Muitos se perguntam por que a
dissertação é a tipologia textual mais cobrada em vestibulares e concursos
Brasil afora.
A resposta é muito simples: as
universidades não querem poetas, contistas, trovadores, romancistas, etc.
As academias privilegiam o texto
dissertativo porque esta é a forma de se descobrir se o sujeito (postulante ao
curso superior) é uma pessoa antenada, atualizada, conhecedor do mundo, tem
leituras prévias, ou seja, se ele é um agente ativo da comunidade em que vive.
Também é uma forma de preparar o
estudante – embora com um texto primário, primitivo no Ensino Básico – para os
textos acadêmicos mais evoluídos e que têm como base a dissertação: resenhas,
artigos, monografias, teses.
A principal característica,
porém, de se solicitar a redação dissertativa nos exames é o fato do “terceiro
grau” ser o lugar do debate, da discussão, do ponto de vista, fundamentado
sempre em teóricos.
As aulas, antes mastigadinhas e
didáticas do E. B., são propostas de forma diferenciada nas faculdades: o
discente correndo atrás do seu conhecimento, discutindo com o professor em sala
de aula, opinando, elaborando seminários, textos, enfim... se virando sozinho,
tendo o docente como mero “orientador” (quando não desorienta!).
Por tudo isso, o texto que
facilita essa abordagem universitária, que promove essas intervenções e
interações nos cursos escolhidos, é o dissertativo, para a felicidade, ou
infelicidade, geral da nação.
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