Uma das propriedades que distingue um texto
de um amontoado de palavras ou frases é o relacionamento existente entre si.
De
que trata, então, a coesão textual? Da ligação, da relação, da conexão
entre as palavras de um texto, através de elementos formais, que assinalam o
vínculo entre os seus componentes.
Uma das modalidades de coesão é a remissão.
E a coesão pode desempenhar a função de (re) ativação do referente.
A coesão:
é a correta ligação entre os elementos de um texto, que ocorre no interior das
frases, entre as próprias frases e entre os vários parágrafos. Pode-se dizer
que um texto é coeso quando os conectivos (conjunções, pronomes relativos) e
também a preposição são empregados corretamente.
A coerência:
diz respeito à ordenação das ideias e dos argumentos. A coerência depende da
coesão. Um texto com problemas de coesão terá, provavelmente, problemas de
coerência. Vejamos alguns exemplos.
a) preposição:
“A ditadura achatou
os salários dos professores e tirou matérias importantes no
desenvolvimento do jovem”.
Ficaria melhor se
fosse utilizada a preposição para: importantes para o desenvolvimento do
jovem.
b) pronome
relativo:
“Os alunos que os pais colaboram são os
esquecidos...”
O pronome correto
seria cujos: “Os alunos cujos pais colaboram são os esquecidos...”
c) conjunção:
“Controlar o país,
para muitos governantes, é dar a impressão de que existe democracia. Portanto,
se o povo participa, é imediatamente reprimido”.
É evidente que a
conjunção, portanto está mal empregada. A ideia que se quer expressar é de
oposição e não de conclusão. Logo, a conjunção correta seria, no entanto, mas,
porém etc.
“Controlar o país,
para muitos governantes, é dar a impressão de que existe democracia. Porém, se
o povo participa, é imediatamente reprimido”.
Problemas
como esses levam a uma falta de coerência na argumentação, já que os conectivos
não estabelecem as relações adequadas.
BIBLIOGRAFIA
1.
MAIA. João Domingues, Português, Novo Ensino Médio, vol. Único, Editora Ática, SP,
3a ed., 2000.
3.
PLATÃO ET FIORIN, Lições de textos: leitura e redação, Editora Ática, São Paulo,
3a edição, 1998.
4.
INFANTE. Ulisses, Curso de Gramática Aplicada aos textos, 2ª edição, São Paulo,
Scipione, 1995.
5.
MESQUITA. Roberto Melo, Gramática da Língua Portuguesa, 3ª edição, São Paulo,
Saraiva, 1995.
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