse que a instituição estudava a possibilidade de colocar os lacres, já usados em 2012 como teste.
Os lacres eletrônicos registram o horário do fechamento do malote na gráfica e o horário em que foi aberto no local de aplicação da prova, aumentando a segurança no processo. “Com isso teremos total segurança”, disse Mercadante. Ao todo, serão 63.340 malotes.
O Enem de 2013 recebeu número recorde de inscrições: 7.173.574. As provas serão aplicadas nos dias 26 e 27 de outubro. Informações da Agência Brasil
(http://www.pimenta.blog.br/page/2/#sthash.NztUayw9.dpuf)
quarta-feira, 24 de julho de 2013
DIÁRIO DE BORDO
Como escrever um Diário de Bordo?
O que é o diário de bordo?
O Diário de Bordo é um caderno ou pasta onde o(s) estudante(s) registra(m) as etapas que realiza(m) para desenvolver o projeto.
Este registro deve ser detalhado e preciso, indicando datas e locais de todos os fatos, passos, descobertas e indagações, investigações, entrevistas, testes, resultados e respectivas análises
Como o próprio nome diz, este é um Diário que será preenchido ao longo de todo o trabalho, trazendo as anotações, rascunhos, e qualquer idéia que possa ter surgido no decorrer do desenvolvimento do projeto.
O Diário não precisa ser realizado no computador, e as anotações podem ser feitas em um caderno de capa dura.
O Diário de Bordo não deve ser enviado para a FEBRACE no envio do projeto, mas deverá ser apresentado durante a Feira.
A importância do diário de bordo.
Pessoal, através do diário de bordo temos como avaliar o andamento do trabalho de pesquisa.
O Diário de Bordo (Trabalho de Construção da Aprendizagem) é um instrumento que possibilita a construção da aprendizagem e que por isso deve ser algo a ser elaborado, montado, pensado durante todas as etapas do curso.
Com ele, podemos perceber as angústias e os anseios de cada um, de forma que podemos interferir positivamente para o desenvolvimento das idéias.
A autenticidade da pesquisa fica bastante evidente quando lemos um diário de bordo bem documentado.
Não deixem de entregar seus diários regularmente para acompanhamento e análise dos professores.
O que deve conter no diário de bordo?
O Diário de Bordo deve conter:
· o registro detalhado e preciso dos fatos, dos passos, das descobertas e das novas indagações;
· o registro das datas e locais das investigações;
· o registro dos testes e resultados alcançados;
· as entrevistas conduzidas etc.
Exemplo de Diário de Bordo
Orientações do Orientador:
Anote em seu Diário de Bordo, além do que já foi pedido nas atividades anteriores, suas impressões gerais sobre o trabalho da semana, em particular sobre a sua percepção acerca da apresentação do projeto.
Anotações de uma aluna de ensino superior:
Como falei anteriormente, agora nossos estudos ficaram mais complexos e temos que nos ater a uma leitura mais pontuada e isso vai demandar maiores interesses, motivação e esforços. Apesar disto, estou bastante entusiasmada, pois a cada novo módulo e/ou atividades compreendo melhor a concepção e estrutura do projeto. Com certeza, as questões como leituras e atividades permitem tecermos reflexões, análises, críticas, contrapontos, esperanças e até dúvidas em relação a possibilidade, deste projeto, vir-a-ser realidade. Não pelo projeto em si, que agrega valores e só vem a contribuir com a formação dos profissionais da educação. Mas, pelo que tanto enfatizamos, ausência de uma definição de políticas públicas necessárias a implantação de projetos dessa natureza. Aliada a este fato, temos tb o desejo e a credibilidade do professor em querer "navegar neste barco".
terça-feira, 23 de julho de 2013
O TEXTO EM FORMA DE DIÁRIO
Marcas características do Diário:
datação;
série de contextos;
dados factualmente verificáveis;
registro de língua familiar;
confidências;
descompromisso entre as datas dos excertos
(não é obrigatória a existência de um registro diário);
ordem cronológica das notas;
caráter fragmentário (não há,
necessariamente, um encadeamento lógico entre os registros);
leitura descontínua (a leitura do registro de
um determinado dia não obriga à leitura dos registros anteriores, sem que a
compreensão fique forçosamente prejudicada com isso).
DIÁRIO
MAIS FAMOSO DA HISTÓRIA:
No famoso Diário de Anne Frank podemos encontrar passagens como esta, que retrata o sofrimento dos judeus holandeses na ii guerra mundial:
“Depois de Maio de 1940 os bons tempos foram poucos e muito espaçados:
primeiro veio a guerra, depois a capitulação, e em seguida a chegada dos
alemães, e foi então que começaram os problemas para os judeus. Nossa liberdade
foi seriamente restringida com uma série de decretos antissemitas: os judeus
deveriam usar uma estrela amarela; os judeus eram proibidos de andar nos
bondes; os judeus eram proibidos de andar de carros, mesmo que fossem carros
deles; os judeus deveriam fazer suas compras entre três e cinco horas da tarde;
os judeus só deveriam frequentar barbearias e salões de beleza de proprietários
judeus; os judeus eram proibidos de sair às ruas entre oito da noite e seis da
manhã; os judeus eram proibidos de comparecer a teatros, cinemas ou qualquer
outra forma de diversão; os judeus eram proibidos de frequentar piscinas,
quadras de tênis, campos de hóquei ou qualquer outro campo de atletismo; os
judeus eram proibidos de ficar em seus jardins ou nos de seus amigos depois das
oito da noite; os judeus eram proibidos de visitar casas de cristãos; os judeus
deveriam frequentar escolas judias etc. Você não podia fazer isso ou aquilo,
mas a vida continuava.”
domingo, 21 de julho de 2013
A AUTOBIOGRAFIA
O TEXTO AUTOBIOGRÁFICO
É,
como o próprio nome indica, uma biografia redigida pela própria pessoa;
O
autor narra, em primeira pessoa, acontecimentos que seleciona da sua própria
vida, em geral para caracterizar a sua personalidade;
O
relato autobiográfico tem, em geral, um caráter mais expressivo do que
informativo, mas que gere interesse ao público;
Os
poetas podem utilizar (eu-lírico) para falar da sua arte poética.
Exemplo 1:
Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço,
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre no meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
(Fernando Pessoa, in Antologia Poética, RBA, 1996)
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço,
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre no meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
(Fernando Pessoa, in Antologia Poética, RBA, 1996)
Exemplo 2:
...Eu me experimento
inacabado. Da obra, o rascunho. Do gesto, o que não termina.
Sou como o rio em processo
de vir a ser. A confluência de outras águas e o encontro com filhos de outras
nascentes o tornam outro.
O rio é a mistura de
pequenos encontros. Eu sou feito de águas, muitas águas. Também recebo
afluentes e com eles me transformo. O que sai de mim cada vez que amo?
O que em mim acontece
quando me deparo com a dor que não é minha, mas que pela força do olhar que me
fita vem morar em mim? Eu me transformo em outros? Eu vivo para saber.
O que do outro recebo leva
tempo para ser decifrado. O que sei é que a vida me afeta com seu poder de
vivência. Empurra-me para reações inusitadas, tão cheias de sentidos ocultos.
Cultivo em mim o acúmulo
de muitos mundos. Por vezes o cansaço me faz querer parar. Sensação de que já
vivi mais do que meu coração suporta.
Os encontros são muitos;
as pessoas também. As chegadas e partidas se misturam e confundem o coração.
É nesta hora em que me pego
alimentando sonhos de cotidianos estreitos, previsíveis.
Mas quando me enxergo na
perspectiva de selar o passaporte e cancelar as saídas, eis que me aproximo de
uma tristeza infértil. Melhor mesmo é continuar na esperança de confluências
futuras.
Viver para sorver os novos
rios que virão. Eu sou inacabado. Preciso continuar. Se a mim for concedido o
direito de pausas repositoras, então já anuncio que eu continuo na vida.
A trama de minha
criatividade depende deste contraste, deste inacabado que há em mim. Um dia sou
multidão; no outro sou solidão.
Não quero ser multidão
todo dia. Num dia experimento o frescor da amizade; no outro a febre que me faz
querer ser só. Eu sou assim. Sem culpas.
Padre Fabio de Melo
sexta-feira, 19 de julho de 2013
TEXTO BIOGRÁFICO
ESCREVENDO UMA BIOGRAFIA
É
um documento escrito que conta a vida de uma determinada personalidade,
respeitando a ordem cronológica ou não;
Na
biografia é importante constar datas, lugares, pessoas, acontecimentos
marcantes da vida dessa personalidade;
A
biografia é redigida na terceira pessoa e pode apresentar-se, quer como um
relato meramente informativo, quer como uma narrativa em que se evidenciem e
valorizem aspectos marcantes do percurso do biografado;
A
biografia, conforme, por exemplo, o fim a que se destina, pode ter formas muito
distintas que vão da simples nota biográfica ao livro.
Exemplo 1:
Carlos Drummond de Andrade
nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família
de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os
jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por
"insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a
carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava
os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.
Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.
O modernismo não chega a
ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia
(1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração
sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do
autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente,
contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém
num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e
do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas,
enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor
e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação
estética desse modo de ser e estar.
Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.
Várias obras do poeta
foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco,
tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta
mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado
diversos livros em prosa.
Em mão contrária traduziu os seguintes autores estrangeiros: Balzac (Les Paysans, 1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac (Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin, 1677; Artimanhas de Scapino).
Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.
Exemplo 2:
Cronologia:
1902 - Nasce em Itabira do
Mato Dentro, Estado de Minas Gerais; nono filho de Carlos de Paula Andrade,
fazendeiro, e D. Julieta Augusta Drummond de Andrade.
1910 - Inicia o curso primário no Grupo Escolar Dr. Carvalho Brito, em Itabira (MG).
1916 - Aluno interno no
Colégio Arnaldo, da Congregação do Verbo Divino, Belo Horizonte. Conhece
Gustavo Capanema e Afonso Arinos de Melo Franco. Por problemas de saúde,
interrompe seus estudos no segundo ano.
1917 - Toma aulas particulares com o professor Emílio Magalhães, em Itabira.
1918 - Aluno interno no Colégio Anchieta, da Companhia de Jesus, em Nova Friburgo; é laureado em "certames literários". Seu irmão Altivo publica, no único exemplar do jornalzinho Maio, seu poema em prosa "ONDA".
1919 - Expulso do Colégio Anchieta mesmo depois de ter sido obrigado a retratar-se. Justificativa da expulsão: "insubordinação mental“.
(...)
quarta-feira, 17 de julho de 2013
COMO ELABORAR UM MEMORIAL ?
O Memorial é um documento que você
elabora passo a passo, no qual aparecem suas impressões sobre sua aprendizagem,
os acertos, as vitórias, os avanços, mas também as falhas, os momentos
difíceis, as paradas, as dúvidas. É uma espécie de "diário" no qual
você poderá escrever e contar o que estiver sentindo, refletindo, vivenciando,
os gostos e desgostos ao longo do caminho.
- É a oportunidade de registrar suas reflexões
sobre os vários momentos do curso e sua relação com a prática pedagógica.
- É o relato das adaptações e modificações que
você estiver fazendo na maneira de trabalhar na sala de aula, usando as
tecnologias.
- É o local em que você pode anotar emoções,
descobertas, sucessos e insucessos de sua trajetória pedagógica com as
tecnologias.
- É o registro da história de sua aprendizagem
durante o curso e de suas consequências no seu cotidiano.
Na elaboração do Memorial podem surgir
dúvidas. É provável que você se sinta inseguro(a) e desestimulado(a) para
escrever, enquanto outros talvez se sintam desafiados a produzir o Memorial. Em
qualquer caso, note que o memorial não é algo pronto e acabado, com roteiro
rígido e previamente definido, mas é a descrição de um conjunto de observações
e comentário, cuja construção espelha e acompanha o seu processo de aprender.
Você pode incluir no Memorial:
- as suas reações, dificuldades e facilidades
encontradas no decorrer da realização das atividades do curso;
- as experiências pedagógicas e mudanças na
prática de sala de aula que tenham relação com o curso;
- as reações dos alunos e essas experiências e
mudanças;
- as relações do curso com a sua experiência
anterior;
- as trocas de experiências entre você e outros
colegas de curso;
- outras ideias que você considere importantes.
O Memorial também tem a função de
promover e praticar a autoavaliação. Nesse caso, você pode registrar nele:
- como está o seu desempenho;
- que fatos demonstram mudanças na sua prática
pedagógica;
- como você está aproveitando as atividades de
aprendizagem e de avaliação;
- quais as suas maiores dificuldades no curso;
- o que você está fazendo para superar suas
dificuldades;
- que transformações ocorreram nas suas relações
com seus alunos.
O Memorial é um processo que se
desenvolve ao longo de cada módulo e só termina com o curso por ser uma
construção contínua. E é simples de fazer, se for encarado com tranquilidade:
faça-o como quem escreve uma carta, falando do curso que está fazendo.(Fonte TVEscola)
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