segunda-feira, 18 de agosto de 2014

EXEMPLO DE DISSERTAÇÃO II

Estrutura dissertativa moderna e inovadora, utilizando o esquema abaixo:

1º parágrafo: introdução (Tema e Tese);
2º parágrafo: argumento  principal;
3º parágrafo: argumentos secundários;
4º parágrafo: contra-argumento;
5º parágrafo: retomada do tema e tese. Críticas ou soluções.

Espero que gostem dessa modalidade, ela pode ser usada nos vestibulares, nos concursos e também no Enem. É só treinar!

VIDA DE LIXO!

A questão do lixo produzido por nós se tornou uma muralha intransponível – melhor dizer montanha insalubre – aos dias hodiernos. Tudo isso porque o capital gera produtos incessantemente, que, por sua vez, geram consumos alienados, e estes cidadãos ávidos por novas marcas e tecnologias, como baratas tontas no monturo. Um ciclo que se renova a cada instante, impulsionando a riqueza e a satisfação mundial, mesmo que ilusórias.
No Brasil, recentemente, alardeia-se a inserção de 20 milhões de famílias na classe média. Isso impulsiona o consumo e promove, como efeito cascata, a fórmula clichê do capitalismo: novos mercados é igual a lucros à frente! Ademais, o aumento da demanda de produtos industrializáveis também cresce junto e, com isso, as toneladas de dejetos. Só aqui no país tupiniquim são 240 mil, diariamente.
Outrossim, os senhores gestores das cidades não querem, ou não desejam, adequar-se às legislações pertinentes ao assunto. Reclamam de falta de verba para a construção de aterros sanitários, conforme a ABNT/NBR-8849/85. Destarte, escasseiam políticas públicas de mudança de conduta populacional a respeito da problemática citada. Um exemplo é que 40% da população não tem sequer saneamento básico. Aliado a isso, há uma avalanche de produtos à base de plástico, PVC, metais, baterias etc., tudo altamente poluente, cujos restos não se decompõem facilmente em a natureza.
Apesar da gritaria e manifesto dos ecologistas, chamados muitas vezes injustamente de ecochatos, ainda não há uma forma atual de se consumir sem gerar dejetos inutilizados. Infelizmente. A não ser que passemos a residir em florestas e iglus, consumindo apenas o que a natureza nos der, restituindo-a com as sobras em forma de adubos ou fertilizantes! Será que alguém se dispõe a tanto?
É fato que essa questão do lixo e seu destino não sairá das pautas da sociedade pós-moderna, visto que o homem está muito distante de resolvê-la. É necessário aplicar inovações às indústrias e fábricas para produzirem com menos degradação; apostar na reciclagem ainda mais e educar para mudar a cultura existente a respeito do assunto. Essas medidas talvez amenizassem o impacto dos detritos no orbe.

Gustavo Atallah Haun – Professor.

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