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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

SE LIGUE NA REDAÇÃO DO ENEM!

25/10/2013 06h14 - Atualizado em 25/10/2013 10h11
Autor da 'redação do miojo' aprova rigor no Enem, mas prevê deboches

Redação de Carlos Custódio fez MEC mudar regras de correção. 
Agora, quem fugir deliberadamente ao tema terá prova anulada.

Paulo GuilhermeDo G1, em São Paulo
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Jovem que pôs receita no Enem vira ‘sensação’ na Ufla, em Lavras (Foto: Reprodução EPTV)Carlos Guilherme escreveu receita no Enem
(Foto: Reprodução/EPTV)
O estudante Carlos Guilherme Custódio Ferreira, de 19 anos, autor do texto que incluiu uma receita de macarrão instantâneo no Exame Nacional do Ensino Médio de 2012, diz que sua atitude ajudou a mudar os critérios de correção da prova de redação do Enem. O jovem gostou das mudanças nas regras de correção da prova, que a partir de agora vai dar zero para quem deliberadamente fizer deboche durante a dissertação e fugir ao tema proposto. Mas acredita que algum candidato tentará 'driblar' os avaliadores para brincar no texto.
O Enem será realizado neste sábado (26) e domingo (27) para mais de 7,1 milhões de inscritos. A redação será no segundo dia de exame. "O Enem está mais rigoroso, e a cada ano que passa melhora mais", afirma o jovem. "Eu também ajudei para que o Enem ficasse melhor. Achei um erro, mostrei para eles e assim puderam melhorar o exame. Vamos ver se na prática vai funcionar. Acho que alguém vai tentar fazer alguma gracinha na prova e, se passar, vai pegar muito mal." Carlos, no entanto, não recomenda que os estudantes façam isso e espera que eles levem o Enem a sério.
Até 2012, a correção da redação permitia que quem fugisse ao tema perdesse pontos na prova, mas não necessariamente tiraria nota zero. Carlos, que interrompeu seu raciocínio no texto que falava sobre imigração para escrever "Para não ficar cansativo vou ensinar agora a fazer um belo miojo", seguindo com a receita do macarrão, não imaginava que seu gesto pudesse ter tantas consequências. Além de sua prova, o Enem do ano passado foi marcado por redações com erros graves de grafia e outra com trechos do hino do Palmeiras.
Redação com receita do macarrão instantâneo recebeu nota 560 no Enem (Foto: Reprodução/Facebook)Redação com receita do macarrão instantâneo recebeu nota 560 no Enem (Foto: Reprodução/Facebook)
O "caso do miojo" ficou famoso em março, depois que Carlos postou no seu perfil no Facebook a correção da sua redação. Ele tirou 560 pontos na prova.  "Não imaginei que daria essa repercussão. Se tivesse imaginado escreveria outras coisas", afirma o jovem, que está no terceiro período do curso de engenharia civil do Centro Universitário de Lavras (Unilavras), em Minas Gerais.
Como já estava matriculado em uma faculdade, que ele cursa com ajuda do programa de financiamento estudantil do governo, o Fies, Carlos se deu ao luxo de brincar durante a prova. Na época, o estudante disse ao G1 que queria testar a eficácia da correção: "Espero que as correções fiquem mais criteriosas e rigorosas a partir de agora. Eu fiz a prova porque já estava inscrito, mas não tinha muito compromisso, uma vez que já estou na faculdade", afirmou o jovem, em março.
Novas regras
Dois meses depois, o Ministério da Educação anunciou as mudanças nas regras do Enem. Para coibir tentativas de deboche na prova, um item foi acrescentado no artigo do edital que fala sobre as razões para que uma redação receba nota zero do MEC. O item 14.9.5 do edital diz que a redação "que apresente parte do trecho deliberadamente desconectada com o tema proposto, que será considerada 'anulada'".
Veja como ficam as regras do edital para a anulação da prova:
14.9 Em todos as situações expressas abaixo, será atribuída nota zero à redação:
14.9.1 que não atender a proposta solicitada ou que possua outra estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo, o que configurará “Fuga ao tema/não atendimento ao tipo textual”;
14.9.2 sem texto escrito na Folha de Redação, que será considerada “Em Branco”;
14.9.3 com até 7 (sete) linhas, qualquer que seja o conteúdo, que configurará “Texto insuficiente”;
14.9.3.1 linhas com cópia dos textos motivadores apresentados no Caderno de Questões serão desconsideradas para efeito de correção e de contagem do mínimo de linhas;
14.9.4 com impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação, que será considerada “Anulada”.
14.9.5 que apresente parte do trecho deliberadamente desconectada com o tema proposto, que será considerada "Anulada".

quinta-feira, 9 de maio de 2013

ATENÇÃO AOS ENGRAÇADINHOS DO ENEM...


08/05/2013 17h26 - Atualizado em 08/05/2013 17h27

MEC fará blitz contra 'miojo' e erros na redação do Enem; veja as regras

Corretores terão que justificar nota máxima em redação com erro, diz MEC.
Enem abre inscrições na segunda; provas serão em 26 e 27 de outubro.

Do G1, em Brasília e em São Paulo


A partir da edição de 2013, a prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não tolerará deboches, como receita de miojo ou hino do Palmeiras, ou provas com nota máxima que contenham erros. As novas medidas foram anunciadas nesta quarta-feira (8) pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que considera o aumento no rigor como "a grande mudança" do exame neste ano. O Ministério da Educação vai também aumentar o valor pago por redação a cada corretor, de R$ 2,35 para R$ 3,00.

As inscrições serão abertas na segunda-feira (13) e poderão ser feitas até o dia 27 de maio. A taxa de inscrição, de R$ 35, deve ser paga até 29 de maio para confirmar a inscrição. As provas serão realizadas nos dias 26 e 27 de outubro.

Segundo Mercadante, três mudanças devem garantir uma correção mais rigorosa neste ano: a proibição do deboche, a exigência do domínio da norma culta para receber a nota máxima e a redução da discrepância máxima nas notas dos dois corretores para que a redação seja encaminhada por uma terceira avaliação independente.

"A avaliação nossa é que [a correção das redações em 2012] foi muito positiva. No entanto, seis redações foram debatidas publicamentes, em [um universo de] mais de 4 milhões. É um nível de problema muito específico, muito localizado. Mas mesmo assim a gente aprende com essa avaliação", disse o ministro.

Entenda abaixo o que mudou nas regras da redação do Enem:

Deboche dará nota zero

Para coibir tentativas de deboche na prova, um item será acrescentado no artigo do edital que fala sobre as razões para que uma redação receba nota zero do MEC. O item 14.9.5 do edital que deve ser publicado na quinta-feira afirma que a redação "que apresente parte do trecho deliberadamente desconectada com o tema proposto, que será considerada 'anulada'".

A nova regra já estava em debate pela comissão que elabora o edital do Enem, depois que candidatos que no último Enem inseriram receita do miojo e o hino do Palmeiras no texto ganharam notas 560 e 500, respectivamente. Esse tipo de teste ao Enem, agora, será punido com a nota zero.

Veja como ficam as regras do edital para a anulação da prova:

14.9 Em todos as situações expressas abaixo, será atribuída nota zero à redação:
14.9.1 que não atender a proposta solicitada ou que possua outra estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo, o que configurará “Fuga ao tema/não atendimento ao tipo textual”;
14.9.2 sem texto escrito na Folha de Redação, que será considerada “Em Branco”;
14.9.3 com até 7 (sete) linhas, qualquer que seja o conteúdo, que configurará “Texto insuficiente”;
14.9.3.1 linhas com cópia dos textos motivadores apresentados no Caderno de Questões serão desconsideradas para efeito de correção e de contagem do mínimo de linhas;
14.9.4 com impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação, que será considerada “Anulada”.
14.9.5 que apresente parte do trecho deliberadamente desconectada com o tema proposto, que será considerada "Anulada".

Nota mil com erro
Segundo Mercadante, a partir deste ano, o candidato terá que "ser muito mais rigoroso para tirar a nota máxima". Ele afirmou que a primeira competência (demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita) terá o item 5, que equivale à nota mais alta da competência, alterado para aumentar a exigência.

A partir deste ano, para tirar a nota máxima nesta competência, a redação só poderá ter erros de português considerador como uma "excepcionalidade" e quando "não caracterizem reincidência". O objetivo é evitar que redações com poucos desvios gramaticais ou convenções de escrita recebam a nota máxima na prova.
 (veja as competências na tabela abaixo):

COMPETÊNCIAS AVALIADAS NA PROVA DE REDAÇÃO DO ENEM
Competência 1
Competência 2**
Competência 3
Competência 4
Competência 5
Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita.*
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação.
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Valor: 0 a 200
Valor: 0 a 200
 
Valor: 0 a 200
Valor: 0 a 200
Valor: 0 a 200
(*) Dentro desta competência, o nível 5 foi alterado para reduzir a tolerância a desvios gramaticais
(**) OBS: Caso o candidato tenha nota zero na Competência 2, ele terá a prova anulada
Fonte: MEC/Inep
A nota 1.000, então, só será atingida se o candidato garantir a pontuação máxima na competência 1. "Todas as notas mil os avaliadores vão ter que justificar com rigor. Só será aceito desvio se for excepcional, portanto, eles vão ter que justificar a excepcionalidade", disse Mercadante.
Correção feita por três avaliadores

Todas as redações do Enem são corrigidas por pelo menos duas pessoas. A necessidade de um terceiro corretor para reavaliar provas com notas discrepantes deve aumentar neste ano. Segundo o MEC, agora, todas vezes que as duas notas tiverem uma diferença de mais de 100 pontos, um terceiro avaliador corrigirá a prova para que se chegue à nota final. No ano passado, essa tolerância era de 200 pontos.

Se a nota em um das cinco competências (que vai de 0 a 200) tiver discrepância de 80 pontos, a redação também vai para o terceiro corretor.

Por causa da mudança, Mercadante afirmou que estima um aumento no número de redações que passem pela terceira correção. Em 2012, 21% das provas estiveram nessa situação. Agora, ele afirma que essa porcentagem chegue a um terço.

Para garantir uma correção mais rigorosa, Mercadante anunciou um aumento no número de corretores. Em 2012, foram contratados 5.692 corretores, 234 supervisores de avaliação, 468 auxiliares e dez subcoordenadores pedagógicos para o processo de avaliar as redações, mas
mais de 300 deles foram afastados por não cumprirem os requisitos de qualidade.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A NOVA ORTOGRAFIA VEM AÍ…



Os oito países lusófonos ou Comunidade de Países de Língua Portuguesa – CPLP, (são eles Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor Leste) estão tentando implantar um acordo ortográfico único desde 1990. Porém, Brasil e Portugal tentam desde 1931 uma uniformidade.
A regra ortográfica vigente até agora no Brasil foi instituída pelos militares, no ano de 1971, e ficou conhecida por eliminar o acento circunflexo (êle, sôbre, etc.). Antes dessa, já havia tido outra reforma feita em 1943.
A última reforma ortográfica de Portugal data de 1945, ou seja, em termos linguísticos, muita coisa mudou de lá para cá.
Mesmo com os portugueses criando o maior entrave – por exemplo, o prêmio Nobel José Saramago era um ardoroso inimigo – com a implantação do novo acordo ortográfico, porque temiam/temem o “abrasileiramento” da língua de Camões (Portugal mudaria 1,6% e Brasil 0,57% do léxico), o Parlamento Português aceitou o pedido dos demais países, cedendo a pressões, como a do governo brasileiro, responsável por 190 milhões de falantes. No total são 240 milhões de falantes do português no mundo, o que faz a L. P. ser a quinta língua mais falada.
Então, ficou acertado que, no Brasil, haveria 04 anos de adaptação (de 2009 a 2012) e, a partir de 1º de janeiro de 2013, tornar-se-ia obrigatória para todas as instâncias do país.
Mas não foi unanimidade entre os países esse tempo de transição. Portugal, Guiné-Bissau, Timor Leste e São Tomé e Príncipe estenderam o prazo para 2015. Angola e Moçambique são os mais atrasados e ainda não estipularam nem sequer o período de transição.
Apesar de toda a polêmica criada pelos patrícios d’ além-mar, uma regra ortográfica unificada tende a ser irreversível, pois é necessária para se tornar um dos idiomas oficiais da ONU, além de facilitar o comércio e a circulação de materiais, como documentos oficiais, filmes e livros, sem que seja necessário fazer uma “tradução” deles.
Durante os quatro anos de adaptação, os meios de comunicação, editoras, escolas etc., iriam se adaptando aos poucos, tendo conhecimento do tal acordo, podendo fazer o uso da nova grafia, caso assim optassem. Já os vestibulares e concursos poderiam solicitar a velha ou a nova regra nas suas questões, já que seria obrigação do estudante (cidadão!) conhecê-las.
No entanto, a Redação, disciplina que ministro há mais de uma década, deveria obedecer apenas a uma delas, sendo considerado erro ortográfico a abordagem de ambas no mesmo texto. 
Só que a partir de janeiro do ano que se aproxima somente uma valerá. Portanto, mãos à obra e estudemos o Decreto, disponível aqui no Blog para quem quiser ler, para não “pagarmos mico” na nossa escrita daqui para frente.