União junto com esforço! |
Existem dois tipos mensuráveis de conhecimento humano:
um feito pelo vulgo, pela população, por isso chamado de cultura popular, e
outro feito pelas ciências em geral, denominado de conhecimento científico ou
acadêmico. Ambos têm o seu valor, a sua verdade, a sua correta erudição.
O conhecimento popularesco já foi defendido por
sociólogos, antropólogos e filósofos, como o italiano Antonio Gramsci e o
historiador potiguar Câmara Cascudo. A cultura por si só é uma manifestação da
vontade e dos costumes do povo, seja ele letrado ou não. Portanto, torna-se
cultura tanto o saber popular quanto o saber científico.
Muitas vezes se percebe uma revolta muito grande nos
estudantes universitários quanto ao saber científico, à teoria, aos textos
técnicos, enfim quanto aos procedimentos que a academia toma para se valer da
sua epistemologia, do seu empirismo, da sua pragmática.
O conhecimento patrocinado pelas faculdades são
aqueles que são testados, pesquisados, medidos, numa construção, digamos,
aristotélica de todas as áreas. Já o conhecimento dito popular é repassado na
sua grande maioria por via oral, por meio das tradições, do saber histórico das
massas.
Não existe um saber superior ao outro. Aliás, não
existe uma cultura melhor, outra pior: existem culturas diferentes e até nisso
elas são positivas, porque podem se misturar, conhecer-se, relacionar-se
criando outras, etc. Um bom exemplo disso é a literatura e a teoria literária.
Esta é o saber técnico-científico derivado daquela: se não houvesse literatura,
será que poderia haver alguma teoria literária? Já aquela não depende desta: se
não houvesse teoria literária, não impediria de a literatura surgir ao mundo.
Então, por que estudar a teoria literária? Por que
estudar a teoria matemática? Por que estudar a teoria administrativa ou
filosófica? Ora bolas, para saber o que os nossos ancestrais já pensaram, já
descobriram e o que já fizeram no passado! Para embasar-se, fundamentar-se
cientificamente! Destarte, para se aplicar aos dias atuais, com a modernização
devida, claro. Não é para copiar, decorar, plagiar; é para compreender, é para
saber, é para assistir aos belos espetáculos que homens produziram com o
pensamento, com os costumes, com as tradições e, sobretudo, com o espírito
investigativo da ciência.
Se a música clássica é melhor do que a música popular?
Se James Joyce é superior ao poema de cordel? Se a filosofia é muito mais
profunda do que as igrejas evangélicas? Se o branco europeu é mais inteligente
que um autóctone africano? Nada disso importa. Todos têm a sua grandeza, todos
têm a sua importância no universo.
O científico e o popularesco no mundo pós-moderno
tendem a se tocar e se formar uno. Esse é o desafio do ser humano artista,
advogado, médico, engenheiro, empresário, do século XXI. É o movimento
antropofágico II: saber dosar a gigantesca soma de conhecimento tecnológico
formal acumulado da humanidade, com um pouco de humanismo, com um pouco de
afeto, com um pouco de respeito ao próximo, coisas que parecem de séculos
atrás.
gostei muito a modernidade unifica o popularismo e o cientifico cada um em sua definição
ResponderExcluirMaravilhoso
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