segunda-feira, 22 de abril de 2013
domingo, 21 de abril de 2013
AOS QUE QUEREM PROFESSORES PALHAÇOS...
![]() |
Educadores ou animadores de auditório, de plateia? |
"As pessoas divertidas parecem felizes, mas não o são. Provocam risos, porque conseguem mascarar os próprios sentimentos, em um faz-de-conta sem limite. Demonstram seriedade, mesmo nos seus divertimentos, o que provoca alegria, bulha e encantamento de outros aflitos-sorridentes, mas, passado o momento, volvem à melancolia, ao vazio em que se atormentam. A descontração muscular e emocional é forjada, não espontânea, nem rítmica, proporcionadora do prazer que harmoniza interiormente." (Joanna de Ângelis, no livro Amor, Imbatível Amor)
sexta-feira, 19 de abril de 2013
quarta-feira, 17 de abril de 2013
terça-feira, 16 de abril de 2013
SOBRE A REDAÇÃO DE ALUNOS NO ENADE...
Respostas de formandos no Enade 2012 têm erros de português como
‘egnorância’ e ‘precarea’
·
Estudantes que estão concluindo ensino
superior cometem equívocos grosseiros de ortografia e construção frasal.
·
Inep diz que há rigor na correção.
Publicado:15/04/13 - 7h45
Atualizado:15/04/13 - 8h24
RIO - Não
é apenas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que os estudantes cometem
erros absurdos de ortografia. No Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
(Enade), alunos que estão se formando no ensino superior cometem desvios tão ou
mais graves como “egnorancia”, “precarea” e “bule” (bullying).
Esses
e outros exemplos foram repassados por uma corretora do Enade 2012, que avaliou
concluintes de cursos como Direito, Comunicação Social, Administração, Ciências
Econômicas, Relações Internacionais e Psicologia. A professora entregou o
material pessoalmente ao GLOBO, mas, por ter assinado contrato de sigilo com o
Ministério da Educação (MEC), não pode ser identificada. A docente procurou o
jornal depois de ler, também no GLOBO, a reportagem, publicada no dia 18 de
março, mostrando que redações que receberam nota 1.000 no Enem tinham erros
como “trousse”, “enchergar” e “rasoável”.
Em dez
respostas à segunda questão discursiva, há erros, sobretudo, de estrutura
frasal, imprecisão vocabular e fragmentação de sentido. Segundo a professora,
mesmo corrigidos equívocos de pontuação, regência, ortografia e concordância,
esses textos continuariam errados.
A questão
pedia que, a partir da análise de charges e da definição de violência formulada
pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o candidato redigisse um texto sobre a
violência atual, contemplando três aspectos: tecnologia e violência (3 pontos);
causas e consequências da violência na escola (3 pontos); proposta de solução
para a violência na escola (4 pontos).
Um formando
escreveu: “A violencia e causada muitas vezes pela falta de cultura e pela
egnorancia dos seres humanos, cuja a tecnologia sao duas grandes preocupação
para a sociedade, causando violencia nas escolas”. Outro estudante respondeu:
“Hoje o sistema de segurança publica a inda e muito precarea no Brasil precisa
ater mais infraestrutura para a segurança da sociedade em geral”.
Um terceiro
redigiu: “As escolas tem que orienta e ajuda estas crianças que são violêntas e
pratica o bule por enquanto são crianças por que só assim elas terão chacer de
melhora e ser uma pessoa melhor e mas calma”. Em outra resposta, constava:
“Esperamos que com a oportunidade de farias formação academica possa
futuramente acabar ou diminuir este comportamnento do sr humano”.
— Os
critérios são benevolentes, mandam não pesar a mão para manter média 5. Precisa
se dar à opinião pública a ideia de que o ensino está melhorando. Mas não está.
As faculdades formam profissionais analfabetos funcionais. Esse é o final do
filme — diz a corretora.
Em nota, o
Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep) rebate com
veemência as críticas, afirmando que “são completamente infundadas as
suspeições levantadas pela suposta corretora de que ocorreu orientação para
‘aliviar’ nas correções”. De acordo com o órgão, responsável pela aplicação da
prova, “isso não acontece, nem aconteceu, no Enade, Enem, ou em qualquer outro
exame sob responsabilidade do Inep/MEC”. O comunicado esclarece ainda quaisquer
erros tão grosseiros como os citados nesta reportagem certamente teriam
“baixíssima avaliação”.
Segundo o
Inep, as correções do Enade 2012 são feitas por bancas constituídas de um
professor doutor como presidente e membros com titulação de doutorado ou
mestrado, vinculados há, pelo menos, cinco anos a instituições de ensino
superior. “São cerca de 500 profissionais do mais alto nível que podem atestar
a seriedade do exame e das correções”, diz a nota.
De acordo
com o órgão, “o rigor das avaliações do Enade se expressa nas medidas de
supervisão e regulação adotadas pelo MEC, com base nos indicadores de qualidade
como o índice geral de cursos (IGC) e o conceito preliminar de curso (CPC). Na
nota do CPC, o desempenho dos estudantes representa 55% do total”. O resultado
do Enade não impossibilita que os estudantes se formem, a menos que eles não
compareçam à prova.
Pós-doutor
em Linguística Aplicada e professor da UFRJ e da Uerj, Jerônimo Rodrigues de
Moraes Neto considera gravíssimo o exercício de qualquer profissão sem o
conhecimento da língua portuguesa:
— As
profissões nas quais esses alunos se formam não geram à sociedade os resultados
a que se destinam. Advogado que não entende cliente não consegue, na petição,
se fazer entender pelo juiz. Não tem condições de interpor recursos.
Este ano,
apenas 10,3% dos 114.763 participantes que prestaram o Exame de Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) foram aprovados. É o pior resultado desde que passou
a ser aplicado no formato unificado, em 2010. E, como mostrou pesquisa do
Núcleo Brasileiro de Estágios, erros de português são o principal motivo de
reprovação em processos seletivos de estágio. No estudo, que avaliou 7.219
alunos de níveis superior e médio, 28,8% perderam oportunidades por isso. Para
corrigir as deficiências, universidades oferecem cursos de reforço. Na opinião
de Moraes Neto, esse tipo de curso é excelente, mas o cerne da questão é a
formação do professor de Português:
— O ponto
crucial reside na formação do professor de Português, que deverá ensinar o
aluno a falar, escrever e ler, mediante conhecimento do sistema linguístico da
língua portuguesa.
Para a
professora Cibele Yahn de Andrade, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas
da Unicamp, nivelar o ensino superior é necessário. Mas, para ela, o centro do
problema está nos ensinos fundamental e médio.
— Não é
possível superar essas deficiências acumuladas, de modo satisfatório, em curto
prazo. São habilidades que deveriam ser adquiridas ao longo da vida escolar, na
sequência de atividades de leitura e escrita diversificadas e com desafios
crescentes.
(Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/respostas-de-formandos-no-enade-2012-tem-erros-de-portugues-como-egnorancia-precarea-8114717#ixzz2QXZbrDbq)
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segunda-feira, 15 de abril de 2013
TEMAS INTERESSANTES PARA 2013.1
- O Novo Papa Francisco e a Reforma da Igreja;
- A Comissão de Direitos Humanos (Homofobia, Racismo etc.);
- A Seca do Nordeste a a Falta de Comida (aumento de preços);
- A Questão do Uso da Água;
- O Evangelismo "Empresarial" na Mira;
- O Refúgio Econômico Brasileiro para os Haitianos;
- As "Arenas" Esportivas para a Copa 2014: supérfluas ou necessárias?
- PEC das Domésticas;
- Etc.
Vamos dar uma treinadinha na redação? É só começar... Escolha um dos temas acima e boa sorte!
domingo, 14 de abril de 2013
sábado, 13 de abril de 2013
SOBRE OS LIVROS DE RADUAN NASSAR...
NADA ALÉM DOS PÉS
Por Gustavo Atallah Haun (*)
Outro
dia uma professora de uma universidade daqui da região grapiúna estava
comentando em sala de aula os casos de podolatria na literatura brasileira. O
tema bastante curioso suscitou em alguns, estranheza, e, em outros, a
rememoração de fatos relacionados.
A
docente, com toda a lhaneza que lhe é característica, falava sobre a famosa
passagem do livro O Guarani, de José de Alencar, quando a diáfana Ceci está
dormindo e o índio Peri enxerga o pezinho límpido, puro e alvo fora dos lençóis
e do camisolão noturno. São nada mais, nada menos, do que 03 (três) páginas
descrevendo o pé da portuguesinha. Só que, após ler o romance romantista,
percebe-se que não há tal descrição... Creio que a mestra estava tratando de
outro livro do mesmo autor, A Pata da Gazela. Vai saber.
Então,
num átimo de segundo, lembrei-me, com toda certeza, de outro escritor que tem
uma verdadeira tara por pés. Como entusiasta e fã ardoroso, não pude me conter
e resolvi entrar de cabeça no debate sobre o assunto. O genial Raduan Nassar, suprassumo
da prosa brasileira dos últimos tempos, com apenas três livros lançados
conseguiu desenvolver o seu fetiche pela parte do corpo humano, digamos, nada
convencional.
Em
Lavoura Arcaica (1975) a personagem
André detinha a sua paixão pelos membros inferiores: “na modorra das tardes
vadias na fazenda, [...]; amainava a febre dos meus pés na terra
úmida” (p. 13) ou quando idolatrava a irmã Ana dançando, ele
“desamarrava os sapatos,
tirava as meias e com os pés brancos e limpos ia afastando as folhas secas e
alcançando abaixo delas a camada de espesso húmus [...], e ficava atento para os seus passos que de repente perdiam a pressa e
se tornavam lentos e pesados, amassando distintamente as folhas secas sob os
pés e me amassando confusamente por dentro” (p.
32-33)
são duas
das tantas passagens acerca do tema.
Já
na obra Um Copo de Cólera (1978) esse
sórdido deslumbramento é acentuado de vez em Raduan. Não são poucas as
referências sobre os pés na obra. Antes de se deliciarem numa noite de amor
ardente, o protagonista assevera: “fui
tirando calmamente meus sapatos e minhas meias, tomando os pés descalços nas
mãos e sentindo-os gostosamente úmidos como se tivessem sido arrancados à terra
naquele instante” (p. 12) e mais adiante “conhecendo, como conhecia, esse seu pesadelo obsessivos por uns pés, e
muito especialmente pelos meus, firmes no porte e bem feitos na escultura[...]”
(p. 13). No final da briga apoteótica entre os dois, o protagonista chega a
masturbar com os pés a personagem feminina:
“‘estou sem meias e sem sapatos, meus pés como sempre estão limpos e
úmidos’ [...] ‘você se lembra do pé que eu te dei um
dia?’ e ela então disse ‘amor’ dum jeito bem sufocado, e eu velhaco recordei
‘era um pé branco e esguio como um lírio, lembra?...’ [...] ‘que que você fez com o pé que eu te dei um
dia?...’ e ela entrando em agonia disse suspirando ‘amor, amor, amor’” (p. 73-74).
Por
fim, o último livro publicado por Nassar, Meninas a Caminho (1997), com cinco
contos, foi na verdade escrito nos idos de 60/70.
Aqui
o célebre autor paulista volta às raias com a sua loucura. Dessa vez de leve,
preparando o caminho para as duas obras que se seguiram, por isso as menções
aos pés são menores, contudo constantes.
No
primeiro conto, que dá nome ao livro, na descrição das personagens é a primeira
característica acentuada: “Vindo de casa,
a menina caminha sem pressa, andando descalça no meio da rua” (p. 09) ou “Descalços, sem camisa, os corpos arcados, os
meninos [...]” (p.11) ou ainda “O seu
Giovanni arrasta as alpergatas na outra calçada” (p. 18); ou a paralítica,
a velha mestre-escola: “os chinelões de
lã descansando no assoalho, os pés sobre o banquinho [...]” (p. 24) que dá
uma lição às crianças e a imagem do livro didático é de um sapateiro. Do que
mais seria?
Mas
é somente no segundo conto, Hoje de Madrugada, que o bicho pega:
“e, debaixo da
mesa, onde eu tinha os pés descalços na travessa, tampouco me surpreendi com a
artimanha do seu pé, tocando com as pontas dos dedos a sola do meu, sondando
clandestino minha pele no subsolo. Mais seguro, próspero, devasso, seu pé logo
se perdeu sob o pano do meu pijama, se esfregando na densidade dos meus pêlos,
subindo afoito, me queimando a perna com sua febre.” (p. 57).
Eis
mais uma curiosidade e delícia da literatura brasileira, as suas fixações
obsessivas e os seus dramas. Em poucos livros Raduan Nassar nos legou a sua
paixão acerca dos pés, um podólatra inigualável, que não merece ser olvidado
pela densidade da sua obra, curta, mas exótica e profunda!
(*)Gustavo Atallah Haun é professor, formado em
Letras, UESC, e ministra aula em Itabuna e região. Escreve para jornais de
Itabuna, Ilhéus e edita oblogderedacao.blogspot.com (g_a_haun@hotmail.com). É
maçom, da Loja Acácia Grapiúna.
BIBLIOGRAFIA:
NASSAR,
Raduan. Lavoura Arcaica. 3ª edição
rev. pelo autor. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
______________.
Um Copo de Cólera. 5ª edição. São
Paulo: Companhia das Letras, 2002.
______________.
Menina a Caminho. 2ª edição. São
Paulo: Companhia das Letras, 2002.
sexta-feira, 12 de abril de 2013
quinta-feira, 11 de abril de 2013
1959 X 2013
Cenário 1:
João não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.
Ano 1959: É mandado à sala da
diretoria, fica parado esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá uma bronca
descomunal e volta tranquilo à classe.
Ano 2013: É mandado ao
departamento de psiquiatria, o diagnosticam como hiperativo, com transtornos de
ansiedade e déficit de atenção em ADD, o psiquiatra lhe receita Rivotril. Se
transforma num Zumbi. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho
incapaz.
Cenário 2:
Luis quebra o farol de um carro no seu bairro.
Ano 1959: Seu pai tira a cinta e
lhe aplica umas sonoras bordoadas no traseiro... A Luis nem lhe passa pela
cabeça fazer outra nova "cagada", cresce normalmente, vai à
universidade e se transforma num profissional de sucesso.
Ano 2013: Prendem o pai de Luis
por maus tratos. O condenam a 5 anos de reclusão, e por 15 anos deve abster-se
de ver seu filho. Sem o guia de uma figura paterna, Luis se volta para a droga,
delinque e fica preso num presídio especial para adolescentes.
Cenário 3:
José cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho. Sua
professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...
Ano 1959: Rapidamente, José se
sente melhor e continua brincando.
Ano 2013: A professora Maria é
acusada de abuso sexual, condenada a três anos de reclusão. José passa cinco
anos de terapia em terapia. Seus pais processam o colégio por negligência e a
professora por danos psicológicos, ganhando os dois juízos. Maria renuncia à
docência, entra em aguda depressão e se suicida...
Cenário 4:
Disciplina escolar
Ano 1959: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos dava uma boa "mijada" e/ou encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade.
Ano 2013: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por
repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo. Nosso velho vai até o colégio se queixar do docente e para
consolá-lo compra uma moto para o filhinho.
Cenário 5:
Horário de Verão.
Ano 1959:Chega o dia de mudança de
horário de inverno para horário de verão. Não acontece nada.
Ano 2013: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de
verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite, nas
mulheres aparece celulite.
Cenário 6:
Fim das férias.
Ano 1959: Depois
de passar férias com toda a família enfiada num Gordini, após 15 dias de sol na
praia, hora de voltar. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.
Ano 2013: Depois de voltar de Cancun,
numa viagem 'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do
abandono, pânico, attack e seborreia...
Pergunto eu ...
QUANDO FOI QUE NOS TRANSFORMAMOS NESTE BANDO DE BOSTAS...?
quarta-feira, 10 de abril de 2013
terça-feira, 9 de abril de 2013
SERÁ QUE CHEGA ATÉ A COPA?
![]() |
Interior da Arena Fonte Nova. |
Com a reinauguração da (Itaipava?)
Arena Fonte Nova, um amigo confidenciou-me: não dou dois meses para estar tudo
destruído. Fui mais otimista: no primeiro rebaixamento de ambos – Bahia ou
Vitória – os torcedores destruirão os assentos, farão das barras de ferro armas
e invadirão o campo arrasando com tudo!
Em primeiro lugar, é uma infelicidade
tremenda chamar um estádio de futebol de “arena”. Parece um retorno à barbárie,
quando nas arenas da antiguidade se esfolava, matava, queimava etc., por mera
distração dos imperadores entediados, além de diversão e alienação das massas.
Mas a verdade é que nós, brasileiros,
não temos a educação anglo-saxônica que a Fifa impõe em competições internacionais.
Se na Europa os torcedores podem beber cerveja, assistir a jogos sem alambrados
e fosso, sentadinhos e quietos em cadeiras acolchoadas, é porque tem uma
Polícia eficiente, uma Justiça que funciona, uma fiscalização competente. E
educação!
No Brasil, o que manda são os
cambistas, a impunidade, o suborno e a falta de trato com o patrimônio
público... Salvo raríssimas exceções.
Antes de reinaugurar os estádios das
Copas que virão logo mais, tinha-se que fazer um amplo projeto de educar o
povo, de conscientizar a população, de ensinar a nação a usar um bem que custou
caro - quase todos ultrapassaram seus orçamentos iniciais – e que é de todos!
Aliás, um bem que não é essa “coca-cola” toda!
Reportagens do UOL de domingo e
segunda, dias 07 e 08 de abril, traziam os inúmeros defeitos da recente Fonte
Nova: fiações soltas, tapumes impedindo acesso, problema de estacionamento, materiais
de construção largados na obra, poltronas sem parafusar, as vias inacabadas no
entorno, poças de água embaixo dos assentos e, o pior, mais de 06 mil lugares
com ponto cego no estádio, ou seja, o sujeito vai para assistir e não assiste!
Porque no Brasil, querido leitor, é
assim, tudo feito nas coxas, afinal, aqui é terra de ninguém! Faz-se o que
quer: ninguém reclama, ninguém quer se comprometer, ninguém prende os que (des)
mandam!
Um espaço que custou quase 700
milhões de reais, acusado de a maioria da verba ter sido desviada do FUNDEB, e
ainda mal feito. É brincadeira!
Ai, ai, ai... E ainda têm os que
sonham com isso aqui civilizado! Polido! Urbanizado! Com certeza não será para
esta, nem para as próximas gerações. É esperar para ver.
Gustavo Atallah Haun - Professor.
segunda-feira, 8 de abril de 2013
domingo, 7 de abril de 2013
OS DEZ MANDAMENTOS PARA VIVER BEM COM OS OUTROS
1º Tenha controle
de sua língua. Sempre diga menos do que pensa. Cultive uma voz baixa e suave. A
maneira como se fala muitas vezes impressiona mais do que aquilo que se fala.
2º Pense ante de
fazer uma promessa e, depois, não dê importância ao quanto lhe custa.
3º Nunca deixe
passar uma oportunidade para dizer uma coisa carinhosa e animadora a uma pessoa ou
a respeito dela.
4º Tenha
interesse nos outros: em suas ocupações, seu bem-estar, seus lares e famílias.
Seja alegre com os que riem e lamente com os que choram. Deixe cada pessoa com
quem encontra sentir que você lhe dispensa importância e atenção.
5º Seja alegre.
Conserve para cima os cantos da sua boca. Esconda suas dores, seus
desapontamentos e inquietações sob um sorriso. Ria de histórias boas e aprenda a
contá-las.
6º Conserve a
mente aberta para todas as questões da discussão. Investigue, mas não
argumente. É marca de ser superior discordar e ainda conservar a amizade.
7º Deixe as sua
virtudes falarem por si mesmo e recuse a falar das faltas e fraquezas dos
outros. Desencoraje murmúrios. Faça uma regra de falar só coisas boas aos
outros.
8º Tenha cuidado
com os sentimentos alheios. Gracejos e humor não valem a pena e
frequentemente podem magoar quando menos se espera.
9º Não faça caso
das observações más a seu respeito. Só viva de modo que ninguém as acredite.
Nervosismo e indigestão são causas comuns para maledicências.
10º Não seja tão
ansioso a respeito de seus direitos. Trabalhe, tenha paciência, conserve seu
temperamento calmo, esqueça de si mesmo e receberá sua recompensa.
(Extraído do boletim da Igreja Metodista Central de Belo
Horizonte)
sábado, 6 de abril de 2013
sexta-feira, 5 de abril de 2013
REDAÇÃO NOTA MIL NO ENEM 2012
Estudante
aprovada em Medicina e professor dão dicas de como ter boa nota na redação
Yárina Rangel é um dos 148
estudantes que atingiram a nota máxima
Publicado: 17/03/13 - 23h00
Atualizado: 18/03/13 - 8h23
Yárina Rangel atingiu pontuação máxima na redação do Enem.
Seu texto não continha erros de língua portuguesa Paula
Giolito / O Globo
RIO -
Apenas 1,1% dos candidatos do Enem 2012 obteve nota acima de 900 na redação,
segundo o MEC. Na UFRJ, do total de 4.735 convocados para confirmação de
matrícula, só 148 atingiram pontuação máxima. Aprovada em Medicina, Yárina
Rangel é uma dessas alunas. Mais do que isso, ela pertence a um seleto grupo de
estudantes cujo texto não contém erros de língua portuguesa.
Yárina explica que a
prática levou à perfeição. Ela conta que, em 2011, não se saiu bem na redação
do Enem, pois estava nervosa e acabou atrapalhada com a correria contra o
tempo. A universitária recomenda o treinamento intensivo da escrita para “dar
um banho na hora H”.
— Sugiro um exercício semanal. Se você
fizer uma redação uma vez por semana, é o suficiente para ganhar a agilidade
necessária na hora da prova. Para ajudar a manter a calma, é preciso se
conhecer e, com a prática, você vai aprender a manipular até esse nervosismo —
ela diz.
Yárina também dá dicas em relação à
argumentação no texto dissertativo, modelo cobrado no Enem:
— Dedique um bom tempo ao estudo dos
textos de apoio para evitar a fuga ao tema. Também é importante estar
atualizado com as notícias, porque, mesmo que o tema da redação não seja aquela
reportagem que você leu, pode usar isso num argumento, mostrando ao corretor que
tem uma bagagem cultural. Outra dica é ter uma boa estética na redação. Não
basta o texto ser bom; precisa parecer bom. Por isso, uma letra legível é
fundamental para uma correção que é feita on-line.
Professor de redação do Colégio e Curso
_A_Z, Bruno Rabin chama a atenção para o fato de a correção virtual valorizar a
simplicidade em detrimento da criatividade:
— Os alunos devem ter muita atenção na
interpretação do tema e dos textos para entender e atender à expectativa da
banca. Recomendo treinar bastante a simplicidade e a clareza na forma de
expressão, porque a correção é muito apressada. O ótimo é inimigo do bom. Não
se valoriza o estilo de pensamento, mas a previsibilidade das ideias.
Bianca Peixoto aprendeu essa lição.
Este ano, ela foi recompensada com a nota 1.000 na redação e a aprovação em
Medicina na UFRJ. Mas, no Enem 2011, viveu um drama que foi parar na Justiça.
Um dos corretores havia atribuído nota 880 a seu texto, e o outro deu 0. Como a
discrepância superava 300 pontos, um terceiro avaliador deu 440, prevalecendo a
última nota, mesmo discrepante em relação às duas primeiras. Apesar de ter
conseguido uma liminar para recorrer da nota, o MEC manteve os 440. Agora,
Bianca comemora.
— Quando vi a nota 1.000, nem
acreditei. Tive um flashback de quando fiquei com 440. Fiquei muito esperançosa
de o meu sonho se realizar e se realizou — ela vibra.
Na época, O GLOBO enviou a redação de
Bianca para diferentes professores, inclusive um corretor do Enem, e eles lhe
atribuíram notas superiores. Para ela, o que melhorou este ano não foi a
qualidade do seu texto, mas a da correção:
— O meu nível continuou o mesmo, até
porque treinei muito mais em 2011. Mas, em 2012, fiz uma redação mais feijão
com arroz para não ter dúvida de respeitar a proposta. Fui bem direto ao tema,
em vez de fazer uma introdução digressional, e desenvolvi muito bem as
soluções.
Ex-corretor de redação do Enem e
professor do Colégio Militar de Porto Alegre, Osvaldo Viera chegou a fazer um
desabafo no Facebook criticando a correção. Segundo Viera, os coordenadores do
consórcio Cespe/UnB, que treina os avaliadores, orientavam que ele não fosse
tão rigoroso. Integrante da banca corretora de redação do vestibular da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) há dez anos, Viera não foi
mais aceito na do Enem.
— A coordenadora dizia que eu precisava
ser menos crítico e corrigir mais rápido. Não fui mais chamado porque pesei
muito a mão. Mas recebia redações que, muitas vezes, eu não identificava como
sendo em língua portuguesa, tamanha a desconstrução sintática e os erros
ortográficos. Não há como aceitar erros de norma culta numa redação. Esse é o
caminho que o MEC deveria seguir — recomenda Viera. (L.N.)
(Leia a redação de Yárina aqui)
(Leia a redação de Yárina aqui)
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/estudante-aprovada-em-medicina-professor-dao-dicas-de-como-ter-boa-nota-na-redacao-7866562#ixzz2Nuf8YZVO
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quinta-feira, 4 de abril de 2013
quarta-feira, 3 de abril de 2013
CONSOANTES MUDAS X CONSOANTES PRONUNCIADAS
Muitos alunos
me perguntam sobre as tais consoantes mudas, alguns deles confundindo o que
venha a ser consoante muda com consoante sem vogal na sílaba, mas que é
pronunciada.
Em língua
portuguesa brasileira não temos, praticamente, consoantes mudas. Essa é uma
característica do português de Portugal, uma necessidade que se conservou por lá para detectar vogal fechada ou aberta. Alguns
exemplos das tais consoantes são “secção”, “contacto” e “Egipto”, além de
inúmeras outras. Em Portugal, com o Novo Acordo, algumas desapareceram como em "recepção" (receção), "aspecto" (aspeto),
"perspectiva" (perspetiva), "respectivo" (respetivo).
Já na relativamente
dinâmica língua brasileira, cujas influências indígenas e africanas são
presentes e marcantes, a mudez não se conservou. E nós optamos em escrever
“seção”, “contato” e “Egito” e continuamos a pronunciar as consoantes de "recepção", "aspecto", etc.
E é aí que a
confusão é devida, por conta de algumas palavras que nós temos, em que a consoante
é pronunciada, porém ela é desacompanhada de vogal: admirar, adquirir, abrupto,
inadmissível etc.
Só que muda é
igual a não pronunciada.
E tais
palavras têm consoantes FALADAS, DITAS, PRONUNCIADAS, ou seja, não são mudas!
Por fim, o
Novo Acordo Ortográfico assinado pelos oito países lusófonos ou CPLP (com resistência de alguns portugueses orgulhosos!) aboliu o uso
das consoantes mudas. Daqui para frente não iremos utilizá-las mais, só ficarão
as consoantes pronunciadas, embora sozinhas, solitárias, sem uma vogalzinha
sequer após suas sílabas...
Valeu!
terça-feira, 2 de abril de 2013
segunda-feira, 1 de abril de 2013
FALA PROFESSOR...
Todos têm
decorado o discurso de que Redação é importante - matéria eliminatória em
concursos, e peso máximo em vestibulares -, mas ninguém quer ter trabalho,
querem redigir com um toque de condão. Eis o problema.
Aprender a escrever
bem depende de suas escolhas linguísticas, de suas leituras prévias, de prática
de escrita, de domínio das linguagens e dos gêneros.
Muitos, aqui
no Blog, pedem-me manuais, dicas, receitas, blábláblás sobre melhorar o próprio
texto.
Ora, entendam
de uma vez por todas que não sou mágico ou profeta (caso de ficar tentando
adivinhar temas!), por isso o único caminho que posso indicar, como professor,
é: meta as caras!
Leia,
pratique e corrija ou entregue a alguém habilitado para corrigir. Depois,
refaça todo o texto. Leia mais um bocadinho, sobre tudo: livros, jornais,
revistas. Em seguida, pratique novamente e corrija mais uma vez. Refaça o
texto, consertando os equívocos. E assim sucessivamente. Até estar apto para a
“coisa”!
Leitura,
prática, correção e reescrita...
É simples!
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