segunda-feira, 22 de abril de 2013

LIVRO: ALVARÁ DE SOLTURA


domingo, 21 de abril de 2013

AOS QUE QUEREM PROFESSORES PALHAÇOS...

Educadores ou animadores de auditório, de plateia?


"As pessoas divertidas parecem felizes, mas não o são. Provocam risos, porque conseguem mascarar os próprios sentimentos, em um faz-de-conta sem limite. Demonstram seriedade, mesmo nos seus divertimentos, o que provoca alegria, bulha e encantamento de outros aflitos-sorridentes, mas, passado o momento, volvem à melancolia, ao vazio em que se atormentam. A descontração muscular e emocional é forjada, não espontânea, nem rítmica, proporcionadora do prazer que harmoniza interiormente." (Joanna de Ângelis, no livro Amor, Imbatível Amor)

quarta-feira, 17 de abril de 2013

terça-feira, 16 de abril de 2013

SOBRE A REDAÇÃO DE ALUNOS NO ENADE...


Respostas de formandos no Enade 2012 têm erros de português como ‘egnorância’ e ‘precarea’

·         Estudantes que estão concluindo ensino superior cometem equívocos grosseiros de ortografia e construção frasal.
·         Inep diz que há rigor na correção.

LAURO NETO (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)
Publicado:15/04/13 - 7h45
Atualizado:15/04/13 - 8h24

RIO - Não é apenas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que os estudantes cometem erros absurdos de ortografia. No Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), alunos que estão se formando no ensino superior cometem desvios tão ou mais graves como “egnorancia”, “precarea” e “bule” (bullying).
Esses e outros exemplos foram repassados por uma corretora do Enade 2012, que avaliou concluintes de cursos como Direito, Comunicação Social, Administração, Ciências Econômicas, Relações Internacionais e Psicologia. A professora entregou o material pessoalmente ao GLOBO, mas, por ter assinado contrato de sigilo com o Ministério da Educação (MEC), não pode ser identificada. A docente procurou o jornal depois de ler, também no GLOBO, a reportagem, publicada no dia 18 de março, mostrando que redações que receberam nota 1.000 no Enem tinham erros como “trousse”, “enchergar” e “rasoável”.
Em dez respostas à segunda questão discursiva, há erros, sobretudo, de estrutura frasal, imprecisão vocabular e fragmentação de sentido. Segundo a professora, mesmo corrigidos equívocos de pontuação, regência, ortografia e concordância, esses textos continuariam errados.
A questão pedia que, a partir da análise de charges e da definição de violência formulada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o candidato redigisse um texto sobre a violência atual, contemplando três aspectos: tecnologia e violência (3 pontos); causas e consequências da violência na escola (3 pontos); proposta de solução para a violência na escola (4 pontos).
Um formando escreveu: “A violencia e causada muitas vezes pela falta de cultura e pela egnorancia dos seres humanos, cuja a tecnologia sao duas grandes preocupação para a sociedade, causando violencia nas escolas”. Outro estudante respondeu: “Hoje o sistema de segurança publica a inda e muito precarea no Brasil precisa ater mais infraestrutura para a segurança da sociedade em geral”.
Um terceiro redigiu: “As escolas tem que orienta e ajuda estas crianças que são violêntas e pratica o bule por enquanto são crianças por que só assim elas terão chacer de melhora e ser uma pessoa melhor e mas calma”. Em outra resposta, constava: “Esperamos que com a oportunidade de farias formação academica possa futuramente acabar ou diminuir este comportamnento do sr humano”.
— Os critérios são benevolentes, mandam não pesar a mão para manter média 5. Precisa se dar à opinião pública a ideia de que o ensino está melhorando. Mas não está. As faculdades formam profissionais analfabetos funcionais. Esse é o final do filme — diz a corretora.
Em nota, o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep) rebate com veemência as críticas, afirmando que “são completamente infundadas as suspeições levantadas pela suposta corretora de que ocorreu orientação para ‘aliviar’ nas correções”. De acordo com o órgão, responsável pela aplicação da prova, “isso não acontece, nem aconteceu, no Enade, Enem, ou em qualquer outro exame sob responsabilidade do Inep/MEC”. O comunicado esclarece ainda quaisquer erros tão grosseiros como os citados nesta reportagem certamente teriam “baixíssima avaliação”.
Segundo o Inep, as correções do Enade 2012 são feitas por bancas constituídas de um professor doutor como presidente e membros com titulação de doutorado ou mestrado, vinculados há, pelo menos, cinco anos a instituições de ensino superior. “São cerca de 500 profissionais do mais alto nível que podem atestar a seriedade do exame e das correções”, diz a nota.
De acordo com o órgão, “o rigor das avaliações do Enade se expressa nas medidas de supervisão e regulação adotadas pelo MEC, com base nos indicadores de qualidade como o índice geral de cursos (IGC) e o conceito preliminar de curso (CPC). Na nota do CPC, o desempenho dos estudantes representa 55% do total”. O resultado do Enade não impossibilita que os estudantes se formem, a menos que eles não compareçam à prova.
Pós-doutor em Linguística Aplicada e professor da UFRJ e da Uerj, Jerônimo Rodrigues de Moraes Neto considera gravíssimo o exercício de qualquer profissão sem o conhecimento da língua portuguesa:
— As profissões nas quais esses alunos se formam não geram à sociedade os resultados a que se destinam. Advogado que não entende cliente não consegue, na petição, se fazer entender pelo juiz. Não tem condições de interpor recursos.
Este ano, apenas 10,3% dos 114.763 participantes que prestaram o Exame de Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foram aprovados. É o pior resultado desde que passou a ser aplicado no formato unificado, em 2010. E, como mostrou pesquisa do Núcleo Brasileiro de Estágios, erros de português são o principal motivo de reprovação em processos seletivos de estágio. No estudo, que avaliou 7.219 alunos de níveis superior e médio, 28,8% perderam oportunidades por isso. Para corrigir as deficiências, universidades oferecem cursos de reforço. Na opinião de Moraes Neto, esse tipo de curso é excelente, mas o cerne da questão é a formação do professor de Português:
— O ponto crucial reside na formação do professor de Português, que deverá ensinar o aluno a falar, escrever e ler, mediante conhecimento do sistema linguístico da língua portuguesa.
Para a professora Cibele Yahn de Andrade, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da Unicamp, nivelar o ensino superior é necessário. Mas, para ela, o centro do problema está nos ensinos fundamental e médio.
— Não é possível superar essas deficiências acumuladas, de modo satisfatório, em curto prazo. São habilidades que deveriam ser adquiridas ao longo da vida escolar, na sequência de atividades de leitura e escrita diversificadas e com desafios crescentes.

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segunda-feira, 15 de abril de 2013

TEMAS INTERESSANTES PARA 2013.1



  • O Novo Papa Francisco e a Reforma da Igreja;
  • A Comissão de Direitos Humanos (Homofobia, Racismo etc.);
  • A Seca do Nordeste a a Falta de Comida (aumento de preços);
  • A Questão do Uso da Água;
  • O Evangelismo "Empresarial" na Mira;
  • O Refúgio Econômico Brasileiro para os Haitianos;
  • As "Arenas" Esportivas para a Copa 2014: supérfluas ou necessárias?
  • PEC das Domésticas;
  • Etc.
Vamos dar uma treinadinha na redação? É só começar... Escolha um dos temas acima e boa sorte!

sábado, 13 de abril de 2013

SOBRE OS LIVROS DE RADUAN NASSAR...


NADA ALÉM DOS PÉS

Por Gustavo Atallah Haun (*)


Outro dia uma professora de uma universidade daqui da região grapiúna estava comentando em sala de aula os casos de podolatria na literatura brasileira. O tema bastante curioso suscitou em alguns, estranheza, e, em outros, a rememoração de fatos relacionados.
A docente, com toda a lhaneza que lhe é característica, falava sobre a famosa passagem do livro O Guarani, de José de Alencar, quando a diáfana Ceci está dormindo e o índio Peri enxerga o pezinho límpido, puro e alvo fora dos lençóis e do camisolão noturno. São nada mais, nada menos, do que 03 (três) páginas descrevendo o pé da portuguesinha. Só que, após ler o romance romantista, percebe-se que não há tal descrição... Creio que a mestra estava tratando de outro livro do mesmo autor, A Pata da Gazela. Vai saber.
Então, num átimo de segundo, lembrei-me, com toda certeza, de outro escritor que tem uma verdadeira tara por pés. Como entusiasta e fã ardoroso, não pude me conter e resolvi entrar de cabeça no debate sobre o assunto. O genial Raduan Nassar, suprassumo da prosa brasileira dos últimos tempos, com apenas três livros lançados conseguiu desenvolver o seu fetiche pela parte do corpo humano, digamos, nada convencional.
Em Lavoura Arcaica (1975) a personagem André detinha a sua paixão pelos membros inferiores: na modorra das tardes vadias na fazenda, [...]; amainava a febre dos meus pés na terra úmida” (p. 13) ou quando idolatrava a irmã Ana dançando, ele

 “desamarrava os sapatos, tirava as meias e com os pés brancos e limpos ia afastando as folhas secas e alcançando abaixo delas a camada de espesso húmus [...], e ficava atento para os seus passos que de repente perdiam a pressa e se tornavam lentos e pesados, amassando distintamente as folhas secas sob os pés e me amassando confusamente por dentro(p. 32-33)

são duas das tantas passagens acerca do tema.
Já na obra Um Copo de Cólera (1978) esse sórdido deslumbramento é acentuado de vez em Raduan. Não são poucas as referências sobre os pés na obra. Antes de se deliciarem numa noite de amor ardente, o protagonista assevera: “fui tirando calmamente meus sapatos e minhas meias, tomando os pés descalços nas mãos e sentindo-os gostosamente úmidos como se tivessem sido arrancados à terra naquele instante” (p. 12) e mais adiante “conhecendo, como conhecia, esse seu pesadelo obsessivos por uns pés, e muito especialmente pelos meus, firmes no porte e bem feitos na escultura[...]” (p. 13). No final da briga apoteótica entre os dois, o protagonista chega a masturbar com os pés a personagem feminina:

 “‘estou sem meias e sem sapatos, meus pés como sempre estão limpos e úmidos’ [...] ‘você se lembra do pé que eu te dei um dia?’ e ela então disse ‘amor’ dum jeito bem sufocado, e eu velhaco recordei ‘era um pé branco e esguio como um lírio, lembra?...’ [...] ‘que que você fez com o pé que eu te dei um dia?...’ e ela entrando em agonia disse suspirando ‘amor, amor, amor’” (p. 73-74).

Por fim, o último livro publicado por Nassar, Meninas a Caminho (1997), com cinco contos, foi na verdade escrito nos idos de 60/70.
Aqui o célebre autor paulista volta às raias com a sua loucura. Dessa vez de leve, preparando o caminho para as duas obras que se seguiram, por isso as menções aos pés são menores, contudo constantes.
No primeiro conto, que dá nome ao livro, na descrição das personagens é a primeira característica acentuada: “Vindo de casa, a menina caminha sem pressa, andando descalça no meio da rua” (p. 09) ou “Descalços, sem camisa, os corpos arcados, os meninos [...]” (p.11) ou ainda “O seu Giovanni arrasta as alpergatas na outra calçada” (p. 18); ou a paralítica, a velha mestre-escola: “os chinelões de lã descansando no assoalho, os pés sobre o banquinho [...]” (p. 24) que dá uma lição às crianças e a imagem do livro didático é de um sapateiro. Do que mais seria?
Mas é somente no segundo conto, Hoje de Madrugada, que o bicho pega:

e, debaixo da mesa, onde eu tinha os pés descalços na travessa, tampouco me surpreendi com a artimanha do seu pé, tocando com as pontas dos dedos a sola do meu, sondando clandestino minha pele no subsolo. Mais seguro, próspero, devasso, seu pé logo se perdeu sob o pano do meu pijama, se esfregando na densidade dos meus pêlos, subindo afoito, me queimando a perna com sua febre.” (p. 57).

Eis mais uma curiosidade e delícia da literatura brasileira, as suas fixações obsessivas e os seus dramas. Em poucos livros Raduan Nassar nos legou a sua paixão acerca dos pés, um podólatra inigualável, que não merece ser olvidado pela densidade da sua obra, curta, mas exótica e profunda!
(*)Gustavo Atallah Haun é professor, formado em Letras, UESC, e ministra aula em Itabuna e região. Escreve para jornais de Itabuna, Ilhéus e edita oblogderedacao.blogspot.com (g_a_haun@hotmail.com). É maçom, da Loja Acácia Grapiúna.


BIBLIOGRAFIA:

NASSAR, Raduan. Lavoura Arcaica. 3ª edição rev. pelo autor. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

______________. Um Copo de Cólera. 5ª edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

______________. Menina a Caminho. 2ª edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

1959 X 2013


Cenário 1:

João não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.


Ano 1959: É mandado à sala da diretoria, fica parado esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá uma bronca descomunal e volta tranquilo à classe.

Ano 2013: É mandado ao departamento de psiquiatria, o diagnosticam como hiperativo, com transtornos de ansiedade e déficit de atenção em ADD, o psiquiatra lhe receita Rivotril. Se transforma num Zumbi. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho incapaz.

Cenário 2:


Luis quebra o farol de um carro no seu bairro.


Ano 1959: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no traseiro... A Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada", cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num profissional de sucesso.

Ano 2013: Prendem o pai de Luis por maus tratos. O condenam a 5 anos de reclusão, e por 15 anos deve abster-se de ver seu filho. Sem o guia de uma figura paterna, Luis se volta para a droga, delinque e fica preso num presídio especial para adolescentes.


Cenário 3:


José cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho. Sua professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...


Ano 1959: Rapidamente, José se sente melhor e continua brincando.

Ano 2013: A professora Maria é acusada de abuso sexual, condenada a três anos de reclusão. José passa cinco anos de terapia em terapia. Seus pais processam o colégio por negligência e a professora por danos psicológicos, ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida...

Cenário 4:


Disciplina escolar


Ano 1959: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos dava uma boa "mijada" e/ou encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade.


Ano 2013: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo. Nosso velho vai até o colégio se queixar do docente e para consolá-lo compra uma moto para o filhinho.


Cenário 5:


Horário de Verão.


Ano 1959:Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Não acontece nada.

 Ano 2013: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite, nas mulheres aparece celulite.


Cenário 6:


Fim das férias.


Ano 1959: Depois de passar férias com toda a família enfiada num Gordini, após 15 dias de sol na praia, hora de voltar. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.

Ano 2013: Depois de voltar de Cancun, numa viagem 'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, pânico, attack e seborreia...

Pergunto eu ...

QUANDO FOI QUE NOS TRANSFORMAMOS NESTE BANDO DE BOSTAS...?

terça-feira, 9 de abril de 2013

SERÁ QUE CHEGA ATÉ A COPA?

Interior da Arena Fonte Nova.

Com a reinauguração da (Itaipava?) Arena Fonte Nova, um amigo confidenciou-me: não dou dois meses para estar tudo destruído. Fui mais otimista: no primeiro rebaixamento de ambos – Bahia ou Vitória – os torcedores destruirão os assentos, farão das barras de ferro armas e invadirão o campo arrasando com tudo!
Em primeiro lugar, é uma infelicidade tremenda chamar um estádio de futebol de “arena”. Parece um retorno à barbárie, quando nas arenas da antiguidade se esfolava, matava, queimava etc., por mera distração dos imperadores entediados, além de diversão e alienação das massas.
Mas a verdade é que nós, brasileiros, não temos a educação anglo-saxônica que a Fifa impõe em competições internacionais. Se na Europa os torcedores podem beber cerveja, assistir a jogos sem alambrados e fosso, sentadinhos e quietos em cadeiras acolchoadas, é porque tem uma Polícia eficiente, uma Justiça que funciona, uma fiscalização competente. E educação!
No Brasil, o que manda são os cambistas, a impunidade, o suborno e a falta de trato com o patrimônio público... Salvo raríssimas exceções.
Antes de reinaugurar os estádios das Copas que virão logo mais, tinha-se que fazer um amplo projeto de educar o povo, de conscientizar a população, de ensinar a nação a usar um bem que custou caro - quase todos ultrapassaram seus orçamentos iniciais – e que é de todos! Aliás, um bem que não é essa “coca-cola” toda!
Reportagens do UOL de domingo e segunda, dias 07 e 08 de abril, traziam os inúmeros defeitos da recente Fonte Nova: fiações soltas, tapumes impedindo acesso, problema de estacionamento, materiais de construção largados na obra, poltronas sem parafusar, as vias inacabadas no entorno, poças de água embaixo dos assentos e, o pior, mais de 06 mil lugares com ponto cego no estádio, ou seja, o sujeito vai para assistir e não assiste!
Porque no Brasil, querido leitor, é assim, tudo feito nas coxas, afinal, aqui é terra de ninguém! Faz-se o que quer: ninguém reclama, ninguém quer se comprometer, ninguém prende os que (des) mandam!
Um espaço que custou quase 700 milhões de reais, acusado de a maioria da verba ter sido desviada do FUNDEB, e ainda mal feito. É brincadeira!
Ai, ai, ai... E ainda têm os que sonham com isso aqui civilizado! Polido! Urbanizado! Com certeza não será para esta, nem para as próximas gerações. É esperar para ver.
Gustavo Atallah Haun - Professor.

domingo, 7 de abril de 2013

OS DEZ MANDAMENTOS PARA VIVER BEM COM OS OUTROS

     1º Tenha controle de sua língua. Sempre diga menos do que pensa. Cultive uma voz baixa e suave. A maneira como se fala muitas vezes impressiona mais do que aquilo que se fala.

     2º Pense ante de fazer uma promessa e, depois, não dê importância ao quanto lhe custa.

     3º Nunca deixe passar uma oportunidade para dizer uma coisa carinhosa e animadora a uma pessoa ou a respeito dela.

     4º Tenha interesse nos outros: em suas ocupações, seu bem-estar, seus lares e famílias. Seja alegre com os que riem e lamente com os que choram. Deixe cada pessoa com quem encontra sentir que você lhe dispensa importância e atenção.

     5º Seja alegre. Conserve para cima os cantos da sua boca. Esconda suas dores, seus desapontamentos e inquietações sob um sorriso. Ria de histórias boas e aprenda a contá-las.

     6º Conserve a mente aberta para todas as questões da discussão. Investigue, mas não argumente. É marca de ser superior discordar e ainda conservar a amizade.

     7º Deixe as sua virtudes falarem por si mesmo e recuse a falar das faltas e fraquezas dos outros. Desencoraje murmúrios. Faça uma regra de falar só coisas boas aos outros.

     8º Tenha cuidado com os sentimentos alheios. Gracejos e humor não valem a pena e frequentemente podem magoar quando menos se espera.

     9º Não faça caso das observações más a seu respeito. Só viva de modo que ninguém as acredite. Nervosismo e indigestão são causas comuns para maledicências.

     10º Não seja tão ansioso a respeito de seus direitos. Trabalhe, tenha paciência, conserve seu temperamento calmo, esqueça de si mesmo e receberá sua recompensa.

(Extraído do boletim da Igreja Metodista Central de Belo Horizonte)

sexta-feira, 5 de abril de 2013

REDAÇÃO NOTA MIL NO ENEM 2012


Estudante aprovada em Medicina e professor dão dicas de como ter boa nota na redação
Yárina Rangel é um dos 148 estudantes que atingiram a nota máxima

Lauro Neto (Email · Facebook · Twitter)
Publicado: 17/03/13 - 23h00
Atualizado: 18/03/13 - 8h23

Yárina Rangel atingiu pontuação máxima na redação do Enem. Seu texto não continha erros de língua portuguesa Paula Giolito / O Globo

RIO - Apenas 1,1% dos candidatos do Enem 2012 obteve nota acima de 900 na redação, segundo o MEC. Na UFRJ, do total de 4.735 convocados para confirmação de matrícula, só 148 atingiram pontuação máxima. Aprovada em Medicina, Yárina Rangel é uma dessas alunas. Mais do que isso, ela pertence a um seleto grupo de estudantes cujo texto não contém erros de língua portuguesa.
Yárina explica que a prática levou à perfeição. Ela conta que, em 2011, não se saiu bem na redação do Enem, pois estava nervosa e acabou atrapalhada com a correria contra o tempo. A universitária recomenda o treinamento intensivo da escrita para “dar um banho na hora H”.
— Sugiro um exercício semanal. Se você fizer uma redação uma vez por semana, é o suficiente para ganhar a agilidade necessária na hora da prova. Para ajudar a manter a calma, é preciso se conhecer e, com a prática, você vai aprender a manipular até esse nervosismo — ela diz.
Yárina também dá dicas em relação à argumentação no texto dissertativo, modelo cobrado no Enem:
— Dedique um bom tempo ao estudo dos textos de apoio para evitar a fuga ao tema. Também é importante estar atualizado com as notícias, porque, mesmo que o tema da redação não seja aquela reportagem que você leu, pode usar isso num argumento, mostrando ao corretor que tem uma bagagem cultural. Outra dica é ter uma boa estética na redação. Não basta o texto ser bom; precisa parecer bom. Por isso, uma letra legível é fundamental para uma correção que é feita on-line.
Professor de redação do Colégio e Curso _A_Z, Bruno Rabin chama a atenção para o fato de a correção virtual valorizar a simplicidade em detrimento da criatividade:
— Os alunos devem ter muita atenção na interpretação do tema e dos textos para entender e atender à expectativa da banca. Recomendo treinar bastante a simplicidade e a clareza na forma de expressão, porque a correção é muito apressada. O ótimo é inimigo do bom. Não se valoriza o estilo de pensamento, mas a previsibilidade das ideias.
Bianca Peixoto aprendeu essa lição. Este ano, ela foi recompensada com a nota 1.000 na redação e a aprovação em Medicina na UFRJ. Mas, no Enem 2011, viveu um drama que foi parar na Justiça. Um dos corretores havia atribuído nota 880 a seu texto, e o outro deu 0. Como a discrepância superava 300 pontos, um terceiro avaliador deu 440, prevalecendo a última nota, mesmo discrepante em relação às duas primeiras. Apesar de ter conseguido uma liminar para recorrer da nota, o MEC manteve os 440. Agora, Bianca comemora.
— Quando vi a nota 1.000, nem acreditei. Tive um flashback de quando fiquei com 440. Fiquei muito esperançosa de o meu sonho se realizar e se realizou — ela vibra.
Na época, O GLOBO enviou a redação de Bianca para diferentes professores, inclusive um corretor do Enem, e eles lhe atribuíram notas superiores. Para ela, o que melhorou este ano não foi a qualidade do seu texto, mas a da correção:
— O meu nível continuou o mesmo, até porque treinei muito mais em 2011. Mas, em 2012, fiz uma redação mais feijão com arroz para não ter dúvida de respeitar a proposta. Fui bem direto ao tema, em vez de fazer uma introdução digressional, e desenvolvi muito bem as soluções.
Ex-corretor de redação do Enem e professor do Colégio Militar de Porto Alegre, Osvaldo Viera chegou a fazer um desabafo no Facebook criticando a correção. Segundo Viera, os coordenadores do consórcio Cespe/UnB, que treina os avaliadores, orientavam que ele não fosse tão rigoroso. Integrante da banca corretora de redação do vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) há dez anos, Viera não foi mais aceito na do Enem.
— A coordenadora dizia que eu precisava ser menos crítico e corrigir mais rápido. Não fui mais chamado porque pesei muito a mão. Mas recebia redações que, muitas vezes, eu não identificava como sendo em língua portuguesa, tamanha a desconstrução sintática e os erros ortográficos. Não há como aceitar erros de norma culta numa redação. Esse é o caminho que o MEC deveria seguir — recomenda Viera. (L.N.)
(Leia a redação de Yárina aqui)

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quarta-feira, 3 de abril de 2013

CONSOANTES MUDAS X CONSOANTES PRONUNCIADAS


Muitos alunos me perguntam sobre as tais consoantes mudas, alguns deles confundindo o que venha a ser consoante muda com consoante sem vogal na sílaba, mas que é pronunciada.
Em língua portuguesa brasileira não temos, praticamente, consoantes mudas. Essa é uma característica do português de Portugal, uma necessidade que se conservou por lá para detectar vogal fechada ou aberta. Alguns exemplos das tais consoantes são “secção”, “contacto” e “Egipto”, além de inúmeras outras. Em Portugal, com o Novo Acordo, algumas desapareceram como em "recepção" (receção), "aspecto" (aspeto), "perspectiva" (perspetiva), "respectivo" (respetivo).
Já na relativamente dinâmica língua brasileira, cujas influências indígenas e africanas são presentes e marcantes, a mudez não se conservou. E nós optamos em escrever “seção”, “contato” e “Egito” e continuamos a pronunciar as consoantes de "recepção", "aspecto", etc.
E é aí que a confusão é devida, por conta de algumas palavras que nós temos, em que a consoante é pronunciada, porém ela é desacompanhada de vogal: admirar, adquirir, abrupto, inadmissível etc.
Só que muda é igual a não pronunciada.
E tais palavras têm consoantes FALADAS, DITAS, PRONUNCIADAS, ou seja, não são mudas!
Por fim, o Novo Acordo Ortográfico assinado pelos oito países lusófonos ou CPLP (com resistência de alguns portugueses orgulhosos!) aboliu o uso das consoantes mudas. Daqui para frente não iremos utilizá-las mais, só ficarão as consoantes pronunciadas, embora sozinhas, solitárias, sem uma vogalzinha sequer após suas sílabas...
Valeu!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

FALA PROFESSOR...




Todos têm decorado o discurso de que Redação é importante - matéria eliminatória em concursos, e peso máximo em vestibulares -, mas ninguém quer ter trabalho, querem redigir com um toque de condão. Eis o problema.
Aprender a escrever bem depende de suas escolhas linguísticas, de suas leituras prévias, de prática de escrita, de domínio das linguagens e dos gêneros.
Muitos, aqui no Blog, pedem-me manuais, dicas, receitas, blábláblás sobre melhorar o próprio texto.
Ora, entendam de uma vez por todas que não sou mágico ou profeta (caso de ficar tentando adivinhar temas!), por isso o único caminho que posso indicar, como professor, é: meta as caras!
Leia, pratique e corrija ou entregue a alguém habilitado para corrigir. Depois, refaça todo o texto. Leia mais um bocadinho, sobre tudo: livros, jornais, revistas. Em seguida, pratique novamente e corrija mais uma vez. Refaça o texto, consertando os equívocos. E assim sucessivamente. Até estar apto para a “coisa”!
Leitura, prática, correção e reescrita...
É simples!